Reflexões e Ação do Cardeno 04 - Colégio Estadual Jardim Europa - TOLEDO-PR
REFLEXÃO EM AÇÃO 01
RESUMO: Este caderno destaca as áreas de conhecimento e a integração curricular, a partir de:
O que são áreas de conhecimento e qual sua relação com o currículo;
O ensino integrado: trabalho, ciência, tecnologia e cultura;
Caminhos para a aproximação do conhecimento das diferentes áreas: o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico.
O projeto curricular e a relação entre os sujeitos e desses com suas práticas.
Na introdução de: O que são áreas de conhecimento e qual sua relação com o currículo; Inicia-se com uma charge relacionada a críticas dirigidas a escola responsabilizando-a pelo despreparo dos alunos para atuarem no mundo real. Muitas vezes parece não haver relação do que é ensinado na escola com o mundo no qual os sujeitos estão inseridos. Entretanto no dia a dia usam – se muito mais conhecimentos do que se adquire na escola.
Neste contexto apontam-se dois aspectos para o insucesso e fracasso da aprendizagem:
• A seleção e a forma de organização dos conteúdos por áreas de conhecimento e disciplinas e;
• Os processos de avaliação no ensino.
Proposta de discussão: Trata-se do Direito que o estudante de Ensino Médio tem de se inserir no mundo formal dos conhecimentos para que possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade.
Metas propostas pela DCNEM:
• Preparar o educando para o trabalho e a cidadania, de modo que ele possa continuar aprendendo e ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
Promover o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual, além do pensamento crítico;
• Possibilitar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológico e dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática.
Respeitando as Dimensões da Formação Humana Integral: a ciência, a cultura, o trabalho e a tecnologia.
A charge citada no inicio traz em questão a diferença entre os conhecimentos sistematizados da ciência e das letras, mais a experiência de vida do aprendiz.
Assim é bastante comum entre nós professores indagarmos: seriam as estruturas lógicas das disciplinas a melhor forma de promover uma formação que leve ao desenvolvimento humano integral dos nossos estudantes?
1. Modelo Tradicional – tem como referencia os conhecimentos produzidos pela ciência. E além disso;
2. Inclusão de fontes de conhecimento de diversas práticas sociais e culturais.
Ambos devem ser trabalhados simultaneamente.
Dentro da História da educação para se melhorar os processos de ensino e aprendizagem a questão da integração curricular tem se colocado como uma possibilidade, pensada a partir de diferentes pressupostos educativos pedagógicos.
Dentro da História da educação para se melhorar os processos de ensino e aprendizagem a questão da integração curricular tem se colocado como uma possibilidade, pensada a partir de diferentes pressupostos educativos pedagógicos.
FRAGMENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Pouco a pouco, análise cientifica da realidade destrói a unidade e se desintegra em saberes cada vez mais especializados, que explodem cada vez mais em disciplinas particulares. E quanto mais as disciplinas se diversificam, mais elas se distanciam da realidade humana.
Quanto mais a ciência se especializou e se diferenciou, maior o número de campos que ela descobriu e descreveu.
No entanto devemos nos focar na importância de se obter pela integração dos conhecimentos (das especialidades) a visão da total realidade.
Pelas DCNEM orientam a organização do currículo em Áreas de conhecimentos:
Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
Áreas de conhecimento – são um recorte da realidade ainda específico, porém maior que as disciplinas, posto que esta expressa um objeto de conhecimento ainda não separado naquelas especificidades. Exemplo: área das Ciências da Natureza, vemos a natureza como objeto de estudo, mas quando separada para ser estudada na especificidade: da vida tem-se a Biologia; da constituição e da transformação da matéria tem-se a química e assim por diante.
As áreas de conhecimento na organização curricular devem expressar o potencial de aglutinação, integração e interlocução de campos de saber, ampliando o diálogo entre os componentes curriculares e seus respectivos professores, com consequências perceptíveis pelos educandos e transformadoras da cultura
Seleção de conteúdos de ensino e a organização em componentes curriculares, orientada pelo princípio da relação entre ensino e produção.
