REFLEXÃO E AÇÃO caderno V - GESTÃO DEMOCRÁTICA:

Colégio Estadual Conselheiro Zacarias – EFM e EJA
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Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – 2014

Professores participantes:
Célia Oliveira Quadros
Daniele Moraes Janhaki
Edson José Veiga da Silva
Graciele Dellalibera de Mello
Izabel Cristina Calzado Trindade
Hamilton Cesar do Nascimento
Paulo Soares de Souza
Raquel Angela Arpini
Renato Marin
Tania Maria dos Santos

REFLEXÃO E AÇÃO caderno V

1 - GESTÃO DEMOCRÁTICA:
Entendemos que a gestão democrática  é um processo de construção social, que deve ter a participação de diretores, professores, pais , alunos funcionários e da comunidade local, que não existe  uma democracia pronta, acabada, mas que a mesma acontece num processo de aprendizado coletivo, do próprio exercício  de respeito ao diferente, buscando articular essas diferenças no contexto dessa contradição e assim, exercitar  o diálogo, o respeito, a liberdade de expressão, necessários para construir a gestão democrática. Porém, percebemos que, Historicamente, as decisões no campo escolar, sempre foram tomadas por um grupo muito pequeno e que às vezes não conhece a realidade da escola. Também existe uma cultura do não envolvimento e participação de todos os interessados nessa esfera educacional.

2. Faça um levantamento das situações em que vocês se sentiram excluídos(as) de decisões que afetam a vida da escola e o seu trabalho.
Qual a origem dessa exclusão (de quem ou de onde partiu)? Quais os possíveis motivos para tal exclusão. Qual é a origem e possíveis motivos?

Excluído:
Podemos elencar algumas que em muitas vezes nos chegam como uma resolução ou orientação do sistema educacional o qual estamos inseridos, como: Decisões de Eventos, tais como Semana Cultural; Semana da Consciência Negra e Saída Extra Classe.
Falta de decisão e comunicação entre a Direção Geral, junto a Equipe Pedagógica e Corpo Docente.
Cada Turno tem seu próprio direcionamento, uma vez que fica a cargo da Equipe pedagógica, referida tomada de decisões.
Incluído:
Decisões referentes ao Calendário Escolar do ano seguinte são discutidas coletivamente entre Direção Geral, Equipe Pedagógica e Corpo Docente.
Sugestões do Corpo Docente referente à montagem e funcionamento de Salas Ambiente, foram acatadas e viabilizadas pela Direção Geral.
a.) Que posturas vocês estariam dispostos a assumir frente ao que concluíram?
Envolvimento em sugestões e cobrança junto a Direção para tornar realidade os anseios do Corpo Docente/Comunidade Escolar.
b.) Quais os resultados e quais as reações dos colegas?
Resultados positivos por meio de reflexões importantes, provocando execução de tarefas melhor elaboradas.
Todos os colegas inscritos no Pacto do Ensino Médio atuaram ativamente sendo inclusive incluídos nas discussões colegas que não participam.

3 - A organização e composição do Conselho Escolar em nossa escola, segue as orientações do conselho Estadual de Educação, acompanhado pelas instruções da SEED. Os membros são escolhidos democraticamente entre seus pares. Esse Conselho participa das decisões tomadas na escola juntamente com o coletivo. Nesse ano letivo até o momento não houve convocação extraordinária desse órgão específico.

4 - Porém em nossa escola não tem um Grêmio Estudantil. Atualmente percebemos a dificuldade de se organizar esse órgão representativo na escola. Seguindo as orientações repassadas pelo sistema de ensino, tentamos organizar nossos estudantes, no sentido de participarem efetivamente dentro dessa proposta, porém não temos tido sucesso, encontramos jovens sem interesses, falta de responsabilidade, sem ação diante da função que devem exercer. As atividades propostas na legislação que dá legitimidade ao grêmio escolar, aponta várias ações a serem praticadas no interior da escola que podem possibilitar a esses jovens, se realmente se envolverem, a protagonizar ações fora da escola, na sua comunidade, que leve a busca do bem comum.

