O JOVEM DO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
Adriana A. Biancato , Ana Rita Machado,
Evi Weber, Juliana Góbbi
A escola não está preparada para esta interação virtual, uma vez que não conta com todos os recursos humanos e técnicos para efetivá-la, e quando esta os possui nem sempre conta com o empenho de seus profissionais para promovê-la. Então, não basta apenas a escola possuir os recursos tecnológicos e/ou humanos, se seus profissionais não tem o compromisso com a promoção dessa possibilidade de interação. Nesse aspecto, também vale mencionar que a escola faça essa aproximação se muitas vezes também, os próprios docentes não tem acesso a essa cultura virtual, ou não a dominem. Um exemplo disso é a ineficácia do uso de tabletes em sala de aula pelos professores, uma vez que estes não sempre têm funcionalidade e operacionalidade, ou o acesso a estes é ineficaz, pois nem todos receberam e apesar das diferenças contratuais de trabalho, todos são atuantes em sala de aula e, portanto, deveriam ter o mesmo acesso a estes. Diante dos problemas técnicos, logísticos e humanos, fica clara a fragilidade presente nesse processo. Embora ele exista, ainda não ocorre de forma efetiva. Além disso, a escola também não consegue, de maneira imparcial, ter essa abertura ao diálogo com as culturas juvenis que envolvem seus estudantes fora da escola. Conhecer o sujeito é o primeiro passo para entendê-lo e possibilitar que este entendimento possa efetivamente acontecer. Então, se a comunicação virtual é falha, o que nos preocupa é que muitas vezes a presencial acaba o sendo. Diante da heterogeneidade social e cultural que temos em sala de aula, evidencia-se a grande dificuldade dessa aproximação com o jovem estudante, pois acabamos ficando focados no perfil acadêmico deste e se esquece de que ele é muito além deste perfil, e por isso, precisamos observá-lo em todo o contexto, o que acaba extrapolando nossa percepção e nossos objetivos avaliativos. Não basta apenas reconhecer essa diversidade de sujeitos, mas compreendê-la, respeitá-la e buscar interação com esta, daí ser desafiador garantir a aprendizagem diante dela, pois além do ensino, assumimos outros papeis além da atividade da educação escolar. É papel da escola reconhecer essas diferenças e que na maioria das vezes nós mesmos produzimos e reproduzimos essa desigualdade, por isso a necessidade de se formar jovens que possam questionar essa realidade e buscar mudanças nela a fim de torná-la mais igualitária.