A escola e seus educadores tem o desafio de compreender o “ser jovem” no contexto das transformações sociais contemporâneas e da multiplicidade dos caminhos existentes para a vivência do tempo de juventude. Nós educadores precisamos nos aproximar, porém não devemos esquecer que os jovens sentem necessidade de serem percebidos como sujeitos de direito, cultura e não apenas como “objetos” de nossas intenções educativas; precisam ser vistos como jovens a partir de suas identidades culturais, seus gostos e valores, pois além do aluno quase silenciado, há um jovem querendo se expressar.
Outro fator a ser comentado é que a sensação mais recorrente é que a escola e os conhecimentos curriculares estão perdendo terreno na disputa com os ciberespaços e as cibercultura. Mas a cibercultura pode ser uma aliada do trabalho escolar como nos lembra Fischer (2006), todo este aparato tecnológico possibilita não só um maior conhecimento do mundo, mas também de nós mesmos, porém nós educadores temos o dever de orientá-los e ser mediadores a fazer o uso seguro e crítico das novas tecnologias na perspectiva de dominar os instrumentos do conhecimento e não ser dominados por eles.
Enquanto professores temos que fazer com que os alunos compreendam os processos históricos da construção da sua identidade social, econômica e cultural, pois estar em constante aprendizado passou a ser requisito básico para qualquer pessoa que queira manter um alto nível de empregabilidade e intelectualidade na sociedade, em um mercado que exige atualização a todo instante. A escola deve fazer questão de contribuir nessa evolução, não preparando apenas os cidadãos para a vida, pois ela é a própria vida, um lugar de vivência na cidadania. (Alarcão 2001)
Atuar de forma isolada na sociedade é parte do passado. A realidade exige que acompanhe as mudanças, deixando de ser um ensino fragmentado, temos que ter um comprometimento onde possam enfrentar o processo de globalização.
Deve- se sem dúvida universalizar e humanizar o ensino médio propiciando o envolvimento das famílias através de troca de experiências entre professores, refletindo a respeito do uso das tecnologias e a função social da escola.
