Reflexão Ação Caderno I

COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANA

REFLEXÃO E AÇÃO – CADERNO 1

ORIENTADORA DE ESTUDO: Profª Drª Jandicleide Evangelista Lopes

CURSISTAS: Adriana Tessaro Will; Ademir Pinhelli Mendes; Alexsandra Dombeket Macanhan; Ana Leonor Schenfeld; Ana Letícia Bylnoski Ludwig; Ana Paula Ferreira Motta; Aparecida de Azevedo Martins; Arlete Cintra Lipski; Bénie Maria Scandelari Bussmann; Carolina Gomes Gonçalves de Mendonça; Cintia Serrano Fortes de Lima; Deisilane Mesquita Rizzi e Silva; Eliana do Rocio Czajkowski; Eric Rodrigues da Silva; Glaudemarina Silva Dias Sousa; Janete Martins Cordeiro Franco; José Carlos Mosko; Josiane Déa do Amaral Brandalize; Laércio de Mello; Ronualdo Marques; Roseli Pádua Angeloni;Rosicleri maria rosa; Silvana aparecida amaral; Silvana Ferro Zonato; Simone Constanski Santos; Wallace Kassio de Lima Ramos

 

Com a tecnologia em mãos, os desafios são vários, no entanto o imediatismo dos alunos torna-se uma dificuldade para o trabalho docente. Os estímulos visuais, auditivos e lúdicos são muito mais atraentes do que conteúdos necessários à sua formação e que devem ser vistos – especialmente – em sala de aula por causa da intervenção e mediação do professor. Por outro lado, existe a dificuldade do corpo docente em fazer com que o aluno se sinta motivado a transformar a informação, que ele adquire facilmente em meios tecnológicos, em conhecimento sólido e estímulo à pesquisa.
Percebemos que o acesso ao Ensino Superior – independente da qualidade da instituição – está muito fácil, então o aluno não sente mais a necessidade de uma preparação consistente para chegar à faculdade.
A nossa escola possui características peculiares por ser um Colégio Militar e apresenta perfil social diferenciado, tendo em vista o processo seletivo que passam os alunos que aqui estudam. Assim, muitos alunos são dependentes de militares; poucos alunos usam transporte público para ir e vir; alunos pedem segunda chamada porque no dia da prova estão viajando (exterior); o acesso dos alunos aos recursos tecnológicos supera o conhecimento que muitos professores têm nessa área e do que a escola; os alunos têm conhecimento de mundo porque têm acesso a museus, à gastronomia; existem alunos em situação de vulnerabilidade social educacional; existem alunos que se sentem abandonados pela própria família; existe um dilema entre a cultura juvenil e a cultura de colégio militar; uma pequena minoria é aluno e trabalha.
Encontramos a dificuldade junto às famílias dos estudantes, pois não há um reconhecimento da família quanto à formação integral. Muitas famílias preocupam-se apenas com resultados em forma de nota. Nesse sentido, o aprofundamento de um conteúdo torna-se algo de menor importância nessa fase da vida do aluno, que se preocupa com o que é imediato.
Entendemos que algumas das dificuldades para se promover uma educação integral são o tempo – para implantação de um currículo diferenciado – e o espaço físico escolar.
Quando se considera que o conteúdo é uma etapa importante da formação, não se pode pensar simplesmente em substituir esses conceitos por novas propostas que se mostram integradas. É preciso partir dos conceitos primários para que as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura possam ser desenvolvidas com consistência e possam apresentar resultado eficiente.
Hoje, no Brasil, existem ofertas de currículo diferenciado – principalmente – para as crianças da primeira fase de formação. Atividades culturais e esportivas, por exemplo, são muito procuradas na infância. Porém, quando esse aluno chega ao Ensino Médio, diminui a oferta por parte das escolas públicas. Além disso, o jovem fica mais preocupado com a aprovação no vestibular e deixa de lado a os aspectos culturais da formação.
Outro ponto que compromete um ensino integral de qualidade é a formação do profissional que atua com os alunos. O professor precisa ter tempo para se preparar e com a escolha profissional promover atividades multidisciplinares, que tenham foco nos eixos propostos pelas diretrizes: trabalho, ciência, tecnologia e cultura.
Ao pensarmos a universalização do Ensino Médio é necessário, primeiramente, fazer investimento em estrutura física (deve ter escola perto do aluno) e na formação do professor. Mas, principalmente, é necessário desenvolver políticas públicas para a Educação. A universalização do acesso ao ensino médio a todo jovem de 14 a 18 anos inclui a universalidade do acesso à qualidade de ensino-aprendizagem que passa pela qualidade do currículo escolar e desenvolvimento dos conceitos necessários a formação integral dos jovens no âmbito da ciência, da cultura, do trabalho e da tecnologia.