REFLEXÕES CADERNO 02 - CEPEM - MISSAL - PR
REFLEXÕES CADERNO 02 – COLÉGIO ESTADUAL PADRE EDUARDO MICHELIS – MISSAL – PR – DISCUSÃO 16/08/2014.
Construindo uma noção de juventude
Em uma análise feita nos vários textos, procura-se achar um culpado para o problema da falta de interesse do jovem em participar da vida escolar, como indisciplina, nada que me interessa, e por fim o abandono dos estudos. Tudo isso visa achar um culpado para o problema. Mas o que precisa não é achar um culpado, mas sim a solução.
Constata-se que os meios de comunicação valorizam os pontos negativos da juventude, porque isso gera mais ibope. Muitos jovens, por não ter um modelo familiar usam esses modelos para sua vida.
É necessário que ocorra o conhecimento sobre a origem e realidade dos jovens, para a partir disso, promover uma aproximação e troca de experiências entre o jovem e o professor. Porque de um lado há um caráter universal dado pelas transformações do individuo de uma faixa etária. De outro, as diferentes construções históricas e sociais relacionadas a esse tempo/ciclo da vida.
Diante desse problema, o jovem e suas dúvidas, precisamos reinventar uma escola. Proporcionar um aprimoramento do educando como pessoa humana com uma formação ética. Promover o desenvolvimento da autonomia intelectual, responsável pelos seus atos com um pensamento crítico, que respeite a diversidade e a realidade concreta dos sujeitos do processo educativo no qual estão inseridos.
Encontramos na nossa sociedade avanços rápidos e grandes com grupos que lutam por melhorias com o objetivo de ter avanços nos seus direitos como os idosos, mulheres, enfim os grupos de diversidades culturais etc.
Mas o jovem ainda se faz de vítima da sociedade, talvez por não estar organizado com propostas claras de melhoria dentro do contexto ético de valores positivos de melhoria da sua classe social, no contexto de uma sociedade que avança muito rapidamente.
Sendo assim precisamos encontrar junto aos jovens a solução do impasse em que estamos.
Jovens, culturas, identidades e tecnologias
Os jovens são sempre presentes em nossa sociedade, fazem parte de um grupo muitas vezes considerado rebeldes, pois têm ideias e atitudes que para a sociedade são considerados anormais.
A identidade é construída através das negociações constantes entre as diferentes experiências de vida.
Os jovens sujeitos do Ensino Médio nos trazem cotidianamente desafios para o aprimoramento de nosso ofício de educar onde podemos aprender com eles a experiência de viver de forma inovadora, criativa e solidária o tempo de juventude. Esses interesses em comum que dão sentido ao “estar junto” e ao “ser parte” dos grupos também constitui o “nós” que se diferencia dos “outros” .
Os jovens precisam ser percebidos como sujeitos de direitos e não apenas como “objetos” de nossas intenções educativas.
Além do aluno quase silenciado, há um jovem querendo se expressar.
Os jovens revelam sinais de identidades que remetem ao sensível, ao corpóreo, à expressividade cultural e estética e às sociabilidades que se originam no exterior da instituição escolar e que, por mais que tentemos uniformizá-las, “invadem” os territórios da escola. Além do aluno quase silenciado, há um jovem querendo se expressar.
E nós já paramos para pensar que, por debaixo do uniforme da escola, existe um “corpo cultural” coexistindo fora dela?
A pesquisa do TIC2012 do Comitê Gestor da Internet no Brasil traz dados reveladores sobre a disseminação do uso das tecnologias da comunicação entre nós e, em especial, entre os jovens. No Brasil, 60% das pessoas já acessaram a internet na área urbana e 22% o fizeram na área rural.
Aqueles que, de algum modo, não estão conectados, sentem-se mesmo “peixes fora d’água”. Um deles nos disse: “sou discriminado por não participar de nenhuma rede social.
