Reflexão e Ação - Caderno II do Pacto

COLÉGIO ESTADUAL CARLOS ZEWE COIMBRA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

Resultado das discussões relativas ao Caderno II do Pacto.

Participantes:
Angela Maria Both Eyng – professora orientadora
Ademir Geremia
Alexandre Alievi Moreira
Anderson Ledesma de Jesus
Angela Cristina de Lima
Carine Goerck Wlodkowski
Cleide Viviane Schons Villa
Cleverson Roberto Venson
Fabiane Sanguine
Karolina Rosa Busnello
Lucia Castione

 

Através do estudo e análise do Caderno II do Pacto, elaboramos algumas questões que foram distribuídas para todos os alunos do Ensino Médio responderem, após prévio trabalho dos seus professores cursantes do pacto, sem procurar interferir no posicionamento dos alunos. Os resultados abaixo serão um compilado das respostas obtidas através da análise feita no grande grupo.

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1- Como construir nossos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes?
R: Os alunos relatam que deveria haver mais aulas dinâmicas, mais animadas, que o aluno deveria respeitar a figura do professor que está na frente ministrando as aulas.
Outro aluno relatou que alguns professores misturam problemas pessoais com o trabalho, interferindo nas aulas.
Alguns professores são ignorantes, não tem paciência para explicar, são impacientes (por conta da conversa dos alunos, reagem assim).

Relataram ainda que os professores são autoritários, a relação é conflituosa, falta estímulo à aprendizagem, novas fórmulas de ensino, forma de trabalho dos professores é ainda muito tradicional, aulas fogem do interesse dos alunos.
A escola serve para adquirir conhecimentos, estreitar relacionamentos e, segundo o relato de alguns alunos, a escola tem se tornado um ponto de encontro de amigos e o estudar tem vindo em último caso.
Em nossa comunidade não há percepção de grandes grupos de identidades culturais diferentes. Se reúnem em pequenos grupos para fumar narguilé.
Segundo o relato dos alunos, os estudantes que vivem e estudam a escola são aqueles que não perceberam a importância do estudo e não apenas da escola. Muitos relataram que veem à escola apenas como um ponto de encontro “para comer o lanche, praticar a Educação Física”. O aluno iniciante do E.M não tem a percepção que a escola pode prepará-lo para a vida.

2- Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje?
R: Acreditam que a escola é o local onde podem adquirir o conhecimento para o futuro, também pensam que é através da escola que podem alcançar o sucesso, exemplo: bens materiais.
Outra aluna colocou, que é preciso perceber como os professores são, seu exemplo de vida. Muitos professores passam exemplo de vida para os alunos.
Outros colocaram que alguns alunos vêm para a escola apenas para “matar tempo”, porque são obrigados pelos pais, etc.

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1- Será que o que se conversa pela internet tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente”?
R: Alguns valorizam a conversa presencial, acreditam que o olho no olho é fundamental para manter uma boa amizade.
Outros alunos acreditam que não é questão de importância, mas sim de facilidade e necessidade.
Os alunos relataram que gastam tempo demais em futilidades, fofocas, conversas desnecessárias, o que conversam pela internet geralmente não conversariam pessoalmente.
O contato e o diálogo com culturas juvenis fora da escola é inexistente.

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Os estudantes responderam que seus projetos de vida futura é cursar uma faculdade, ser bem sucedido, ser feliz.
A grande maioria tem perspectiva de cursar faculdade, pois veem a faculdade como forma de ascensão social e aquisição de um bom emprego.
As atrações mundanas são muitas, e isso faz com que eles não dediquem tempo para os estudos.
Os trabalhos realizados pelos alunos são: babá, empacotador de supermercados, garçom, atendente de lanchonete, repositor de supermercados.
A grande maioria dos alunos do diurno não trabalham, já os alunos do noturno, realizam trabalhos informais.
Os que trabalham tem conhecimento superficial das leis trabalhistas e exercem suas funções em segurança.
Os que não estão trabalhando relataram que gostariam de estar trabalhando no contraturno.

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Os alunos relataram que a escola durante o E.M é essencial para a entrada na faculdade.
Os alunos afirmam que gostariam que as aulas fossem mais dinâmicas, com visitas técnico-pedagógico à museus, e outros locais de incentivo.
Também reclamam que os laboratórios são precários, defasados, não oferecem estrutura adequadas para as aulas. Dizem que o sistema é desatualizado, antigo, ultrapassado.
Acreditam que a escola deveria se utilizar de mais tecnologia.
Também reclamam que os professores estão desmotivados e não explicam como deveriam.
Também reclamam que a equipe pedagógica é muito truculenta e autoritária.
A estrutura física da escola é precária, bem como a ergonomia da mobília é inadequada.
Um número considerável de alunos acredita que o Ensino Médio integral deveria ser implantado.