5 - As ações patrimonialistas podem ser claramente percebidas no interior das unidades escolares no que diz respeito à própria organização do sistema educacional. As escolas devem seguir legislação e orientações tanto da esfera federal quanto estadual que servem para dar um caráter uniforme ao ensino (necessário), porém, muitas vezes impedem que a escola tome decisões cabíveis a cada ocasião. Exemplos concretos de autonomia concebida são evidenciados primeiramente na construção coletiva do seu projeto político pedagógico onde, as características da comunidade escolar onde esta unidade de ensino está inserida aparecem, e a partir desse elemento, são traçadas ações administrativas e pedagógicas cabíveis a essa comunidade. Segundo Paro, os três aspectos que condicionam a participação dos pais na escola são: condicionante econômicos sociais (tempo, condições materiais, disposição). Condicionantes culturais (não tem interesse pela educação dos filhos). Condicionantes institucionais (mecanismos coletivos – descrença no poder público). Na nossa realidade atualmente, podemos apontar todos esses fatores presentes quando se trata da presença dos pais na escola e também na vida escolar de nossos estudantes. Podemos ainda elencar junto a essas condicionantes, desestruturação familiar, pais que empurram de um para o outro, responsabilidades sobre os filhos, estudantes sob responsabilidade de avós já idosos ou até mesmo de outras pessoas. (pais ausentes da vida dos filhos). No entanto, não devemos confundir gestão democrática e autonomia, como participação da comunidade para resolver problemas da escola através do trabalho voluntário, Lück defende a gestão democrática através da participação dos pais na escola, para que esta se integre a comunidade, no entanto a autora afirma também que a comunidade deva “colaborar com ações de parcerias e trabalho voluntário na escola” Heloísa Lück (2010, p.67). Quando se aceita este trabalho voluntário, aceita-se também o “Estado Mínimo”, que tem como pressuposto melhorar a qualidade da educação através da desoneração do Estado, jogando as responsabilidades para a escola e comunidade escolar.

6 – Proposta Política Pedagógica:

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Conselheiro Zacarias é fruto do trabalho coletivo de professores, especialistas, técnicos, comunidade escolar que se tornaram presentes ao longo dos anos de sua existência e cujo texto final teve sua elaboração no ano de 2012. O texto é uma proposta, resultante de reflexões e estudos da comunidade escolar, que busca traduzir suas expectativas nas ações que o Colégio pretendem realizar. Esse projeto é um documento que configura a identidade da escola, onde se buscou Através de um diagnóstico da realidade escolar, desenhar metas, identificando-se obstáculos, recursos disponíveis e não disponíveis para superá-los. É necessário porém que o texto seja constantemente revisto para que possamos melhorar também a escola que queremos construir .
Enquanto professores, participamos da construção e adequação, em vários momentos, da Proposta Política Pedagógica dessa instituição de ensino, portanto, podemos afirmar que ele foi construído coletivamente, representa as características da realidade específica da sociedade em que se encontra inserida. Sempre que necessário são feitos ajustes a esse documento que contém as propostas pedagógicas e administrativas dessa unidade de ensino sempre pautadas nas normatizações do sistema educacional de ensino.
No ambiente sala de aula, na atualidade afirmamos que é o local mais desafiador para o professor, pois, ele organiza seu Plano de Trabalho Docente pensando numa formação integral de seu aluno, cria estratégias a fim de conduzi-lo de forma a cativá-lo na busca do conhecimento, propõe ações que possam possibilitar a construção individual e coletiva do saber, porém esbarra em dificuldades seriíssimas como a indisciplina, a falta de interesse tanto de alunos quanto dos pais, a violência entre colegas, e até mesmo contra professor, salas superlotadas, alunos com dificuldades sérias de aprendizagem e outras deficiências, problemas estruturais das escolas, falta de material e equipamentos. Nesse contexto, percebe-se o esgotamento físico e mental do professor, o desânimo frente essas dificuldades, refletindo de forma negativa nos resultados esperados que se objetivou ser para o grupo como um todo e não parte desse.