As áreas de conhecimento na organização curricular devem expressar o potencial de aglutinação, integração e interlocução de campos de saber, ampliando o diálogo entre os componentes curriculares e seus respectivos professores, com consequências perceptíveis pelos educandos e transformadoras da cultura escolar rígida e fragmentada. A organização do currículo em áreas de conhecimento não deve substituir a especificidade de cada componente curricular.
Reflexão e ação Filme Ponto de mutação
Diferenciamo-nos dos outros animais pela nossa capacidade de agir, não apenas instintivamente ou por reflexo, mas intencionalmente, em busca de uma mudança no ambiente que nos favoreça.
• Trabalho: a ação transformadora consciente do ser humano, chamaremos de cultura o conjunto dos resultados dessa ação sobre o mundo.
• Não há, portanto, ser humano fora da cultura e, nesse sentido, é absurdo considerar a existência de alguém que não tenha cultura. A cultura é o próprio ambiente do ser humano, socialmente formada com valores, crenças, objeto, conhecimentos etc.
A ciência é a forma de resposta adaptativa de que somente o homem se revela capaz por ser o animal que vence as resistências do meio ambiente mediante o conhecimento dos fenômenos, ou seja, mediante a produção da sua existência, a individual e a da espécie. A organização do currículo em áreas de conhecimento não deve substituir a especificidade de cada componente curricular. Em outras palavras, a compreensão do objeto mais geral da área não prescinde o estudo das particularidades desse objeto, e a relação entre elas deve ser construída.
Reconhecer tanto a ciência quanto a tecnologia como produções humanas, resultados de uma ação transformadora consciente do ser humano, é caracterizá-las como parte da cultura e, consequentemente, como bens que são constantemente produzidos e reproduzidos. Tecnologia não apenas utiliza o conhecimento da ciência, como também o modifica, utiliza dados diferentes na pesquisa que realiza, construindo um conhecimento próprio, menos idealizado. Tecnológico, portanto, não é apenas o que transforma e constrói a realidade física, mas igualmente aquilo que transforma e constrói a realidade social.
Interdisciplinaridade, como prerrogativa para a produção e organização do conhecimento escolar, é a reconstituição da totalidade pela relação entre os conceitos originados a partir de distintos recortes da realidade, isto é, dos diversos campos da ciência representados em disciplinas. Possibilita a compreensão do significado dos conceitos, das razões e dos métodos pelos quais se pode conhecer o real e apropriá-lo, em seu potencial, para o ser humano. Reflexão e ação Cartas a Théo, de Vincent Van Gogh. Pág. 26
Ao transformar a realidade e a si mesmo pelo trabalho, o ser humano produz também conhecimento, tecnologia, cultura. A educação que tem o trabalho como princípio educativo, portanto, compreende que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isto, se apropria dela e pode transformá-la. Tanto a interdisciplinaridade quanto a contextualização devem se aportar no fundamento epistemológico da relação entre parte e totalidade na produção da ciência e no processo educativo. A proposta da pesquisa como princípio pedagógico: está intimamente relacionada ao trabalho como princípio educativo, pois contribui para a construção da autonomia intelectual do educando e para uma formação orientada pela busca de compreensão e soluções para as questões teóricas e práticas da vida cotidiana dos sujeitos trabalhadores. Caminhos para a aproximação do conhecimento das diferentes áreas: o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico.
REFLEXÃO E AÇÃO
Após assistir o filme, estimulados para pensar formas de promover uma visão mais integrada sobre os temas no contexto escolar, estamos convidados a refletir e esboçar sobre uma forma de trabalhar o tema “Educação Alimentar e Nutricional” de forma articulada entre os componentes curriculares.
Introdução
Sabemos que o tema alimentação, está presente em todas as etapas da formação escolar, a partir dela se desenvolve hábitos e atitudes saudáveis. Atualmente as pessoas estão se conscientizando de que os alimentos ingeridos por elas têm influência não só na aparência e no bem estar geral, mas também na expectativa de vida e na qualidade dela. A escola, buscando sempre cumprir sua missão de oferecer uma educação completa ao aluno, verificou a necessidade colaborar com a comunidade escolar, propiciando o contato direto com informações importantes sobre alimentação e saúde, bem como a melhora da qualidade da merenda escolar aprimorando o programa merenda na escola. A escola não tem a pretensão de solucionar ou oferecer receitas mágicas, mas quer valorizar a reeducação alimentar, medidas de higiene e manuseamento dos alimentos, aproximando o aluno de alimentos que proporcionem uma vida mais saudável . O objetivo é fornecer subsídios para que seja estabelecido um padrão alimentar adequado, fazendo do aluno, uma fonte de informação e veículo de aprendizagem, atuando como sujeito de mudanças em seus lares, onde ele possa ressaltar a importância da alimentação saudável e modificar dessa forma os hábitos alimentares dos que convivem.
