REFLEXÃO E AÇÃO - PARTE i - CADERNO IV - COLÉGIO ESTADUAL FRENTINO SACKSER

A seleção e a forma de organização dos conteúdos por áreas de conhecimentos e por disciplinas e os processos de avaliação no ensino são apontados como as causas da descontextualização cultural e social dos conhecimentos escolares e conseqüência do insucesso e fracasso da aprendizagem.
Observando que
“Pouco a pouco, a análise científica da realidade destrói a unidade e se desintegra em saberes cada vez mais especializados, que explodem cada vez mais em disciplinas particulares. E quanto mais as disciplinas se diversificam, mais elas se distanciam da realidade humana.”
“Atualmente, vivemos em meio a uma enorme quantidade de conhecimentos especializados (“que sabem de quase tudo sobre quase nada”), facilmente disponíveis (meios de comunicação, internet, Google, Wikipédia, biblioteca etc.); no entanto, encontramo-nos totalmente alienados e inseguros diante das questões fundamentais das nossas vidas pessoal e coletiva.”(pág.11)

Precisamos de uma nova visão. A criatividade aliada ao conhecimento é a essência da evolução,

“... o problema essencial da ciência, para que seja socialmente necessária, consiste em reconstruir relações organizadas entre os conhecimentos resultantes da interação dinâmica desses campos, pois a compreensão que se pode ter da particularidade do real estudado pode ser diversa quando examinada isoladamente ou no interior de um todo.”(pág.14)

Assim, é preciso transcender. Mas como vamos fazer isso se vivemos em um mundo onde nossos jovens apenas pensam em usufruir da vida sem responsabilidade com a sua própria formação, visto que muitos não tem um plano de vida?
Lembrem-se a vida sabe de si, precisamos nutrir nosso sistema emocional. Fazer com que consigamos reagir a situações de conflito no processo de ensino aprendizagem e buscar novos meios para atender a atual demanda e suas necessidades.
Precisamos de uma sociedade auto sustentável, na qual podemos sobreviver sem prejudicar as gerações futuras e cada um de nós deve saber como fazer para que isso aconteça, deve ser um processo natural assim como a evolução do mundo.  Estudar a
“organização do currículo em áreas de conhecimento não deve substituir a especificidade de cada componente curricular. Em outras
palavras, a compreensão do objeto mais geral da área não prescinde o estudo das particularidades desse objeto, e a relação entre elas deve ser construída como um “todo orgânico”, síntese das diversas dimensões que o compõem”. (Pág.16)

Ou seja, cada disciplina tem sua particularidade e a diversidade entre os saberes devem contemplar o todo do conhecimento. A comunicação entre os diversos saberes oportuniza o crescimento, o aprendizado de forma articulada e integral.
Segundo a atual organização dos recursos humanos no ensino público, está proposta de articulação não é possível, visto que não dispomos de profissionais inseridos com exclusividade nos estabelecimentos de ensino. Cabe citar que a mudança de profissionais durante o ano letivo é muito grande,
causando o embate nos encontros necessários para planejar e organizar os conteúdos de forma articulada e interdisciplinar.