Reflexão individual: 1º Encontro – Caderno 1
A partir da reconstrução histórica aqui apresentada, identifique — individualmente e em grupo — os desafios que permanecem para o Ensino Médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.
O encontro do Colégio CEEBJA-CIC, no dia 19/07/2014 foi muito produtivo e promoveu uma grande reflexão sobre os desafios do Ensino Médio. Percebemos que é necessário em primeiro lugar reconhecer as novas tecnologias de comunicação como estratégias de conhecimento e formação de um espírito crítico e não, como simples auxiliares da tarefa escolar ou das competências para o trabalho.
Os meios devem ser o próprio objeto de estudo: como eles interferem no cotidiano, na forma de ver o mundo, nos valores sociais, nos modos de conceber as diferenças sociais, a pobreza. Não obstante, é evidente que o uso crítico das tecnologias pode não só permitir ao aluno ter acesso à informação variada e atualizada, como também, oferecer condições para uma prática de estudo e um conhecimento diferente, abrindo espaço para a curiosidade e a criatividade e novas possibilidades de informação e descobrimento; de ampliação de seu universo de referência e de intercâmbio com outras culturas.
O reconhecimento de que as novas gerações priorizam a experiência da mídia, havendo, portanto, a necessidade de a escola ensinar a abordá-la criticamente, não exclui, como alguns pensam, a importância da leitura (seja de livros em papel, seja de livros digitalizados) para ampliação do universo de referência dos alunos, de conhecimento e trocas culturais e da constituição de uma visão de mundo que lhes ofereça as condições para uma verdadeira liberdade de ação. O jovem do Ensino Médio precisa ser resgatado para os bancos escolares e permanecer neles até sua formação plena. Para isso temos muitos desafios pela frente. Mudar é preciso!
Enquanto as políticas públicas associadas ao ensino, estudam reformas e mudanças institucionais ainda há inúmeros jovens que continuam fora da escola. Nas últimas décadas, não conseguiram alterar substancialmente esse quadro. Pode-se mesmo afirmar que, muitas das modificações introduzidas nos últimos anos não chegaram à sala de aula. Apesar deste quadro de crise, o governo federal tem propostas organizadas para a reforma, tendo concentrado seus investimentos mais recentes em cursos profissionalizantes, que embora eventualmente relevantes em termos de acesso ao mercado de trabalho, são oferecidos de modo totalmente desarticulado da escola formal.
A crise do ensino médio continua a desafiar governos, gestores e professores, frustrando assim novas oportunidades de formação mais conectadas às aspirações da maioria dos jovens.