Objetivos
• Refletir sobre os motivos pelos quais nos alimentamos e discuti-los.
• Explicar os princípios de uma alimentação saudável, incluindo origens e funções dos alimentos.
• Informar sobre aspectos específicos da importância da alimentação durante a adolescência, tais
• como crescimento e desenvolvimento.
• Informar sobre a importância de uma alimentação saudável através da definição de nutrientes,
• alimentação equilibrada, grupos de alimentos e exemplos de lanches saudáveis.
• Compreender e conhecer a importância de aspectos como: o que observar na compra de
• alimentos, leitura de rótulos, condições de armazenamentos, funções e fontes dos nutrientes e das fibras.
• Explicar a importância da preservação do meio ambiente desde a produção até o descarte
• dos alimentos.
• Informar sobre a realidade da fome no Brasil e discutir sobre o problema da desnutrição.
• Como os pais, amigos e mídia influenciam na alimentação dos adolescentes e a importância da educação nutricional.
• Explicar a importância e benefícios da atividade física relacionados à alimentação e à qualidade de vida.
• Explicar o conceito de caloria e como calcular/ analisar o valor nutricional de um alimento
AVALIAÇÃO
A avaliação das disciplinas será sistemática e contínua para verificar a aprendizagem do tema.
Será feita por meio de estudos, provas escritas, trabalhos individuais e de grupo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema alimentação está presente em todas as etapas da formação escolar e é parte essencial na formação de hábitos e atitudes saudáveis. E pode abranger todas as áreas do conhecimento. Conforme a faixa etária que será atendida, pode-se relacionar o assunto com diversos outros temas de interesse do pré-adolescente e do adolescente, como padrões de beleza, distúrbios alimentares, hábitos de consumo e perfil nutricional da população brasileira.
De acordo com Levine, et al., (2002), a duração e intensidade no desenvolvimento das atividades educativas são fortes determinantes de seu impacto sobre o conhecimento, atitudes e hábitos alimentares de crianças e adolescentes.
REFLEXÃO EM AÇÃO 02
No Colégio estamos trabalhando os conteúdos que envolvem os eixos trabalho, cultura, ciência e as tecnologias, pois não podemos saltar meios que ajudam nossos alunos a se diversificarem esses pontos importantes para discussão em sala de aula.
A vida humana é um processo constante de interferência no mundo do trabalho da ciência e das tecnologias que se dá por intermédio de uma ação a qual, diferentemente daquela realizada pelos hominídeos e demais animais pois transformam de forma consciente o mundo em uma ação, portanto com mutações consciente.
Com isso vemos através do filme A Guerra do fogo à busca constante dos homens para a sobrevivência onde ele nos dá a pista de que a dimensão do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura já estava presente entre os humanos da época diferenciamo-nos dos outros animais pela nossa capacidade de agir e buscar a sobrevivência e não apenas instintivamente ou por reflexo, mas intencionalmente, em busca de uma mudança no ambiente que nos favoreça. Entendemos como trabalho o modo pelo qual o ser humano produz para si e para o mundo, os objetos e as condições de que precisa para existir e sobreviver buscando as mudanças necessárias para o bem estar.
O filme não representa só a descoberta do fogo, mas especula com grande riqueza de conceitos científicos e de criatividade, a presença dos dois grupos diferentes que se enfrentam pela busca dessa identidade que pode ser o choque de culturas e da necessidade de sobrevivência, tendo como base a participação do grupo na luta, a sua comunicação entre si, à tecnologia os afetos da época e também a evolução do sexo que passa de primitivo (reprodução), até ao sexo com carinho.
O filme transmite-nos a ideia de como o homem conforme as necessidades que foi tendo, foi também encontrando novas maneiras e técnicas para superar essas dificuldades. Mesmos nos nossos dias, ele vai evoluindo, para o seu bem-estar, para a sua sobrevivência e para a sua segurança ensinamos aos alunos que é preciso lutar e buscar o sonho desejado.
