Reflexões realizadas na 1ª etapa do Pacto - 2014
Núcleo Regional de Francisco Beltrão.
Colégio Estadual de Renascença Padre José Junior Vicente - Ensino Fundamental e Médio.
Jaquelaine Folle Karkling
Considerando a análise, o estudo e as reflexões desta 1ª etapa do Pacto em nosso grupo de estudos, decidimos aplicar um questionário para conhecermos melhor a realidade social, econômica, cultural e educacional de nossos alunos do Ensino Médio. Enquanto educadora sugiro que todos os envolvidos na escola devem estar voltados com ações e atitudes para que a reprovação e a evasão possam enfraquecer no Ensino Médio, um currículo adequado para atender as demandas dessa nova geração a fim de proporcionar uma formação humana, garantindo o conhecimento científico através de atividades diversificadas que gere satisfação no aluno em estar na escola.
Para estreitar os laços entre professores, alunos e escola, proponho no Ensino Médio promover rodas de conversa para debater e compartilhar sonhos, expectativas do presente e do futuro e até mesmo as suas frustrações. A partir disso traçar um perfil dos alunos, repensar os conceitos e perceber as mudanças que se estabelecem em cada contexto. Promover gincana cultural e recreativa envolvendo a escola e a família, para que os relacionamentos sejam estabelecidos ou aprimorados. Inserir os alunos como protagonistas e integrar as tecnologias a fim de investigar as opiniões quanto às conversas on line, tentar aproximação através das mídias para acompanhá-los e auxiliá-los no direcionamento do uso das mesmas. Quanto aos projetos futuros participar promovendo debates para conhecer as metas dos alunos e então trazer para a escola profissionais de diversas áreas para esclarecimento das profissões para que então tenham condições de tomar suas decisões e fazer suas escolhas mais conscientes. Pois nem todos os nossos jovens têm o mesmo acesso apesar de terem as mesmas oportunidades.
O redesenho do currículo no Ensino Médio exige um novo olhar sobre as dimensões da ciência, cultura, tecnologia e trabalho seus impactos nessa sociedade em constante transformação. É preciso que estejamos atentos as necessidades de nossos educandos e que estejamos preparados para de fato participar de sua formação de forma significativa.
O currículo atual está distante dos anseios dos sujeitos. Há uma fragmentação entre os conteúdos, parece-me até então que nós enquanto professores não nos percebemos como sujeitos autônomos e, portanto, como construtores das práticas curriculares nas escolas, além disso, os alunos também precisam participar, pois são eles os sujeitos que participam direto do processo de ensino-aprendizagem. Precisamos propiciar um ambiente motivador que integre os eixos e aproxime as ciências naturais e humanas.
A educação precisa sofrer transformações de forma cada vez mais rápida, haja vista a nova compreensão que se tem sobre o papel da escola como elemento de desenvolvimento social.
A fragmentação das áreas do conhecimento não está necessariamente nas disciplinas, mas sim, quando não há associação do conhecimento entre as áreas. Temos hoje uma crise na ciência que se afastou da vida humana. A fragmentação como consequência na formação do sujeito não permite que o processo ensino aprendizagem aconteça efetivamente na compreensão da realidade pelo educando, também, não permite a interação dinâmica dos campos das disciplinas. A fragmentação da cultura escolar dificulta a compreensão do todo pelo educando, uma formação incompleta não é suficiente, sabemos que a escola reflete aquilo que está posto no campo científico. Precisamos superar está problemática de forma emergencial, talvez aproximando os componentes curriculares, através de salas oficinas, formação continuada, também considerarmos que as disciplinas tem constituições diferentes e cumprem finalidades distintas. O conhecimento cientifico é referencia de práticas sociais e culturais com uma formação interdisciplinar não perdendo a especificidade de cada campo do saber. O currículo precisa ser ordenado a partir da interdisciplinaridade fazendo a junção dos conteúdos de cada disciplina nas mesmas séries. É um ato metodológico para resolver o problema da ciência, minimizar a fragmentação através da contextualização é preciso também melhorar a compreensão da realidade e dos conteúdos culturais visando à integração curricular.
Tendo em vista a participação na gestão democrática, verificamos que é de fundamental importância que enquanto professores não nos omitirmos diante da insatisfação e se dispormos a vir fora do horário para participar de discussões e decisões coletivas. Como sugestão, na primeira reunião do ano letivo, traçar metas para reestruturação das demais reuniões pedagógicas previstas no calendário.
Quanto ao processo de discussões e tomadas de decisões coletivas, percebeu-se que os benefícios foram coletivos e que a maioria dos envolvidos prioriza o bom andamento da instituição escolar e o bem estar dos alunos, bem como, o compromisso com a qualidade do ensino. Como sugestão para as próximas situações de discussões e de decisões que possam surgir no decorrer do ano letivo que estas continuem acontecendo no coletivo da escola.
Nossa escola tem um conselho instalado e as decisões tomadas foram sempre priorizando o bem estar coletivo, tanto no que compete a estrutura física, humana e material. Havendo a necessidade de ocorrerem encontros regulares para discutirem e avaliarem o andamento da escola.clareza da sua função.
Em relação ao grêmio estudantil, este está instalado, porém, não é atuante por falta de
No que se refere aos pais, muitos destes transferem sua responsabilidade e não acompanham a vida escolar de seus filhos por falta de clareza da importância de seu envolvimento com a escola.
O PPP é amplamente divulgado e acessível, favorável ao desenvolvimento do trabalho, bem como, reestruturado sempre que surgem novas necessidades, favorecendo o diálogo e o desenvolvimento do aluno como cidadão.
Avaliação educacional deve estar integrada ao projeto político-pedagógico da escola, tanto na concepção como na implementação, estar articulada com a proposta de ensino médio integral, de qualidade social, e em consonância com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) sendo que a externa da escola é de responsabilidade do Estado, tendo como propósito medir a qualidade de ensino. Nosso grande desafio é torná-la integrante do processo de ensino e aprendizagem com função diagnostica formativa e somativa. Os resultados apontam para a realidade do ensino, possibilita assim depois da análise dos resultados com o grupo de professores, fornecer subsídios para melhorar praticas e metodologias para formar pessoas para que sejam construtoras de uma sociedade melhor.
O ensino médio no Brasil precisa estar focado para a construção de uma sociedade autônoma, cidadã, solidária, com identidade e responsabilidade social. Nas práticas escolares a avaliação esta relacionada a notas, resultado esse que decide ao final do período o avanço de cada aluno, classificando assim os melhores. Na nossa escola o processo avaliativo consiste em contínuo, cumulativo, e processual, devendo desenvolver o aluno com suas características próprias.
Em qualquer processo avaliativo devem-se definir objetivos bem claros, onde todos os envolvidas sejam sabedores de sua participação e função.
A avaliação também precisa ser processual, qualitativa e flexível, deve buscar a legitimidade e a credibilidade junto á comunidade em que esta inserida. E, por fim, deve ser institucionalizada, porque deve desenvolver uma cultura permanente de auto-avaliação, estabelecendo processos de comunicação com a comunidade escolar e com a sociedade. Na nossa escola percebemos uma preocupação grande por parte de professores e alunos a respeito das avaliações externas, onde professores fazem adaptações para que haja superação nas defasagens apresentadas.
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