Reflexões e Ação do Cardeno 02 - Colégio Estadual Jardim Europa - TOLEDO-PR
Reflexão em Ação 01
Em se tratando de relacionamentos, entre professores e alunos é necessário ter em vista, por ambas as partes a função social da escola e a missão de cada segmento que as compõem. O jogo dos culpados por êxitos, fracassos, angustias, ambições, precisa acabar no ambiente educativo. Cada integrante dessa instituição tem que ter em mente, de maneira clara e objetiva, a noção de seu papel como integrante de uma instituição que visa a formação humana integral e a transformação da sociedade na qual está inserida. O que fazer para que isso aconteça?
Em primeiro plano faz-se necessário um trabalho de equipe, integrando todos os componentes da escola quanto à sua função missão e atuação no contexto de uma nova sociedade de conhecimento e tecnologia. Cada individuo precisa ter uma visão clara que é; o que quer; como quer; o que vai fazer e como vai fazer. Trata-se da etapa que poderíamos denominar de conscientização. É difícil, árduo. E seus frutos não são colhidos imediatamente. Cada instituição educativa, no contexto de sua realidade faria um plano de trabalho utilizando os recursos que dispõe. Poder-se-ia utilizar-se parcerias com universidades, empresas e organismos da comunidade. Posteriormente, partiríamos para a fase, que denominaríamos de execução e colocaríamos em prática estratégias, cursos, palestras, projetos envolvendo a escola como um todo. Ressalva-se que nesta parte envolveríamos diretamente todos com o trabalho educativo. O aluno (jovens) passariam a ser o centro da escola. Com suas atitudes, hábitos, maneiras de ser, trabalhos no sentido de valorização humana e pessoal. Usar-se-ia conversa, o diálogo e os próprios atos que caracterizam esta fase de vida, musica, dança, recreação, lazer, maneiras de ser, vestir-se, falar, mas trabalhando os conteúdos curriculares, nas diversas áreas do conhecimento. Usar-se-ia uma metodologia diferenciada e politizada objetivando a construção do jovem cidadão. Em conjunto com os jovens, elaboraríamos um código de obrigações escolares que deveriam ser observados por ambas as partes, professores X alunos. Em momento algum seriam deixados de lado os aspectos cognitivos, afetivos e sócios do desenvolvimento humano. Sugerir-se – ia neste momento o trabalho interdisciplinar, atribuindo aos alunos tarefas diferenciadas que seriam executadas. “A chave do sucesso ou fracasso seria a valorização e a construção da identidade do jovem, aluno da escola pública.”
O desafio seria lançado: cada turma cumpriria uma tarefa atribuída pelos professores nos novos moldes propostos. A partir disto partiríamos para uma autoavaliação e um planejamento cooperativo que levasse a superação dos desafios que caracterizam a juventude. Mas faz-se necessário o compromisso social e político de todos integrantes da escola no sentido de superar as desavenças, preconceitos, culpados e partir para uma nova mentalidade em EDUCAÇÃO: A POLITIZAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DOS TALENTOS JOVENS superando a concepção tradicional da escola bancária e acadêmica.
Reflexão em Ação 02
Percebemos que os nossos alunos não são diferentes dos demais quanto ao uso de internet, roupas, músicas, danças e outros adornos que usam para passar o tempo mostrando que são iguais aos outros. São jovens rápidos nas tecnologias de que não se dão conta do vício que adquiriram. Muitos deixam de lado os valores culturais e morais que poderiam deixa-los mais atraentes para o conhecimento e futuras profissões. Fazendo parte da discussão em sala de aula os alunos do 3º ano Médio deram os seguintes depoimentos:
No cotidiano da escola e, principalmente na sala dos professores, podemos perceber que o desafio de trabalhar com os “jovens de hoje” costuma ser um tema constante nas rodas de conversa entre colegas. Nestas conversas, é comum encontrar queixas sobre como o cotidiano escolar é tumultuado por problemas provocados pelos jovens estudantes. A indisciplina costuma ser o principal problema apontado. Ela se manifesta na crítica à “falta de respeito” com os professores, nas relações agressivas entre os próprios jovens, na agressão verbal e física, na “irresponsabilidade” diante dos compromissos escolares e na “dispersão” devido ao uso de celulares ou outros aparelhos eletrônicos, mesmo na sala de aula.
Assim iniciamos nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes.
- Aluno 1 – Muitos professores se culpam por não ter autoridade com seus alunos e outras vezes os jovens não sabem realmente o que querem, pois o professor vem com um propósito de exercer sua profissão, já o aluno vem com o sentido de encontrar seus amigos e se divertir.
Aluno 2 – Muitos alunos dizem que vem para a escola porque é obrigado, senão o conselho vem atrás, outros dizem que vem para a escola porque não tem o que fazer e outros vêm para a escola porque tem objetivos de uma boa profissão.
Aluno 3 – Falta de interesse de todos; tanto dos alunos, professores e diretores incluindo uma sociedade que também não se interessa.
Aluno 4 – O professor vem com propósito de dar aula enquanto os alunos vêm para bagunçar.