O trabalho é o princípio educativo no sentido, pelo qual ele é compreendido como práxis humana e a forma pela qual o homem produz sua própria existência na relação com a natureza e com os outros homens. Com o princípio do trabalho, o processo formativo proporciona a compreensão da historicidade da produção científica e tecnológica, como conhecimentos desenvolvidos e apropriados socialmente para a transformação das condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, das potencialidades e dos sentidos humanos dentro das disciplinas de história, sociologia, filosofia e dependendo do conteúdo em outras disciplinas também.
A essa concepção de trabalho associa-se a concepção de ciência: conhecimentos produzidos e legitimados socialmente ao longo da história como resultados de um processo empreendido pela humanidade na busca da compreensão e transformação dos fenômenos naturais e sociais. Nesse sentido, a ciência conforma conceitos e métodos cuja objetividade permite a transmissão para diferentes gerações, ao mesmo tempo em que podem ser questionados e superados historicamente no movimento permanente de construção de novos conhecimentos. A concepção de cultura que embasa a síntese entre formação geral e formação específica a compreende como as diferentes formas de criação da sociedade, de tal modo que o conhecimento característico de um tempo histórico e de um grupo social traz a marca das razões, dos problemas e das dúvidas que motivaram o avanço do conhecimento numa sociedade.
Um conceito específico não é abordado de forma técnica e instrumental, mas visando a compreendê-lo como construção histórico-cultural no processo de desenvolvimento da ciência com finalidades produtivas.
Os processos de trabalho e as tecnologias correspondem a momentos da evolução das forças materiais de produção e podem ser tomados como um ponto de partida histórico e dialético para o processo pedagógico. Histórico porque o trabalho pedagógico fecundo ocupa-se em evidenciar, juntamente aos conceitos, as razões, os problemas, as necessidades e as dúvidas que constituem o contexto de produção de um conhecimento interdisciplinar.
No trabalho pedagógico, o método de exposição deve restabelecer as relações dinâmicas entre os conceitos, reconstituindo as relações que configuram a totalidade concreta da qual se originaram, de modo que o objeto a ser conhecido revele-se gradativamente em suas peculiaridades próprias.
A interdisciplinaridade, como método, é a reconstituição da totalidade pela relação entre os conceitos originados a partir de distintos recortes da realidade; isto é, representados nas diversas disciplinas que compõem o currículo do ensino Médio.
A história da tecnologia, à luz da concepção de ciência como força produtiva, ocorre no marco da revolução industrial, da qual decorrem em um primeiro momento o taylorismo e o fordismo e, posteriormente, a automação industrial e o toyotismo.
Enfim, a implantação do ensino médio integrado, tendo como eixo estruturante o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura pode implicar na necessidade de adequar o Plano de Educação no âmbito do respectivo sistema de ensino e, seguramente, exigirá a alteração do PPP das escolas em que os cursos funcionam. As mudanças do PPP estabelecerão os rumos da organização curricular que vai materializar a proposta da nova oferta educacional, uma vez que essa é parte daquele. Essa relação entre a organização curricular e o PPP resulta na necessidade de explicitar alguns elementos fundamentais da (re) construção do plano da gestão democrática, como forma de estabelecer referencia entre eles. Assim, (re) construir o PPP significa pensar o futuro da escola, planejar o que se quer realizar, com base no que já existe, buscando o possível para ampliar o conhecimento do aluno e o professor poder se atualizar para trabalhar dentro dessa nova perspectiva.
REFLEXÃO EM AÇÃO 03
Caminhos para a aproximação do conhecimento das diferentes áreas: o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico
O trabalho como princípio educativo vincula-se, à própria forma de ser dos seres humanos, uma vez que o trabalho é mediação concreta entre o homem e a sua realidade natural e social, pois ao transformar a realidade e a si mesmo pelo trabalho, o ser humano produz também conhecimento, tecnologia, cultura.
Na relação dos seres humanos para produzirem os meios de vida pelo trabalho, não significa apenas que, ao transformar a natureza, transformamos a nós mesmos, mas também que a atividade prática é o ponto de partida do conhecimento, da cultura e da conscientização. A produção da existência humana, portanto, se faz mediada, em primeira ordem, pelo trabalho.