O nosso jovem não entende como era possível a vida no passado sem essas tecnologias. Pois elas são , um importante elemento constitutivo da cultura juvenil, chamando os jovens de hoje de nação nascida na era internet.
De um modo geral, os jovens possuem maior familiaridade com as tecnologias do que seus professores. E isso coloca em xeque a relação
de poder e as hierarquias do saber na sala de aula. Porém elas devem ser utilizadas como ferramentas que facilitem a interlocução e o diálogo entre os jovens, profissionais da educação e a escola.
Os jovens devem ser desafiados a fazer uso seguro e crítico das novas tecnologias na perspectiva de dominar os instrumentos do conhecimento e não ser dominados por elas. E, sem dúvidas, nós, professores e professoras, podemos ser mediadores importantes neste processo, desde que também nos preparemos para compreender e participar da produção dessas novas arenas educacionais que se apresentadas no cenário da cibercultura e das novas tecnologias de informação e comunicação.
Não acredito que, o que se conversa pela internet tem menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente, no entanto fala-se as vezes coisas sem pensar que pessoalmente não seriam ditas, ofensas ou deboches, pela facilidade e praticidade dos recursos midiáticos. Muitas vezes expõe-se as pessoas ao ridículo sem ao menos elas saberem.
Mas como ponto positivo podemos destacar a possibilidade de falarmos com várias pessoas ao mesmo tempo, não importa a distância.
Volto a ressaltar novamente que a tecnologia vem para contribuir, depende da maneira e para o que nós a utilizamos.
Temática III
É na adolescência, que surgem os maiores questionamentos, o sujeito começa a se perguntar que rumo tomar na vida, passa a fazer projetos de vida.
Normalmente sofrem influência do meio, do “campo das possibilidades” que permite ou não perseguir seus objetivos.
Na elaboração de um projeto de vida, o maior desafio é aprender a escolher, portanto cabe a nós, pais e professores, estimular neles a capacidade de projetar e acreditar nos seus sonhos, assim contribuir para que desenvolvam as capacidades para realizá-los e proporcionar chances para que falem de si e de seus projetos.
Outra realidade vivenciada nos dias atuais, é que muitos jovens não passam pelo processo de escolhas, buscam por meios variados “informalidade”, suprir necessidades básicas, sem projetos, devendo ainda conciliar seu trabalho aos estudos.
O território em que os jovens vivem, contribui para compreender a visão que eles tem da escola, a importância da mesma em sua vida, a maneira que constroem suas escolhas e a influencia em seus projetos de vida.
Como (Machado,2004) diz : não se pode projetar pelos outros devemos buscar novas metodologias , mas como professores podemos motivá-los , orientá-los, a falar de si e seus objetivos.
CARTA AO ESTUDANDE
Para você estudante...
Por muitas vezes em sala de aula não tive tempo para escutá-lo. Vejo que cada vez mais a distância que ha entre nós aumenta e sinto a necessidade de a gente conversar.
Sei que não é fácil a vida de um estudante, precisas aprender tantas matérias diferentes, e muitas vezes ainda trabalhar. Sua responsabilidade já é maior nesse período da vida. Conheço pouco de você. A rotina, a família, e também a dificuldade em conhecê-los, porque geralmente são em grande quantidade na sala de aula.
Que tal você participar de um grêmio estudantil?? Sua presença é importante, e assim podes tornar-se uma liderança positiva na sala de aula e na comunidade, aumentando a participação, e assim aumentar o estimulo para novas aprendizagens, como a escrita e argumentação.
Sei também, que muitas vezes passas por períodos difíceis. Mas precisas confiar em mim, e nessas horas é que devemos ficar mais próximos para juntos podermos achar uma solução. Se revoltar com as pessoas em sua volta?? Não...Não vai ser a solução. Acima de tudo você precisas lutar, se esforçar e não desistir nos primeiros obstáculos que encontrar. Você é capaz, nós somos capazes, confie em você!!
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