REFLEXÃO DA TEMÁTICA DO CADERNO 6

REFLEXÃO E AÇÃO N 4 – CADERNO N 6   

A avaliação da educação brasileira desenvolvida em larga escala pelo Ministério da Educação nos diversos níveis de ensino, sobretudo no Ensino Fundamental e Médio tem como objetivo oferecer subsídio para o monitoramento das políticas públicas e, consequentemente, reformas na educação. Pode-se afirmar que esta modalidade de avaliação pretende diagnosticar as condições de ensino e aprendizagem, com vistas à definição de ações voltadas para a melhoria da qualidade da educação no País, bem como reduzir as desigualdades existentes. O resultado desta sistemática de avaliação é revestido em recursos financeiros e técnicos direcionados às escolas participantes.

Como define Machado, “a avaliação externa: é todo processo avaliativo de desempenho das escolas desencadeado e operacionalizado por sujeitos alheios ao cotidiano escolar” (MACHADO, 2012, p. 71).

Através dos resultados obtidos nas avaliações externas, pode-se identificar o que foi desenvolvido e o que não foi desenvolvido, mas cabe à avaliação interna ver as origens daquele resultado.

Podemos apontar como um ponto negativo a demora com relação aos resultados das avaliações externas, dificultando a realização das medidas cabíveis para cada situação. Não sendo possível intervenções pedagógicas para esse grupo de alunos avaliados e nem a resolução de problemas a serem superados.

O objetivo pela unificação do ensino não leva em conta as particularidades de cada Estado. A questão de medir o valor da avaliação externa mostra uma classificação momento estanque não levando em conta o processo educacional de uma avaliação contínua e diagnóstica, indo contra o próprio PPP da escola (capacidade de refletir).

Equiparar a pontuação obtida com objetivo de alcançar uma educação de qualidade, já que pontuação é diferente de qualidade. A educação de qualidade relaciona-se, pois, à “capacidade que a instituição escolar tempara facilitar  que as pessoas se transformem em melhores pessoas, que a sociedade se transforme em melhor sociedade. É uma atividade de conhecimento transformador” (CASASSUS, 2009, p. 74).

Para afirmar que essas avaliações não medem o que os alunos sabem nem o que eles sabem fazer, pois para que se possa avaliar o que os alunos sabem ou sabem fazer, faz-se necessário buscar outro tipo de avaliação, como a que leve em consideração o crescimento individual do aluno. De acordo com Robert Glaser, as avaliações externas medem somente a capacidade de recordar procedimentos matemáticos ou de reconhecer um resultado quando existem múltiplas escolhas.

Os sistemas centralizados de medição afastam os sistemas educativos dos objetos para os quais foram elaborados, apresentando um resultado oposto ao esperadopois “diminui a qualidade porque diminui sua abrangência e, como instrumento de gestão, retira aos docentes a sua vontade de melhorar a educação” (CASASSUS, 2009, p. 73).

Portanto a nossa escola busca através da realização de simulados estimular os alunos para a realização do ENEM como instrumento de percepção que agrega conhecimentos ímpares para o processo de ensino aprendizado.

Os alunos fazem sim comentários sobre o ENEM, mostram interesse e preocupação com o que virá.

Contudo a escola e os professores tem a preocupação de trabalhar os conteúdos de referência do ENEM. No entanto, com relação as provas do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e Prova Brasil, os professores trabalham os conteúdos, porém não se intensifica um treino específico para a realização destas avaliações.