Reflexão e Ação - caderno V
Gestão Escolar
A gestão no estabelecimento de ensino do qual fazemos parte é participativo, o grupo consultado não se sente excluido, todas as decisões são tomadas a partir de reuniões e consultas prévias , junto a comunidade escolar, seja, estas decisões pedagógicas ou financeiras.
Os membros participantes do grupo de debate, sentem-se incluidos em todas discussões , decisões e ações que envolvem a comunidade. O que nos leva a constatar que essa participação coletiva em nossa escola, acontece devido a gestão democrática e compartilhada que tem cumprido seu papel de forma satisfatória incluindo a todos.
Como ocorre o processo de discussão e
decisão em nosso Colégio
Ocorre de forma parcial sem a participação de toda a comunidade escolar.
Razões pelas quais não acontecem discussões coletiva:
- Muita rotatividade de profissionais;
- Formação na escola engessada;
- Falta de tempo/espaço para discussões;
- Repasse de informações entre os períodos de forma fragmentada;
- Falta de clareza e objetividade nas propostas apresentadas pela Secretária.
Propostas para mudanças:
- Busca de alternativas de comunicação: via e-mail, por exemplo;
- Flexibilização da hora-atividade;
- Um cronograma de datas e informações para serem discutidas e que se respeitem por parte de NRE e Secretaria o diálogo realizado na escola;
- Respeito ao horário de intervalos;
- Fortalecimento das instâncias colegiadas na escola;
- Cumprimento efetivo do Regimento Escolar no que diz respeito ao uso de uniformes, atrasos e celulares em sala de aula;
- Maior comprometimento de todos os componentes da comunidade escolar nas ações da escola.
Como funciona o Grêmio Estudantil em nosso Colégio
Integrantes:
Presidente: Thiago Augusto da Silva Alves – 20 NB1
Vice-Presidente : Davi de Souza Flávio – 30 NB2
Secretário Geral – Yuri Giovani Lima – 30 NB1
10 Secretário – Jonas Wallace D´Ávila – 10 MB1
Tesoureiro Geral – Venícius Galvagni – 30 NB2
10 Tesoureiro – João Gabriel Dala – 10 MB2
Diretor Social – Isabella Maria Betoni – 20 MB2
Diretor de Esportes – Alana Rodrigues – 70 TA
Diretor de Cultura – Alan Felipe Dias – 20 MB2
Como é a participação nos processos de discussão acerca da vida da escola ?
O Grêmio é fundamental para a ideia de “quem faz a escola é o aluno” se torne real. O Grêmio então é o mediador entre o corpo docente e discente.
A participação nesses processos ocorre durante a reunião com os demais integrantes do Conselho Escolar, com direito igual de voz e voto de acordo com o artigo 37 do capítulo II do Estatuto do Conselho Escolar do Governo do Paraná.
Como são tomadas as decisões internamente ?
Todos têm direitos iguais de voz e voto. Desse modo a equipe procura colocar em prática novos projetos que são enviados pelo corpo discente. Além disso, todos os projetos que nascem dentro da própria equipe também são estudados. Depois de finalizado o plano anual, todas as discussões sobre de que forma colocar os projetos em prática e que caminho seguir são tomadas por meio de reunião com pelo menos 60% da diretoria. Após isso, passamos as propostas para a equipe pedagógica e conselho escolar para que os mesmos aprovem ou desaprovem os projetos.
Como é o reconhecimento que tem pela direção?
Do mesmo modo que o Grêmio serve como apoio para o Colégio, a Direção é um apoio para o Grêmio. Nesta relação quem toma as decisões finais é a direção do Colégio. O Grêmio e a Direção são duas partes que compõem juntamente com outras o Conselho Escolar, o qual é fundamental nos processos de discussão e decisão acerca do futuro do Colégio.
Como funciona o Conselho Escolar em nosso Colégio
Nossa escola tem um Conselho Escolar instituído e atuante, sendo que este grupo de estudos contém 4 dos 20 integrantes deste conselho. Ele delibera sobre todos os temas os quais são de sua responsabilidade, o que inclui decisões que dizem respeito tanto à parte pedagógica quanto à parte financeira/ administrativa da escola, sempre de forma aberta, clara e democrática. As reuniões são ordinárias (mensais) e quando necessário são convocadas reuniões extraordinárias afim de solucionar os possíveis problemas existentes. Estas decisões são sempre cumpridas “à risca” pela escola, pois os integrantes do conselho escolar se encarregam de verificar o cumprimento das mesmas.
Recentemente foram levadas à pauta decisões relativas ao calendário escolar 2015, reposição de aulas referentes ao período de greve, problemas disciplinares com alunos, instalação e manutenção de câmeras nas salas de aula e em todo o pátio da escola, aplicação de verbas estaduais e federais entre outras.
