Reflexão e Ação Caderno 01

Colégio Estadual Jardim Europa

Toledo - Pr

 

 

 

Reflexão em Ação 01
Desafios que permanecem no ensino médio na realidade brasileira e levantamento das explicações para eles.
• falta de políticas públicas contínuas para este nível de ensino;
• descontinuidade de um projeto educativo para este nível;
• estratificação social;
• falta de formação para docentes; 
• supervalorização de colégio D. Pedro II
• constantes reformas e mudanças neste nível  de ensino
Explicações-  a organização da sociedade brasileira   que super valoriza o ensino superior, vendo-o como conquista social, status, valor diferenciado de certas profissões em relação a outras do mesmo nível( ex; medicina e magistério).
Falta de continuidade de uma política educacional para este nível de ensino, muda governo, mudam prioridades o fato de ser o divisor entre o educação para todos e a educação para alguns......e de não ser universal e obrigatório.....só nas últimas décadas que o é.
Ensino profissionalizante desvalorizado até hoje....para as classes inferiores....cultura escravocrata.....pensar é nobre ; fazer é inferior.
Desinteresse dos governantes  em investir , neste nível, em termos financeiros , técnicos, e de formação docente, falta de equipamentos, materiais..........
Supervalorização dos colégios privados e militares em relação aos públicos. e o sistema de cotas nas universidades públicas....
Falta de consciência do brasileiro......só tem valor social o ensino superior as profissões técnicas não são valorizadas em termos sociais, financeiros e culturais.
Reflexão em Ação 02
              Os jovens de hoje são muito protegidos pelas famílias, leis, não deixam eles se inserirem na sociedade pelos seus sonhos, suas buscas e sua própria independência para dar prova da sua autossuficiência, na escola temos as mesmas proteções, coitado daqui coitado dali, e assim não ajudamos a criar jovens dinâmicos com culturas sociais para mutação desta realidade.
            Percebi que nossos alunos não são diferentes dos demais quanto ao uso da Internet, celulares e outros meios, mas usam muito para passa tempo sem aproveitamento nem um. Nossos jovens são muito rápidos nas tecnologias e não se dão conta dos vícios que adquiriram. Muitos deixaram de lado os valores culturais e morais que as famílias cultivavam.
          Eu como professora precisa em primeiro lugar me equipar de instrumentos que me ajudam a oferecer horizontes para uma nova caminhada nesta formação profissional. Precisamos com determinação mudar essa realidade, mostrando ao aluno o que podemos fazer e transformar, projetos reais entre escola e família suas trajetórias de escolarização e trabalho. A escola e família devem refletir o papel do jovem diante do mundo que vive. A escola deve analisar o território em que está inserida e discutir com o grupo de professores e alunos que projetos e conteúdos podem ser desenvolvidos com estes jovens.
    Trazendo essa questão para o ensino Médio, indicamos que um dos caminhos possíveis para pensarmos na formação democrática para a vida pública e o exercício da cidadania passa pela dimensão da participação. A formação para a cidadania exige que tratemos da temática juventude e participação junto a sua relação com a escola.  Acredito que o maior desafio apontado hoje nas escolas com o ensino Médio é o desinteresse dos alunos pela falta de tecnologias competentes nas escolas para conferencias, pesquisas, fóruns etc. O aluno de hoje espera uma formação que acompanha essa corrida desenfreada de informações, sem se preocupar realmente com o aprender de verdade. Levamos este assunto para a sala de aula e ouvimos dos alunos do Ensino Médio as seguintes respostas:
Aluno 1 – A maioria dos alunos diz que seria melhor a aulas com o uso da Internet, porque hoje em dia a maioria das pessoas tem acesso as tecnologias e ficam conectadas na parte do tempo. Isso é bom, pois ajuda muito aos alunos e professores, mas precisa saber usa-la.
No entanto, a nossa escola ainda deixa muito a desejar quando falamos de tecnologias, principalmente quanto à internet, pois os laboratórios deixam muito a desejar, quanto ao funcionamento das máquinas (computadores). Depois dessa leitura e discussão colocamos as seguintes perguntas para os alunos:
1) Vamos dialogar com vocês na escola sobre a Internet e conversar sobre os efeitos dela. Será que o que se conversa pela Internet tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente”? Dê sua opinião?
2) O que os jovens de sua escola diriam?
3) Nossa escola está aberta para o diálogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora e dentro da escola?

