REFLEXÃO E AÇÃO III - CRISE NO FORNECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA

ETAPA ll CADERNO lll
CIÊNCIAS DA NATUREZA
REFLEXÃO E AÇÃO lll

CRISE NO FORNECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA.
Trabalho realizado pela Equipe do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio- Dr. Brasilio Machado-CEEP-Antonina.
Tutora: Professora Cibelle Anne Santos Silva.
Grupo: Edilane M. Utrabo; Edilaine do Pilar Basco; Elenita da Costa Silva; John Kennedy de Abreu; José Gustavo Pontes; Lélia Valéria Dantas da Fonseca;Luiza Belém de Souza; Marcos Antonio de Oliveira do Nascimento; Nelci Terezinha Martins; Sabrina Giovanelli Carvalho; Robson Luíz Marciniaki Karas.
   CRISE NO FORNECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA
A água é a substância que possibilita nossa vida e a dos outros seres vivos, pois não há sobrevivência sem ela. Em nosso planeta, conforme a temperatura do ambiente é possível encontrá-la em três estados: sólido, líquido e gasoso, este último conhecido como vapor de água. Já que ela cobre três quartos da superfície da Terra, poetas até sugerem que o planeta deveria ser chamado de “ÁGUA”.  As atividades que têm por objetivo atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e usá-la como exemplo também podem realçar o quanto é importante que metas potencialmente conflitante sejam bem administradas no desenvolvimento econômico, social e ambiental. A água é um dos recursos da natureza mais importante para os seres vivos e existência do planeta Terra. Ela se encontra em todos os lugares, até mesmo dentro do homem, pois somos constituídos de 70% de líquidos. Porém este recurso está ameaçado de escassez, criando uma preocupação e disputa em todo o mundo, pois muitas localidades não têm acesso à água potável necessária para sobrevivência. O Brasil possui uma reserva  de água doce da Terra, ou seja, 12% do total mundial.  Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. As maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d’água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nestas cidades. Assim, a crise de abastecimento de água já é uma realidade brasileira e os seus efeitos já podem ser observados em diversas regiões do país. Tão ou mais importante que a questão da quantidade de água disponível é a qualidade, pois a poluição causada pelas ações humanas tem transformado a parte da água doce disponível imprópria para o consumo, o acesso, o uso dessa água, o desperdício desse bem vital, proveniente da falta de ações conscientes. Sendo assim, nossa postura participativa como Educador e com a conscientização dos problemas ambientais, levamos aos alunos o reconhecimento da importância da Água e da Energia na nossa vida e as conseqüências, pelo seu mau uso, além de compreender a importância da coleta e tratamento da água e de esgoto para a promoção e manutenção da saúde. A visão socioambiental complexa e interdisciplinar analisa, pensa, organiza o meio ambiente como campo de interações entre a cultura, a sociedade e a base física e biológica, dos processos vitais, no qual todos os elementos constitutivos dessa relação modificam-se dinâmica e mutuamente.
Seguindo as orientações das DCNEM (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio), essa integração promoverá ( nas dimensões do Trabalho, Ciências, Tecnologia e Cultura) das diversas áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, Direitos Humanos e Sustentabilidade socioambiental, possibilitando  o alcance da meta da formação humana na sua totalidade, além do reconhecimento e valorização do nosso estudante no contexto de suas diversidades.(Brasil,2014).
As formas de degradação ambiental, que caracterizam as sociedades modernas, geradas em função do enorme consumo de energia, água e tecnologias, somam-se em problemas em pleno século XXI, sem acesso a serviços básicos de saneamento, como abastecimento de água potável, rede de esgotamento sanitário e coleta de lixo, porém, novos problemas, associados ao uso intensivo de recursos naturais estão levando as pessoas a reconhecerem que houve um crescimento com o movimento ambiental consolidando-se na consciência para estas questões que usa-se a capacidade de transformar o ambiente de modo a torná-lo insustentável para as gerações futuras, onde não se pode transformar, sem limites, a natureza. Os recursos da Terra que são finitos, e a tecnologia causa forte impacto no ambiente. Os seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, e outros necessitam de alimento, porém o excesso gera poluição. Assim, o mesmo alimento que vai proliferar todos os segmentos da vida aquática, resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. Em se tratando do consumo de oxigênio no ambiente será superior ao  fornecimento do mesmo, que nas águas vêm através da superfície (ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas aquáticas, assim, muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lança turva a água a ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece. Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgoto – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras).