Em alguns casos, como foi a decisão de instalar câmeras de segurança na escola, o conselho escolar determinou que fossem feitas consultas aos pais e alunos antes de darem o seu parecer. Com unanimidade da comunidade, aceitou-se a instalação, acreditando se tratar de um importante mecanismo para segurança de alunos e educadores, além de ser um grande aliado no combate à depredação do patrimônio público. A partir daí o Conselho determinou a destinação da verba federal para este fim.
É importante ressaltar que se trata de uma gestão realmente democrática, por conter representantes de docentes, pedagogos, alunos, pais e da comunidade. As pautas sempre passam por amplos debates, já que cada um dos representantes vê a situação de forma singular, e as decisões sempre visam a melhor solução para todos.
A comunicação entre os representantes e representados se dá de diversas formas; Desde editais afixados nos murais da escola até a conversa da direção/ professores/ pedagogos diretamente com as turmas nas salas de aula, mas procura-se sempre estabelecer processos transparentes e democráticos de gestão.
Os desafios da prática: a gestão democrática
da escola pública entre o proposto e o realizado
Existem discursos e leis que recomendam e amparam a gestão democrática da escola,na prática do dia a dia observa-se uma maior ou menor distância entre o que se propõe e o que de fato ocorre nas escolas. A gestão democrática somente se torna possível se a escola dispuser de autonomia para praticá-la.
A autonomia é entendida como a capacidade de alguém ou de uma instituição de tomar suas próprias decisões de qual rumo seguir. Em se tratando de educação, ter autonomia de como se pretende educar seus alunos ou até mesmo situações de âmbitos financeiros, como compra e utilizações de materiais de limpeza.
Infelizmente no Brasil, essa autonomia sofre várias restrições. O patrimonialismo entre nós sofreu vários reveses face ao avanço de relações marcadas pela democracia, porém não desapareceu, apenas mudou a forma de como uma lei pode ser interpretada ou a qual instituição é aplicada.
Em se tratando do campo educacional da qual faz parte as normas referentes à gestão da escola, cabe ao Estado a responsabilidade de definir políticas educacionais, leis que instituem o ensino, como LDB e DCNs visando sua implementação.
Todavia, é necessária, e tem sido continuamente reivindicada pelos educadores a participação efetiva em tais decisões, como ocorreu com a CONAE em 2010, tendo em vista um Plano Nacional de Educação de 2011 – 2020. Porém esse exemplo mostra como o patrimonialismo continua marcando as decisões na área, haja vista a demora em legalizar tal plano.
Segundo Paro, a autonomia escolar é mediada por disposições gerais mínimas da sociedade, que sobrepõem os interesses paroquiais locais, corporativos ou individuais, essa mesma autonomia deve incluir a participação de todos os envolvidos na escola: professores, gestores, alunos e famílias.
Nesse aspecto, é importante não reduzir o aluno a um mero consumidor ou mero espectador, pois em um processo educativo autêntico, ele não é apenas um objeto, mas um sujeito, razão de ser do processo educativo, logo não apenas está presente, mas também participa das atividades que aí se desenvolvem (Paro, 2002, p. 141).
Autonomia verdadeira não é concedida por alguém ou por uma instituição, no caso, o Estado. Ela é conquista e não um favor.
Para essa autonomia acontecer é necessário que os usuários internos e externos da escola assumam responsavelmente suas decisões. Que tenham tempo para conhecer os temas e se disponham a participar das reuniões.
Com relação à nossa escola, observamos que tanto pais, como funcionários, alunos e professores estão sempre à disposição e participando assiduamente nas questões que envolvem o bom desempenho e melhora do ensino. Embora não aconteça uma participação total da comunidade, temos observado que uma grande maioria tem acompanhado e participando ativamente das mudanças ocorridas na escola, que por sua vez está sempre em consonância com tudo que acontece dentro e fora dela, para que ocorra de fato um trabalho pedagógico eficiente objetivando uma educação de qualidade que tanto almejamos.
Projeto Político Pedagógico do nosso Colégio
Conhecemos o PPP, ele foi construído pela comunidade escolar. Há discussão de pontos críticos e o PPP é realimentado anualmente.
Em salas de aula prevalece o diálogo, oportunizando assim, aos educandos, participação na tomada de decisões.
A estratégia de ensino favorece ao desenvolvimento reflexivo, embora não alcance a todos.
O colégio tem como filosofia realizar um trabalho respeitando as diferenças individuais, proporcionando o desenvolvimento físico, moral e intelectual de seus educandos, valorizando a consciência crítica para que seus alunos exerçam a cidadania consciente, proporcionando a toda comunidade escolar a interação e a participação democrática.
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