 

Reflexão em Ação 03
Hoje o ensino médio no Brasil apresenta-se da seguinte forma:
1° Grupo: Os alunos que estão melhor posicionados na hierarquia socioeconômica estão matriculados na escola privada, cujo o objetivo é a aprovação nas universidades públicas, o qual prioriza a continuidade de estudos (Reduzindo a formação Humana) E priorizando os conteúdos.
2° Grupo: representam os alunos matriculados no Ensino Médio Profissionalizante, este grupo representa um grupo muito pequeno que está na rede Educação Profissional e tecnológico.
3° Grupo: Ensino médio integrado (EMI), pode ser dividido em dois pequeno grupos uns que estão na rede federal de educação profissional e tecnológica voltada ao seguimento a estudos e atuação em atividades complexas de nível médio e outro grupo que estão no ensino médio integral estadual em condições de funcionamento diferenciadas
4°O quarto grupo: EM e EJA juntos  representam a  grande maioria de jovens e de adultos pobres que  está matriculado nas redes estaduais no EM, que nem reproduz o academicismo da escola privada nem proporciona profissionalização.
5° grupo representa os jovem e adultos pobre  não matriculados: É este grupo que concentra a maior preocupação na atualidade pois se “o Ensino Médio é um direito social de cada pessoa, e dever do Estado na sua oferta pública e gratuita a todos” (Art. 3º)
“[...] em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se [...] (Art. 5º)” na “Formação integral do estudante” (Art. 5º, Inciso I). O grande desafio então é avançar na direção de garanti-lo como direito igualitário de todos de forma pública, gratuita”
O ensino médio no Brasil apresenta-se como sendo um dos seguimentos da educação brasileira que possui os maiores índices de evasão, e reprovações, fazendo com que seja rediscutido o projeto atual.Nessa perspectiva,  o Sistema Nacional de Educação propõe a alteração do ensino médio com base nas “diretrizes curriculares Nacional do ensino Médio DCNEM (resolução CNE/n°2,de 30 de janeiro de 2012).
E objetiva um modelo que vem contemplar a formação humana integral. O ensino integral do ser humano garantiria uma base igualitária para todos. Assim, o EM profissionalizante ou não, destinado a adolescentes, jovens ou adultos, urbano ou rural, diurno ou noturno, indígena, quilombola ou ribeirinho deve ser concebido a partir de uma concepção comum, igualitária, assentada na concepção de formação humana integral. Uma formação em que os aspectos científicos, tecnológicos, humanísticos e culturais estejam incorporados e integrados e voltados para o desenvolvimento humano  como um todo e não voltado para conteúdos que objetiva apenas o acesso a universidades.
Percebe-se que há uma contradição no que é proposto e no que é cobrado pela sociedade e também  pelos os órgãos de pesquisa assim como pelas universidade.

Reflexão em Ação 04

A universalização do Ensino Médio
É inegável que o Brasil conquistou avanços importantes na área educacional nos últimos anos. Alunos evadidos voltaram a frequentar a escola, o acesso ao ensino fundamental é quase universal, mais recursos lhe foram destinados com o advento do Fundef. Foram conquistas inéditas, porém insuficientes, uma vez que não basta frequentar a escola, é preciso alcançar os níveis de escolaridade básica e, obviamente, atingir níveis de aprendizagem adequados aos anos de estudo acumulados pelos jovens brasileiros. É o que garante, no longo prazo, a universalização do ensino médio (Goulart, Sampaio, Nespoli, 2014).
Todos têm o mesmo direito de acesso e permanência ao Ensino Médio, porém falta amparo para permanência. Um dos entraves para a universalização do E M. é a implementação tardia dessa modalidade de ensino quanto etapa integrante da Educação Básica. Nesse período o E M. em muitos casos foi, ora negligenciado, ora foco de formação profissional de mão-de-obra. Conforme as trocas de governo iam ocorrendo as propostas não tinham continuidade.
De acordo com a pesquisa fornecida nos textos de apoio constatou-se que o maior percentual de desistência do Ensino Médio deve-se à dificuldade de conciliar trabalho e estudo, o que deixa claro qual é a escolha dos nossos jovens nesse momento. Observa-se um jovem desmotivado, tendo em vista que a educação não é garantia de sucesso profissional e econômico. È sabido que vivemos em um mundo capitalista onde o ter se tornou mais importante que o ser, isto gera um imediatismo na busca por bens materiais deixando em segundo plano a formação acadêmica. Soma-se a isso um conjunto de fatores como, aulas mal preparadas, formação deficitária de professores, falta de investimento em pesquisa científica.
Neste cenário, observa-se também que enquanto o jovem é obrigado legalmente a frequentar a escola devido a sua idade, ele permanece mesmo desmotivado, porém, apresentando resultados muito aquém do esperado. A partir do momento que este jovem atinge a maioridade (18 anos) o mesmo abandona os estudos, baseado na realidade citada anteriormente.
Proposta de Ação
- Oferecer vagas no Ensino Médio noturno para alunos maiores de 18 anos, garantindo assim aos estudantes menores mais tempo para dedicação aos estudos.
- Exigência de escolaridade mínima para ingresso no mercado de trabalho.
- Na esfera governamental, que se mantenha uma proposta de Ensino Médio garantindo a continuidade dos avanços alcançados, e, também se avalie possíveis melhorias.
- Espelhar-se em exemplos de sistemas educacionais que alcançaram êxito na tarefa de universalizar o acesso e permanência do aluno ao E M.

Referência:
GOULART, L. T.; SAMPAIO, C. E. M.; NESPOLI, V. O desafio de universalização do ensino médio. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br/geral/educacao_foco/universalizacao2.pdf. Acesso: 25 de julho de 2014.