Aluno 5 – Sim, e não, acho que a maioria dos alunos não se culpa pelo mau comportamento e notas baixas, já os professores sim por não conseguirem dar aulas que eles gostariam de dar.
“Foi um debate muito participativo por parte dos alunos, pois havia ali diversos discursos que carregavam ainda dúvidas ou compreensões equivocadas que buscavam uma referência de apoio através do uso de internet ou outros meios de informações. Ao invés de formar uma opinião coletiva, a minha ideia era facilitar a construção de opiniões individuais, autênticas e pessoais, esclarecendo pontos que muitas vezes ficam subentendidos nos telejornais ou na própria rede, onde a linguagem meramente técnica ou leiga ajuda a confundir também”, o que realmente é correto.
Muito se pensa numa juventude mais relacionada com o bem estar de suas vidas com futuros promissores para eles, mas isso não esta como prioridade para eles, pois nosso jovem não quer isso, quer o diferente sem pensar que o mundo onde vive não aceita este estilo de ser humana a forma de se vestir dos jovens também é vista como “rebeldia” e afronta ao que se exige como uniforme escolar são calças e blusas larguíssimas, piercings, tatuagens e o boné: ah, o boné! Este é quase sempre o pivô do conflito quando a escola define um padrão rígido de vestimenta. A lista poderia crescer infinitamente, como forma de exemplificar os pontos de tensão entre jovens e professores no ambiente escolar.
O filme documentário “O Desafio do Passinho” indaga jovens sobre suas experiências com o racismo e apresenta as estratégias Inter geracionais e coletivas produzidas a partir de suas participações. Núcleo de Cultura do Guadá, no Colégio Estadual Guadalajara (Duque de Caxias/RJ), para a superação do racismo, que passam pela identidade racial e social, pela ressignificação do território escolar e pela construção de novos projetos de vida. A produção se alia aos esforços de fortalecimento do campo de debates e formação dos educadores em torno da aplicação da lei 10.639 que institui o ensino da História e cultura da África e das diversas contribuições e lutas dos afros brasileiros/as, nos currículos escolares.
Nas turmas do 2º ano as respostas foram as seguintes:
Aluno 1 – Acho que foi legal e divertido. Tiveram esse comportamento porque todos gostam do Funk, eu me comportaria da mesma forma que eles. Eu acho o Funk uma expressão juvenil, não só para os jovens do Rio de Janeiro mas também os daqui do Bairro, shows, teatros, danças variadas e etc.
Aluno 2 – Acredito que para melhorar a autoestima dos alunos e a vontade de estudar seria bom se tivesse coisas diferentes no Colégio como: palestras, apresentações, coisas que ajudassem os alunos a interagir uns com os outros.
Afinal, mesmo que os jovens estudantes não saibam exatamente verbalizar sobre seus projetos, o que eles e elas nos dizem, de uma forma ou de outra, é que almejam “ser alguém na vida”. Em outras palavras, demonstra de diferentes formas a busca em encontrar um lugar para si no futuro. Lugar este que já se aproxima quando o projetamos com consciência. Nós, professores e professoras, podemos ser parceiros e construtores desse projeto para o futuro dos jovens e das jovens estudantes. Um caminho para isso é proporcionar chances para que os estudantes falem de si e de seus projetos.
(documentário jovem – Morro do Palácio).
1) Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje?
2) Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes?
3) E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo entre os personagens da escola?
4) Nossa escola esta aberta para o dialogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora da escola?
5) Vamos assistir o filme “O desafio do passinho” e você comenta a cena que você mais se identificou?
Reflexão em Ação 03
Percebemos que os nossos alunos não são diferentes dos demais quanto ao uso de internet, roupas, músicas, danças e outros adornos que usam para passar o tempo mostrando que são iguais aos outros. São jovens rápidos nas tecnologias de que não se dão conta do vício que adquiriram. Muitos deixam de lado os valores culturais e morais que poderiam deixa-los mais atraentes para o conhecimento e futuras profissões. Fazendo parte da discussão em sala de aula os alunos do 3º ano Médio deram os seguintes depoimentos:
No cotidiano da escola e, principalmente na sala dos professores, podemos perceber que o desafio de trabalhar com os “jovens de hoje” costuma ser um tema constante nas rodas de conversa entre colegas. Nestas conversas, é comum encontrar queixas sobre como o cotidiano escolar é tumultuado por problemas provocados pelos jovens estudantes. A indisciplina costuma ser o principal problema apontado. Ela se manifesta na crítica à “falta de respeito” com os professores, nas relações agressivas entre os próprios jovens, na agressão verbal e física, na “irresponsabilidade” diante dos compromissos escolares e na “dispersão” devido ao uso de celulares ou outros aparelhos eletrônicos, mesmo na sala de aula.
Assim iniciamos nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes.
- Aluno 1 – Muitos professores se culpam por não ter autoridade com seus alunos e outras vezes os jovens não sabem realmente o que querem, pois o professor vem com um propósito de exercer sua profissão, já o aluno vem com o sentido de encontrar seus amigos e se divertir.
