Reflexão e ação - Caderno 1 - Temática 4 - Outros desafios às Políticas públicas de Ensino Médio

CEEP - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PEDRO BOARETTO NETO

Orientadora: Simone Mirian Rizental

Grupo 4 - Outros desafios às Políticas públicas de Ensino Médio

Integrantes:

  • Mauricio Medeiros
  • Nelson Zornitta
  • Reinaldo Bernardin de Andrade
  • Ronan Pereira Medina
  • Ronye Peterson Cordeiro

Reflexão e ação

Como foi visto, temos um grave desafio a enfrentar em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e 17 anos não frequenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3%) ainda está, como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental. Utilizando dados da PNAD/IBGE, vimos que a taxa líquida de matrícula para essa população passa de 17,3%, em 1991, para 32,7%, em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9% em 2009 (IBGE, 2010). Os indicadores apresentados são muito importantes na medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à educação e da permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o enfrentamento dos problemas. Diante deste quadro, como chegar à universalização do ensino médio?

As estatísticas apresentadas estão expostas de maneira geral em nível de Brasil. Dependendo da região, estes números são bem diferentes. Em 2009, as regiões Norte e Nordeste tinham cerca de 40% de jovens matriculados no Ensino Médio. Se compararmos com as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tem um índice de cerca de 60%.

Um dos fatores que influencia os dados de alunos fora de aula é a renda familiar. Verificamos que quanto maior a renda familiar, maior é a porcentagem que se concentra para permanecer no Ensino Médio.

Diante dos números apresentados regionalizados, a universalização deve primeiramente passar por ações de maneira regionalizada e repensada conforme a necessidade. Em um cenário geral Nacional, vemos que uma das maneiras é investir na qualificação dos profissionais da Educação e principalmente nos professores. Cursos e bolsas de incentivos a esses profissionais são de grande importância. Isso passa por políticas públicas que os governos devem criar e implantar.

Outro quadro que vem sendo implantado e contribuindo para que os alunos permaneçam em sala de aula é o programa “Bolsa Família” onde os filhos precisam frequentar as aulas para que os pais recebam o valor da bolsa.

Outra visão que temos para melhoria dos índices de permanência dos alunos é o investimento na infraestrutura das escolas. O uso de tecnologias nas escolas precisa ser cada vez mais utilizado pelos alunos e professores. A alimentação é um fator que faz os alunos, em sua maioria, ter incentivo de ir para aula e estudar de maneira mais eficiente, já que com fome pouco se produz. Seguindo nessa linha ainda de melhoria nas escolas, estas precisam ter certa autonomia para fazer os pequenos investimentos e reformas não necessitando de esperas burocráticas, fazendo que os alunos muitas vezes percam aulas devido a pequenos problemas estruturais.