REFLEXÃO E AÇÃO - TEMÁTICA: O ensino das ciências da natureza no CEEP - Cascavel - Paraná

Tutora: Simone Mirian Rizental 

Alunos: Marivania Menegarde, Maria Salete da Silva Bozza, Syrlei Aparecida Luiz Prezotto, Roserlei Salete de Oliveira Furlan, Maria Aparecida Mendes de Souza

REFLEXÃO E AÇÃO - TEMÁTICA: Os sujeitos estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na área de Ciências da Natureza (adaptação da p. 21, caderno 3)
            As Diretrizes Curriculares Estaduais, das ciências da Natureza destacam nos Encaminhamentos Metodológicos a partir da perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica como os processos pedagógicos devem ser encaminhados pelos docentes.
            Na área da Biologia,aponta que o ensino dos conteúdos necessita apoiar-se no seguinte processo:
• a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;
• a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento;
• a instrumentalizaçãoconsiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem;
• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;
• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção. (DCE Biologia, 2008, p. 63-64).
            Na área de Física, a DCE explicita que o processo ensino-aprendizagem:
            Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim,
• O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
• A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos,proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar;
• Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático. (DCE Fisica, 2008, p. 56).
            E na área de Química destacam-se os seguintes aspectos:
            Os professores de Química devem se utilizar dos modelos (p. 65) para explicar determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual modelo utilizar e o porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola. Igualmente importante é o docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais adequado no estudo da Química desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na provisoriedade e na limitação dessas representações. Esse encaminhamento permite aos alunos compreender o significado dos modelos na ciência e que as elaborações científicas não devem ser tomadas como verdades imutáveis e definitivas.
            Assim, abordar os modelos na escola vai além do simples estudo de datas e nomes. Exige que os docentes possuam conhecimentos epistemológicos a respeito do que sejam os modelos, sua função na ciência, seus objetivos, suas limitações, e em que contexto histórico foram elaborados. Isso implica num estudo da natureza da ciência, sua dinâmica e seus princípios constitutivos, além de considerar os conhecimentos a respeito de como os alunos propõem seus modelos mentais na explicação dos fenômenos. (DCE Química, 2008, p. 66)
A partir da leitura, da exposição dos docentes das áreas das Ciências da Natureza e das questões levantadas pelos alunos que entrevistaram, registrem no quadro abaixo as proposições que consideram relevantes para melhorar o processo ensino-aprendizagem dos alunos do CEEP, pensando  na proposta de uma educação politécnica: que atenda a formação integral dos sujeitos do ensino médio, ou seja, uma formação intelectual, física e tecnológica.
 

Biologia

Disciplina COMO OS DOCENTES AVALIARAM AS ÁREAS NAS PRÁTICAS DO CEEP? DESTACAR QUESTÕES LEVANTADAS PELOS ALUNOS PESQUISADOS COMO SUPERAR AS DIFICULDADES RELATADAS NAS QUESTÕES DOS DOCENTES E ALUNOS?
Devido a alguns fatores, foi avaliado de uma forma não muito favorável, pois incide na falta de objetivos de muitos alunos, a falta de interesse e defasagem de um conteúdo que vem históricamente sendo construido pela sua trajetória escolar, não tendo tempo hábel de realizar este resgate pelo pouco tempo que se tem. 

No que diz respeito aos alunos, de todos os pesquizados, relatam que o numero de aula prática não é suficiente, mas no quantitativo que são ministradas ainda assim os professores conseguem manter uma metodologia de ensino adequada  A sugestão foi a de reduzir o número de alunos por sala de aula e buscar um maior envolvimento familiar para a aquisição de hábitos de estudo pelo educando.

Química 

Disciplina COMO OS DOCENTES AVALIARAM AS ÁREAS NAS PRÁTICAS DO CEEP? DESTACAR QUESTÕES LEVANTADAS PELOS ALUNOS PESQUISADOS COMO SUPERAR AS DIFICULDADES RELATADAS NAS QUESTÕES DOS DOCENTES E ALUNOS?

As dificuldades relatadas foi a falta de responsabilidade direcionada ao aluno e o excesso de responsabilidade direcionada ao professor, principalmente ao que diz respeito a burocratização.  De um total de nove alunos, cinco dos  pesquisados dizem estar satisfeitos com a metodologia, e quatro alunos  referiram como regular e ruim.  Atribuir mais responsabilidade ao aluno e a família. E ao professor no que diz respeito ao comprometimento didático. Apesar desse cenário ainda temos muito que avançar, como a organizaçaõ das disciplinas nas séries para que possibilite maior proximidade dos conteúdos e suas relações, com o aumento da carga horária.

Física

Disciplina COMO OS DOCENTES AVALIARAM AS ÁREAS NAS PRÁTICAS DO CEEP? DESTACAR QUESTÕES LEVANTADAS PELOS ALUNOS PESQUISADOS COMO SUPERAR AS DIFICULDADES RELATADAS NAS QUESTÕES DOS DOCENTES E ALUNOS?

Devido a baixa quantidade de aulas, o ensino fica comprometido, perdendo a continuidade do ensino. Falta de percepção dos alunos em relacionar a física com as outras disciplinas, tais como biologia e química, assim como  na sua formação.  No que diz respeito aos alunos, relatam que o numero de aula não é suficiente, mas no quantitativo que são ministradas ainda assim os professores conseguem manter uma metodologia de ensino adequada Conforme o pesquisado podemos observar que o aluno tem real dificuldade em associar o conteúdo teórico com a prática. Então a sugestão foi de ampliar as aulas de laboratório assim como proporcionar uma quantidade maior de equipamentos e materiais para experiencias. Aula de reforço no contraturno.