Aluno 2 – Muitos alunos dizem que vem para a escola porque é obrigado, senão o conselho vem atrás, outros dizem que vem para a escola porque não tem o que fazer e outros vêm para a escola porque tem objetivos de uma boa profissão.
Aluno 3 – Falta de interesse de todos; tanto dos alunos, professores e diretores incluindo uma sociedade que também não se interessa.
Aluno 4 – O professor vem com propósito de dar aula enquanto os alunos vem para bagunçar.
Aluno 5 – Sim, e não, acho que a maioria dos alunos não se culpa pelo mau comportamento e notas baixas, já os professores sim por não conseguirem dar aulas que eles gostariam de dar.
Muito se pensa numa juventude mais relacionada com o bem estar de suas vidas com futuros promissores para eles, mas isso não esta como prioridade para eles, pois nosso jovem não quer isso, quer o diferente sem pensar que o mundo onde vive não aceita este estilo de ser humano a forma de se vestir dos jovens também é vista como “rebeldia” e afronta ao que se exige como uniforme escolar são calças e blusas larguíssimas, piercings, tatuagens e o boné: ah, o boné! Este é quase sempre o pivô do conflito quando a escola define um padrão rígido de vestimenta. A lista poderia crescer infinitamente, como forma de exemplificar os pontos de tensão entre jovens e professores no ambiente escolar.
O filme documentário “O Desafio do Passinho” indaga jovens sobre suas experiências com o racismo e apresenta as estratégias intergeracionais e coletivas produzidas a partir de suas participações. Núcleo de Cultura do Guadá, no Colégio Estadual Guadalajara (Duque de Caxias/RJ), para a superação do racismo, que passam pela identidade racial e social, pela ressignificação do território escolar e pela construção de novos projetos de vida. A produção se alia aos esforços de fortalecimento do campo de debates e formação dos educadores em torno da aplicação da lei 10.639 que institui o ensino da História e cultura da África e das diversas contribuições e lutas dos afros brasileiros/as, nos currículos escolares.
Nas turmas do 2º ano as respostas foram as seguintes:
Aluno 1 – Acho que foi legal e divertido. Tiveram esse comportamento porque todos gostam do Funk, eu me comportaria da mesma forma que eles. Eu acho o Funk uma expressão juvenil, não só para os jovens do Rio de Janeiro mas também os daqui do Bairro, shows, teatros, danças variadas e etc.
Aluno 2 – Acredito que para melhorar a autoestima dos alunos e a vontade de estudar seria bom se tivesse coisas diferentes no Colégio como: palestras, apresentações, coisas que ajudassem os alunos a interagir uns com os outros.
Afinal, mesmo que os jovens estudantes não saibam exatamente verbalizar sobre seus projetos, o que eles e elas nos dizem, de uma forma ou de outra, é que almejam “ser alguém na vida”. Em outras palavras, demonstra de diferentes formas a busca em encontrar um lugar para si no futuro. Lugar este que já se aproxima quando o projetamos com consciência. Nós, professores e professoras, podemos ser parceiros e construtores desse projeto para o futuro dos jovens e das jovens estudantes. Um caminho para isso é proporcionar chances para que os estudantes falem de si e de seus projetos.
(documentário jovem – Morro do Palácio).
1) Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje?
2)Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes?
3) E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo entre os personagens da escola?
4) Nossa escola esta aberta para o dialogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora da escola?
5) Vamos assistir o filme “O desafio do passinho” e você comenta a cena que você mais se identificou?
Reflexão em Ação 04
Prezados Alunos
De acordo com os dados coletados, foram apresentadas várias opiniões referentes ao que pensam do Ensino Médio, entre elas:
• Alunos não focam seus objetivos no estudo;
• Alunos não conseguem conciliar estudo e trabalho, pois priorizam o trabalho;
• Falta de estrutura física padrão;
• Ensino de qualidade, porém básico – foco em quantidade e não em qualidade;
• Professores não usam diferentes métodos de ensino, priorizando a transferência teórica dos conteúdos;
• Inexistência de aulas práticas – desmotivação do aluno;
• Professores não fazem uso dos laboratórios – química e informática;
Percebemos que há um grande percentual de alunos, que acredita que o EM é uma fase importante, no preparo para o trabalho e para o ingresso na faculdade. Além disso, preocupam-se com a quantidade maior de disciplinas, bem como grau de dificuldades dos conteúdos.
Diante destas colocações, estamos nos propondo através do Programa Pacto Nacional pelo fortalecimento Ensino Médio, discutir ações considerando as observações apontadas acima. Através destas discussões procuraremos reverter o quadro apresentado, promovendo uma melhora na qualidade de ensino ofertado, cobrando dos órgãos responsáveis ações que visem atingir os objetivos traçados.
Também é importante salientar que o processo de ensino e aprendizagem não esta centrado na figura do professor apenas, esse processo é coletivo e exige a colaboração de todos os envolvidos, inclusive vocês alunos.
Mediante esta realidade contamos com a participação ativa de vocês, para que possamos efetivar ações que serão propostas.
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