Segundo Dermeval Saviani, “A educação, enquanto fenômeno, se apresenta como uma comunicação entre pessoas livres em graus diferentes de maturação humana, numa situação histórica determinada.
Nesta perspectiva, quando o relacionamento entre professor e aluno é feita de forma em que o indivíduo é valorizado nesta interação social, seja quem ensina ou quem aprende, o fim é a aprendizagem de ambas as partes. O professor não deve se ver em um pedestal, sustentando uma posição de detentor de todo o conhecimento, subestimando seus alunos e vice-versa, o que também pode acontecer, pois o aluno pode buscar obter uma posição de superioridade em relação ao professor. “Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento interpessoal entre os elementos que participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma e toda equipe escolar”. A relação entre professor e aluno não deve ser unilateral. O educando aprende, constrói seu conhecimento, à medida em que a sua relação com o educador acontece. Mas também é verdade que o professor é atingido nessa relação. De certa forma, ele aprende com seu aluno, na medida em que consegue compreender como este percebe e sente o mundo, e na medida que começa a sondar quais os conhecimentos, valores e habilidades que o aluno já traz de seu ambiente familiar e de seu grupo social para a escola. É neste contato com o aluno que o professor amplia também o seu processo de conhecimento, no contato com o novo, com o diferente, com as ideias e pensamentos dos alunos que são, naturalmente, diferentes dos seus.
É sem dúvida, necessário que a escola de hoje possa perceber e entender o verdadeiro papel do aluno e educador no seu contexto atual, valorizando e respeitando a importância de cada um nesse processo onde ambos são os principais personagens.
Temática II – O Jovem como Sujeito do Ensino Médio.
Postagem: 15/8/14