Reflexão e ação - caderno 01 p. 26

Na minha ótica, nossa escola, pelo seu tamanho e suas ofertas de ensino, fundamental anos finais, médio, e EJA possui uma diversidade muito grande nas características de nossos alunos. Entretanto, como demonstra o texto analisado, a tendência é o EM regular vir gradativamente perdendo alunos, e o Ensino Médio Integrado (aos cursos técnicos) está tendo um acréscimo de 15% ao ano. O perfil deste aluno é de faixa etária “regular”, o que endento que não é daquele aluno que nunca reprovou ou nunca parou de estudar.
Pelo contrário. Muito semelhante com uma grande parte de nossos alunos no EMregular. Assim considero que seria uma possibilidade muito valiosa termos esta oferta de EMintegrado no período noturno, tendo em vista a ociosidade de espaço e a grande evasão que tanto EM, como EF regular, são registrados. Só para enfatizar com números, o EM noturno, 1Ano, que temos registrado 52 alunos no LRC, estão freqüentando menos de 30, isto antes de terminar o 2BIM. É praticamente uma evasão de 50%.
Percebo claramente que nossa escola reconhece a diversidade de nosso alunado do EM, pois temos um tratamento diferenciado aos alunos do diurno e do noturno. Muitas das vezes somos orientados a pegar um pouco mais leve nas avaliações ou possibilitar diferentes formas de recuperar a nota não alcançada durante o bimestre. Não que isto não ocorra no diurno, mas no noturno isso já é rotina. Me parece que esta ação é uma forma de participação dos próprios alunos ao seu processo de formação que visa apenas a certificação do ensino médio regular.
Vejo ainda que a escola se organiza desta forma para assegurar um número mínimo de alunos concluintes do ensino regular, mas sinceramente não vejo isso como uma forma de promover o respeito, nem como o docente, muito menos com o discente, e a alteridade, que entendo ser uma relação de interação e dependência com o outro, ou seja aluno e professor, ou visse versa, só se desenvolve desta forma porque tanto professores e alunos sustentam esta situação como está. Por esse motivo, o "eu" na sua forma individual só pode existir através de um contato com o "outro".