Como esta demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que houve Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas, ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo. A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons).
Quando o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem outros seres microscópicos capaz de se alimentar e “respirar“ na ausência do oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas. Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição. São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para formação de suas células. Assim, para evitar que um produto entre em decomposição, cria-se condições desfavoráveis à proliferação dos microorganismos decompositores. Os meios para isto são conhecidos: aquecimento, resfriamento, dessecamento e uso de substâncias tóxicas. Há ambientes na Terra desfavoráveis à atividade bacteriana: nas zonas glaciais, animais pré-históricos congelados se mantêm inteiros; nas regiões extremamente áridas, os animais mortos desidratam sem apodrecer.

O Brasil está enfrentando uma crise energética sem precedentes. A falta de investimento no setor, aliada ao aumento gradativo do consumo de energia elétrica – um apelo inerente aos tempos modernos – culminaram, este ano, no estabelecimento da crise que afeta a população, já sob efeito do racionamento imposto pelo Governo Federal. Desde junho, todos os setores da sociedade brasileira vivem sob a meta da redução do consumo de energia elétrica, de cunho linear e obrigatório, sob pena de cortes do fornecimento e multas.

Considerando a sequência proposta para abordagem da “Ciência, Tecnologia e Sociedade” no aspecto do ensino por investigação adaptado a aula de geografia, podemos concretizar em sala de aula o tema “Crise no Fornecimento de água e energia” da seguinte forma:
=> “Geração de energia e impactos socioambientais enfatizando de onde vem a energia elétrica que utilizamos? qual o papel da energia hidrelétrica?  qual a disponibilidade de recursos naturais no Brasil?;  Como economizar energia.....essas  e  outras questões podem ser debatidas durante a explicação do professor e já questionadas para que os alunos possam ir participando.
É possível considerar para fim de avaliação a participação dos estudantes nos debates, em tarefas coletivas e individuais, solicitar que os alunos tragam para a sala de aula a conta de luz e de água de 3 meses atrás para fim de avaliação e debate sobre o motivo de alterações tão significativas, se houver. E o impacto que essa disparidade causa no convívio no bolso da família.  Fazer questionamentos: a relação entre água e produção energética; potencial de geração de energia e capacidade diferentes das bacias brasileiras. Pesquisa de potencial hídrico da região para produção de energia.
Aspectos históricos, políticos, econômicos e éticos relacionados, podem ser mencionados na medida em que as informações e debates vão evoluindo, desta forma o aluno se apropria dos conhecimentos científicos de modo a compreender a sociedade em que vive do ponto de vista da formação de um cidadão capaz de tomar decisões e participar ativamente da sociedade relacionando eixos que conectam o sistema em que vivemos
Este tema vem sendo trabalhado desde as séries iniciais, pois é um problema que traz muito impacto a humanidade.  Por mais estranho que possa parecer, o consumo da carne é o problema número 1 do planeta, o crescimento exacerbado da agropecuária, afeta consideravelmente, e as consequências no meio ambiente são evidentes, inclusive o fornecimento e qualidade da água.
Em 7 anos dobrou a produção mundial de carne em 250 milhões de toneladas anuais, exigindo assim mais ocupação de área e mais água. A pecuária é o principal responsável pelo desmatamento da caatinga, serrado e mata atlântica. Há quem diga que teremos mais animais que humanos daqui alguns anos, nos dias de hoje na Amazônia tem 35.000.000 de cabeças de gado para 22.000.000 de habitantes, além da ocupação territorial a agropecuária vem lesando os lençóis freáticos e os aquíferos subterrâneos, chegam ao mar 100 milhões de toneladas ao ano de dejetos das criações, carregados de hormônios e medicamentos, causando disseminação descontrolada das algas, estas que tem grandes efeitos na biodiversidade.
