Primeiramente, faz-se necessário pontuar algumas dificuldades que atualmente comprometem a efetivação das finalidades da educação básica na modalidade Ensino Médio, são elas:
- Falta de investimentos massivos, tanto financeiros, quanto humanos;
- A escola dispor de autonomia na definição de estratégias e contar com instrumentos técnicos e financeiros adequados;
- Alternativas para valorização do professor, para que este sinta-se pertencente ao colégio;
- Organização do espaço escolar, que seja mais atraente, mais propício ao ensino e a aprendizagem;
- A escola apresentar uma unidade de propósitos e mesma missão;
- Normas disciplinares coerentes, elaboradas com consenso e aplicação com justiça;
Tratando pontualmente cada finalidade no que se refere a:
- Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional do educando, tendo em vista a construção de sua autonomia intelectual e moral, consideramos que o currículo tem a centralidade no conhecimento cientifico e que a formação integral do aluno não acontece em plenitude devido à organização escolar e a extensão curricular que não propicia que o professor de conta desta formação, sobre a questão emocional é impossibilitada na raiz pela falta do profissional especializado.
- Possibilitar o desenvolvimento das capacidades de comunicação, por meio das diferentes linguagens e das formas de expressão individual e grupal, percebemos que para isso é necessário adotar estratégias inovadoras com os alunos, como atividades socioculturais, participação efetiva na sociedade com localização espaço-temporal;
- Incentivar o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pelo novo, segundo Paulo Freire neste sentido é que inserimos a crítica a pedagogia da memorização e afirmamos a necessidade de “uma educação que ajude a ler a realidade”, aliando assim a teoria a prática.
- Estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidades física, motora e as diferentes destrezas, percebemos que para avançarmos neste quesito precisamos de muitas adequações pois segundo Carrano “as escolas públicas, em sua maioria, são pouca atraentes, não estimulam a imaginação criadora e oferecem pouco espaço para novas experiências, sociabilidades, solidariedades, debates públicos, atividades culturais e informativas ou passeios que ampliem os territórios de conhecimento.
- Propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas diferentes áreas, tais como: Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Educação Artística e Educação Física consideramos que o currículo hoje é extenso, e é necessário que seja reelaborado por profissionais que estejam envolvidos no processo e que tenham experiência em sala de aula, fazendo assim o enxugamento do currículo, ou seja, priorizar conteúdos essenciais, objetivos, específicos e claros na intenção que o aluno aprenda mais e o professor ensine com mais qualidade, em detrimento da quantidade;
- Favorecer a socialização, isto é, a produção da identidade e da diferenciação cultural, mediante a localização de si próprio como sujeito, da participação efetiva na sociedade e da localização espaço-temporal e sociocultural, percebemos que precisamos de avanços no que diz respeito ao conhecimento de nossos alunos, pois ficamos limitados quanto ao favorecimento de sua sociabilidade e quanto a produção de sua identidade, pois são distintas e pertencentes a grupos com características específicas e ao mesmo tempo semelhantes. Os jovens são sujeitos de suas próprias ações e apresentam potencialidades para conquistar sua autonomia, porém confrontasse com o sistema escolar, político e econômico.
Eliete Beatris Lupges Nesello
