RELFEXAO AÇÃO CADERNO 6

COL EST PAULA GOMES

MARIA NEIDE FREIRIA- CURITIBA PR

REFLEXÃO EM AÇÃO -  CADERNO 6

Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:
– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
– O que esses dados lhes revelam?
– Como esses dados são discutidos entre os professores?
– Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?

Os dados e taxas do Colégio Estadual Paula Gomes não são muito diferente dos dados da maioria das escolas brasileiras, houve um aumento do índice aprovação em nossa escola, o que deveria ser motivo de comemoração, e de certa forma é; porém, muitas destas aprovações acontecem em nossa e em outras escolas de uma maneira preocupante, uma parcela dos alunos já chegam desmotivados pela falta de estrutura familiar. Outras vezes o comodismo pode ser atribuído a facilidade com que são aprovados no término do ano letivo, seja por APPC ou através de trabalhos de recuperação bimestral, trabalhos estes muitas vezes mal feitos, ou simplesmente cópias impressas  internet; algumas vezes por falta de responsabilidade e compromisso, outras por falta de base em séries anteriores, oriundas de aprovações “forçadas”, tornando assim difícil uma cobrança mais rígida.
A evasão no ensino médio não pode ser cem por cento atribuída  à escola, essa desistência  é relacionada  a muitos obstáculos, considerados, na maioria das vezes, insuperáveis  para milhares de jovens que se afastam da escola e não terminam o ensino médio. Dentre estes  índices, destacam-se a necessidade de trabalhar para ajudar a família e, também, para seu próprio sustento, a falta de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso escolar, doenças crônicas, deficiências no transporte escolar, falta de incentivo dos pais. O convívio familiar conflituoso, a má qualidade do ensino, entre outros fatores, são todos considerados partes integrantes e comuns da evasão escolar. É importante ressaltar que  a evasão está relacionada não apenas à escola, mas também à família, às políticas de governo e ao próprio aluno.
Todo esse contexto faz com que o estudante do Ensino Médio deixe de acreditar que a escola contribuirá para um futuro melhor e promissor, já que a educação que recebe é precária em relação ao conteúdo, à formação de valores e ao preparo para o mundo do trabalho.
A evasão escolar consiste, também, no não comparecimento dos alunos matriculados em sala de aula, sendo isso, uma das principais causas da repetência escolar, bem como desencadeando outros problemas como distorção idade/série e o próprio abandono.
Conforme afirma Souza (2011, p. 26), a evasão escolar no Brasil é um problema antigo, que perdura até hoje. Apesar dessa situação ainda existir no Ensino Fundamental, atualmente, o que chama atenção é o número de alunos que abandonam o Ensino Médio.
De acordo com Queiroz (2011, p. 02), a evasão escolar, que não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação, expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isso, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com as crianças que chegam à escola, mas que nela não permanecem.
Todos ou quase todos os educadores já sabem que são vários são os motivos que levam a evasão, inúmeras pesquisas são realizadas, mas muito pouco é feito, é preciso deixar de procurar os culpados pela evasão, é preciso  retomar o olhar dos formuladores e de alguns administradores para dentro da escola, e  começar a colocar questões que, se ainda não foram resolvidas, pelo menos provocaram uma guinada radical nas políticas públicas para a educação. O novo rumo estava se definindo: a escola deveria deixar de ser uma formadora de "fracassados" para ser uma formadora de cidadãos com capacidade cognitiva e crítica.