As disciplinas de física, química e biologia corroboram entre si para explicação desta escassez inserida neste enfoque, no mundo 10.000 pessoas morrem por doenças vinculadas pela água, segundo a UNESCO produzir 1 quilo de carne de boi precisa de 15.000 litros de água enquanto 1 quilo de cereal precisa de 1.300 litros de água.
O desmatamento e as queimada na Amazônia causada em função do avanço agropecuário é responsável a emissão 200 milhões de toneladas anuais dióxido de carbono, isso significa que o Brasil é responsável por 2/3 desta emissão de gazes que intensificam o efeito estufa, com metano, aerossóis e CO2. No processo de digestão, o boi em seus arrotos e flatulências, gera metano, este permanece menos tempo na atmosfera, em contra partida, é muito mais nocivo, vinte vezes mais nocivo que dióxido de carbono.
Este assunto favorece a junção das disciplinas em questão, e também demais áreas do conhecimento, a favor de conscientizar e reeducar alunos de todas as classes sociais que frequentam a nossa escola, colaborando pelo desenvolvimento do ser integral e social, provocando dialogo e discussão a favor do conhecimento e surgimento de novas ideias para amenizar este triste episódio da existência.
Segundo a LDB nº 9394 / 96, a organização do currículo pretende a integração e articulação dos conhecimentos num processo permanente de interdisciplinaridade e contextualização. A interdisciplinaridade é a ligação entre o entendimento das disciplinas nas suas mais variadas áreas e é importante, pois, aborda as mesmas temáticas e conteúdos com metodologias, vivências e experiências diferenciadas. “A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados.” BRASIL (1999, p. 89). A interdisciplinaridade não tem o objetivo de eliminar as disciplinas, mas de ligá-las e para isso foi escolhido em nossa turma, tratar da temática “A crise no fornecimento de água e energia”, no que convém à Língua Espanhola o objetivo é tratar a língua, leitura e interpretação, por isso sugiro a seguinte atividade:
Leitura de dois textos que abordem a mesma temática, extraídos de jornais ou de sites informativos, sugiro o “A crise hídrica é institucional”, afirma palestrante em Dia Mundial da Água (publicado no site http://www.segs.com.br/) e Crisis hídrica empeora en el sudeste de Brasil sin soluciones a corto plazo (disponível em http://www.latercera.com/).
Após a leitura dos dois textos os alunos deverão debater analisando a maneira como esse assunto é tratado fora e dentro do Brasil, que implicações isso sugere (des/favorecimento político, não querer alarmar a população, conscientizar a população, etc.), como o aluno interpreta a crise hídrica, de quem é a culpa, existe um culpado,etc. Após esse debate os alunos deverão elaborar em língua espanhola sugestões para o racionamento de água e qual o benefício dessas sugestões.
REFERENCIA:
• BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa II – caderno lll- Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica–Curitiba:UFPR/Setor de Educação, 2014.
• LINHARES, Sergio. GEWANDSZNAJDER, Fernando – Biologia Hoje. 2ª ed.- São Paulo: Editora Ática, 2013.
(FONTE:http://ambientes.ambientesbrasII.com.br/agua/impactossobreasaguas/aorigem dapoluicaohidrica.html
MACHADO, Paulo Afonso Leme, Direito Ambiental Brasileiro, 18ª. Edição, 2005.
MAURO, Guimarães, A formação de Educadores Ambientais, Editora Papirus, 2004.
MENEZES, Luiz Carlos C. Considerações sobre saneamento básico, saúde pública e qualidade de vida. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v.23, n.1, p.55-61, jan/mar. 1984.