Já a pesquisa como princípio pedagógico está relacionado ao trabalho como princípio educativo, pois contribui para a construção da autonomia intelectual do educando e para uma formação orientada pela busca de compreensão e soluções para as questões teóricas e práticas da vida cotidiana dos sujeitos trabalhadores. Afinal, formar integralmente os educandos implica também formar as pessoas para produzirem novos conhecimentos, compreender e transformar o mundo em que se vive. Assim, a pesquisa, instiga o estudante no sentido da curiosidade em direção ao mundo que o cerca, o princípio pedagógico da pesquisa está em compreender a ciência na perspectiva filosófica, pois se faz necessário apreender e discutir as diversas concepções de ciência para que o educando possa se situar nesse mundo e compreender o sentido que historicamente vem tomando a produção científica em nosso país. A educação que tem o trabalho como princípio educativo, portanto, compreende que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isto, se apropria dela e pode transformá-la. Deste modo, o trabalho como princípio educativo é, antes, uma concepção de mundo, de homem e de sociedade e, portanto, da própria educação. Mas como colocar esse princípio em prática?
Sugere-se que os professores problematizem historicamente as dimensões do modo de produção da existência humana e social hoje, o capitalismo contemporâneo e suas especificidades nacional e regional, ou mesmo processos produtivos e/ou fenômenos que compõem essa dinâmica mais ampla e, a partir de então, cheguem aos conteúdos de ensino e à organização dos componentes curriculares.
Para Santomé (2013), o currículo integrado permite ao professor introduzir temas novos e mais interessantes na sala de aula, cruzá-los com conceitos, saberes de diversas disciplinas, estimulando assim, maior curiosidade de exploração e investigação dos alunos, além de promover uma forma mais completa de pensar, aprender e utilizar o conhecimento. Deste modo, a interdisciplinaridade é uma meta na escola, possível de se alcançar, com currículos mais equilibrados e com propostas integradas.
PROPOSTA CURRICULAR INTEGRADA
Tema Geral: Cultura Indígena
Geografia As diversas formas de localizar-se dos povos indígenas.
Os índios e a luta pela terra no Brasil.
Os direitos indígenas na Constituição de 1988: terra e território
Territórios indígenas.
Conflitos sociais.
Biologia A influência indígena na nossa alimentação.
A herança indígena no tratamento das doenças- plantas medicinais.
Os índios e os cuidados com o corpo e a saúde.
Os índios e a as formas de relação com o meio ambiente.
As plantas e os animais no universo indígena.
Ecologia (sustentabilidade, medidas de proteção ambiental, biodiversidade).
Civilização indígena.
Educação Física As práticas indígenas e o cuidado com o corpo e a saúde.
Os rituais indígenas.
Danças indígenas.
Esportes indígenas.
As regras indígenas para os esportes e rituais.
Jogos indígenas.
Artes Cultura tradicional indígena.
Músicas indígenas.
Pintura corporal indígena e técnicas de pintura.
As formas geométricas das pinturas, objetos, artesanatos e moradias.
Museus indígenas e preservação da cultura.
O trabalho artesanal entre os povos indígenas hoje.
História População indígena existente no Brasil.
Organização política, religiosa, cultural e social.
Língua Portuguesa A influência indígena na língua portuguesa (tupi-guarani).
O índio e a construção da nacionalidade.
Literatura indígena.
Lei 11.645.
Língua Inglesa Comparação entre povos indígenas, americanos e brasileiros.
Os índios nativos americanos.
Os índios nos EUA hoje.
Reservas indígenas nos EUA.
Matemática
Calendários dos povos indígenas e formas de contar o tempo.
As diversas concepções matemáticas dos povos indígenas.
As diversas formas de contar dos povos indígenas.
As diversas medidas usadas pelos índios.
Formas geométricas nas pinturas, cerâmicas, objetos e moradias indígenas.
A utilização da escala para entender mapas de territórios indígenas.
Problemas matemáticos contextualizados com temáticas indígenas.
Sociologia Organização familiar e social indígena.
Os hábitos e os costumes.
Territórios indígenas.
