Reflexão e ação - Caderno II
Grupo de Estudos Colégio Estadual “José Bonifácio” Paranaguá – PR
Professores: Anderson Martins Oliveira, André Domingos C. Carvalho, Claudia Regina R. A. de Souza, Dinair E. Alves, Eduardo F. Nascimento, Elenice Lenartoviscz, Maria Helena Silva, Maria do Rocio Correa, Josiane de F. F. Pereira e Yuri M. Mongelos.
Orientadora: Antonia Eudinéia B. Melo.
Promover o relacionamento e a interatividade entre os alunos e professores em redes sociais e etc... parece algo tão distante, pois são classes sociais tão diferentes um professor e um aluno não acham?
Uma pena seria se todos pensassem desta maneira, pois nessa via educacional enquanto professores, nossos melhores amigos e conselheiros deveriam ser nossos próprios educandos!
Ambos estão frente a um grande desafio. Qual o verdadeiro papel do âmbito escolar?
Hoje não está tão claro para os alunos qual o verdadeiro sentido do estudo, e para nós professores a dificuldade seria como fazer com que desperte o interesse dos alunos em aprender o conteúdo.
Nossos jovens hoje vivem conectados e antenados aos diversos e diferentes meios de informações. E para tornar a aula ainda mais atrativa se faz necessário que o professor se atualize. Por tanto precisamos promover uma pesquisa pedagógica e social sobre nossos educandos, e com o tempo (bem próximo) ir demonstrando para os alunos o trabalho verdadeiro como principio educativo.
O jovens não necessitam apenas de textos, macetes, ou fórmulas, nem mesmo de informações pois isso eles têm de sobra, querem e necessitam apenas de um impulso para um estudo coletivo, produtivo, eficaz e significativo por parte de nós profissionais da educação.
Porém para que haja um ensino eficaz e significativo, é preciso que se faça uma reforma no Currículo Educacional Brasileiro, mas uma reforma justa e concreta que priorize os verdadeiros atores da educação “professores e alunos”.
Por esse motivo é necessário capacitar os profissionais da educação para a tal “Educação do Futuro” (o que eu de modo particular acredito que seja a educação de hoje só que sem os recursos). Como podemos falar em educação do futuro se os professores infelizmente ainda não são valorizados?
Por isso sabemos que somos profissionais do “HOJE” e do “FUTURO”. Precisamos e queremos que a educação seja plena, entretanto desde um conteúdo específico e científico, bem como, e não menos importante, valorizar a vida dentro e fora dos muros da escola, reconhecendo o individuo como centro principal de valores e culturas sociais que merecem ser reconhecidos e são totalmente dignos de todo o nosso respeito e admiração.
A proposta das duas reflexões foi realizada em duas etapas, que caracterizam a ação.
Na primeira ocasião foi feita uma discussão aberta com os alunos sobre o que pensam enquanto jovens estudantes, no ensino médio, sobre ser jovem, sua personalidade, além do que esperam da escola. Após a discussão, os alunos escreveram sobre que pensam deles próprios, o que representam para os demais colegas de classe, o que a escola significa e o que esperam dela.
Através dos textos produzidos, pudemos perceber que a maioria dos jovens tem consciência do que os professores querem ensinar, consciência da bagunça, da conversa, da indisciplina que atrapalha o desenvolvimento da aula. Após atitudes como estas surge o desinteresse pela aula - querem aulas mais diversificadas, e não apenas o uso de giz e quadro negro. Os jovens querem um ensino que reflita a sua realidade para que a mesma seja vista nos conteúdos, e desta forma obtenha sentido.
O modelo escolar para o jovem é enfadonho, pois ele não se interessa pelos métodos e histórias do ensino ofertados atualmente - quer que a escola ofereça mais atividades extraclasse: sessão de cinema, bazar beneficente, esportes diversos; um ensino que lhes dê curiosidades para descobrir coisas novas através de aulas práticas.
Para que essas mudanças ocorram os jovens dizem que a escola deve ter melhores estruturas físicas: salas informatizadas, mobiliário melhor, armários para que possam guardar seus materiais, computadores e até rampas e banheiros para acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais.
Segundo eles, sem a melhoria da estrutura física, muitas atividades ficam comprometidas, senão precárias e que muitas jamais serão realizadas, se nada for feito. Alguns comentaram que melhorando a escola descobrem-se talentos, no esporte, nas artes culturais e sociais, na informática e dentre outras. Grande parte desses alunos pensam no futuro e sabem que a escola é um passo importante para que se tenha sucesso na vida.
Numa segunda ocasião, os alunos discutiram sobre como usam a internet em seu dia a dia e como isso transforma as suas relações sociais.
Após a discussão convidamos os educandos a redigir uma redação, escreveram sobre ”se devem conversar na internet, com que frequência, e se é certo o uso de telefones celulares para conversar durante as aulas”.
Esse diálogo aberto aos alunos, surpreendeu a todos que esperavam uma aula 'normal' de nossas disciplinas, e alguns perguntaram que importância essa redação teria para o nosso conhecimento? “Os jovens devem ser ouvidos, lidos. E o que pensam, deve ser pensado pelo Sistema Educacional para que esse diálogo possa ocorrer com frequência, trazendo mudanças que beneficiem a Educação.
Através das redações percebemos que todos tem consciência do impacto da internet no dia a dia. Que usar a rede mundial pode entreter fazendo com que a internet seja um instrumento educacional para todas as disciplinas.
A conversa online é um meio importante de socialização para o jovem. Muitos jovens acham que dominam informática pelo uso de redes sociais e alguns escreveram que sem internet não há forma de fazer pesquisa.
A falta de aulas de informática no Ensino médio produz essas distorções, e grande parte dos alunos escreveram que a informática com internet deveria ser usada em todas as disciplinas para tornar as aulas mais interessantes, mais interativas.
Durante essas atividades houve um questionamento sobre o que eles conversam e por quê? “Conversamos com os amigos; fazemos novas amizades na rede; formamos grupos de discussão procurando estar antenados com o que ocorre no mundo e também pesquisamos sobre os conteúdos programáticos aprendidos nas aulas, na escola”.
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