Um dos principais desafios da educação brasileira é aquele que gira em torno da permanência dos alunos do ensino médio nos bancos escolares. Atraídos pelo número de estímulos e pela velocidade da sociedade, a escola lhes parece defasada. No entanto, muito do que lhes parece fora de sentido nessa fase - experiências, relações, conhecimentos - só irá adquirir sentido no decorrer da sua vida escolar. Muitas vezes acaba por não fazer, por diversos motivos, entre eles a evazão escolar.
Todo esse clima de desinteresse dos adolescentes pela vida escolar tem gerado muitas reflexões mundo afora sobre os possíveis caminhos de fazer com que o ensino médio seja vivido e percebido como significativo. Nessa perspectiva, o desafio dos sistemas de ensino nos últimos anos envolve a capacidade de organizar um programa curricular que consiga, ao mesmo tempo, formar os jovens para continuar os estudos no ensino superior e prepará-los para a vida e também o mercado de trabalho. Ou seja, fazer com que se escolarizem o mais rápido possível, o que muitas vezes obscurece outros sentidos da educação.
No Brasil, o cenário segue roteiro parecido. As novas proposições do governo federal para o ensino médio têm o objetivo de elevar o índice de conclusão do ensino médio regular para o patamar de países mais desenvolvidos.
29/07/2014