Conceitos e teorias (índio, aculturação, cultura, identidade, tradição, etc.)
Formação étnica da população brasileira.
Relações familiares e sociais.
O papel da mulher na sociedade indígena.
A sociedade indígena e a globalização.
Contribuição da cultura indígena na construção da sociedade local e global.
Referencias Bibliográficas
TEAO, Kalna. Conteúdos indígenas para trabalhar em sala em sala de aula. Disponível em: http://temaindigena.blogspot.com.br/2011/03/conteudos-indigenas-para-tra... Acesso em: 19/09/2014.
PEZZI, Antonio. Biologia genética, evolução, ecologia. São Paulo: FTD, 2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil
BERNARDES, A.G. Saúde Indígena e políticas públicas: alteridade e estado de exceção. Interface - Comunicação, Saúde e Educação, v. 15, n. 36, p. 153-64, jan./mar. 2011.
ANDRADE, Leila de. Etnomatemática: Matemática na cultura indígena. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/96632/Leila_de_An...,
SANTOMÉ, Jurjo Torres. O trabalho cooperativo e coordenado. Revista Pátio Ensino Médio. Ano 5 nº 16. Março/maio 2013.
REFLEXÃO EM AÇÃO 04
O Projeto Curricular e a Relação Entre os Sujeitos e Desses com suas Práticas
Como vimos anteriormente, na reflexão em ação número 2, o conhecimento cientifico foi construído pelos seres humanos, a partir da necessidade e a busca de soluções para os problemas do seu cotidiano. Isto também se evidencia na análise do material e documentário em “Busca de Joaquim Venâncio”, onde observamos que a metodologia adotada, valoriza o conhecimento prático, incentivando o desenvolvimento de Projetos de Pesquisa, buscando construir o conhecimento científico abrangendo diversas áreas.
Tais metidas poderão ser refletidas na mudança da práxis, onde vai além do planejamento pedagógico, englobando a organização do trabalho escolar, gestão democrática e participação da comunidade, objetivando a formação ampla e integral do educando para que a escola possa constituir-se em um espaço permanente de troca, avaliação e produção de conhecimentos.
Em conformidade, sugerimos que seja realizado em nosso Colégio, uma Proposta de Trabalho sobre o Índice de Desenvolvimento Humano, (IDH) envolvendo o bairro onde estão inseridos, com a finalidade de avaliar qual, entre os quesitos requeridos para o cálculo de tal índice acaba sendo preponderante para os problemas sociais, abrangendo as seguintes dimensões:
- Expectativa de vida longa - medida pela esperança de vida ao nascer.
- Conhecimento - medido pela taxa de alfabetização e escolarização, abrangendo o ensino fundamental, médio e superior;
- Nível de vida digno - medido pelo PIB per capita, poder de compra.
Para realização faz-se necessário o envolvimento de diversas áreas do conhecimento com papéis claros e definidos:
- Geografia e História – Levantamento de dados; com uma abordagem humanista.
- Matemática – Tabulação de dados levantados em relação a taxa de escolarização;
- Arte – Composicão e Apresentação dos gráficos resultantes das tabulações - estudo de cor e composição utilizando lapis de cor e hidrocor; Estudo sobre o tema Qualidade de vida (referente ao requisito expectativa de vida longa, na avaliação de IDH), observando imagens, debatendo sobre os critérios desta, em relação ao bairro e o município, e também observação de imagens dos estados em melhor posição no ranking - composição de imagens/quadros - técnica Lapis de cor aquarelavel;
- Ciências – Condições sanitárias; Estabelecendo as condições sanitárias e de conforto presentes nas residências, por meio do dimensionamento das instalações sanitárias, esgotos e condições de higiene.
- Sociologia e Filosofia – Políticas públicas, voltadas para assegurar o direito de cidadania de forma difusa, tendo clareza dos seus direitos assegurados constitucionalmente.
Este trabalho se justifica pela importância de se tratar de temas que tragam à realidade do aluno uma significação prática, onde professor e aluno possam ser produtores de conhecimento analisando a realidade presente na sua comunidade e relacionando com o conhecimento historicamente acumulado. Assim o levantamento e análise de dados é um instrumento de suma importância para que os educandos reconheçam em sua realidade os conteúdos de sala de aula em suas diversas disciplinas.
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