Grupo de estudo do Colégio João Paulo II
Integrantes:: Arnaldo de Brito, Iolanda Champoski, Ana Cristina Scorupa Teixeira, Marcia Paulli, Marcia Novacki, Claudilene Zirondi, Eliane Bento, Sonia Silva,Theodoro Gutemberg, Evania Aguerra Golmini da Silva, Cirlene da Luz Ribeiro, Nelson
- Atualmente , espera-se que as ciências da natureza façam com que os alunos observem , pesquisem em diversas fontes, questionem e registrem suas experiências para melhor aprender.
- Na grande maioria das vezes , os professores são questionados por seus alunos quanto a finalidade de se aprender tais assuntos. Mesmo eles tendo curiosidade em saber a origem das coisas e as causas dos fenômenos da natureza e, principalmente em explorar aquilo que lhes parece diferente, intrigante. A disciplina de Ciências, quando eficientemente trabalhada na escola, ajuda os jovens a encontrar respostas para muitas questões e faz com que eles estejam em permanente exercício de raciocínio, despertando assim, um real interesse e aprofundamento nos estudos.
- Quando devidamente trabalhados , os conteúdos de Ciências dão oportunidade aos alunos de entender o mundo e interpretar as ações e os fenômenos que observam e vivenciam no seu cotidiano.
- Aparentemente a percepção sobre a importância da área de Ciências na escola e na formação dos alunos é relativamente recente pois, ela demorou para ser incorporada ao currículo. Na teoria que reinou do século 19 à década de 1950, coberta de ideias positivistas, acreditava-se que essa área do conhecimento era sempre neutra em suas descobertas e que os saberes delas decorrentes seriam verdades únicas e definitivas, sem possibilidades de questionamentos e interferências.
- Acreditava-se que os fenômenos naturais poderiam ser compreendidos com base apenas na observação e no raciocínio, bastando para isso que os estudantes fossem levados a conhecer todo o conteúdo científico produzido até então e a memorizar conceitos. Apenas transmissão de conhecimentos.
- Portanto, se faz necessário que a maneira de ensinar a disciplina também sofra transformações. Para tanto, paradigmas deverão ser quebrados.
- Não há dúvidas de que um ensino buscando a prática interdisciplinar forme alunos com
- uma visão global de mundo, capazes de questionar , participar, contextualizar e ,
- se possível, globalizar, reunindo os conhecimentos adquiridos e até mesmo utilizando-os para um bem comum.
- Percebemos atualmente que os docentes de Ensino Fundamental e Médio muitas vezes encontram dificuldades no tocante ao desenvolvimento de projetos de caráter interdisciplinar pelo simples fato de terem sido formados dentro de uma visão positivista e fragmentada do conhecimento . Ou seja, o professor não consegue pensar e desenvolver atividades interdisciplinares.
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- Sem falar ainda nas enormes dificuldades estruturais encontradas nas escolas públicas. Não há dúvidas de que a falta de recursos compromete seriamente um ensino de qualidade. Pois , de nada adianta os profissionais da educação se esforçarem para preparar uma boa aula quando se deparam com a falta de espaço físico adequado, materiais de experimentação insuficientes e precários e . por conta do curriculum , a diminuição da carga horária de tais disciplinas.
- Enquanto não houver uma política educacional que realmente priorize a educação de qualidade , respeitando os professores, investindo recursos , não há muito que se possa fazer. Por mais que os docentes se esforcem por ministrar uma boa aula , mesmo sem materiais adequados , salas superlotadas e , tantos outros problemas exaustivamente citados quase que diariamente, pouco se há para fazer além do que já é feito. De que adianta montar um projeto majestoso de ciências, envolvendo várias disciplinas, movimentando alunos e comunidade quando muitas escolas não têm nem mesmo papel higiênico ? Na teoria essas novas diretrizes de ensino até podem funcionar , mas na prática não .
- O país investiu na ampliação do acesso à escola nos últimos 20 anos, mas a qualidade da rede pública de ensino não acompanhou o consequente aumento da demanda, tornando as escolas em simples depósitos de alunos.