Reflexão 1 caderno 2

Não há como negar que a juventude atual convive com uma série de limitações e problemas; alguns são novidade, mas alguns são antigas questões sociais que persistem até hoje.
Alguns são próprios da juventude; outros, próprios da sociedade em que estão inseridos.
  É muito comum ouvir, quando o adolescente entra na sociedade propriamente dita, que ele “aprende e cai na real”. Em nossa escola, tivemos ao longo dos anos alunos extremamente problemáticos, em questões disciplinares e de saúde. Quando falamos em Escola, falamos, claro de toda a sua comunidade; esta fez um trabalho honesto, que foi além das expectativas no atendimento diferenciado destes adolescentes. Desde currículo adaptado até tratamento individual, várias foram as técnicas usadas para a inserção desses adolescentes no meio escolar. Mas a transformação e adaptação dos mesmos vieram apenas com a idade e a inclusão no mercado de trabalho, com os quais veio a responsabilidade de responder por seus próprios atos de maneira mais efetiva. Nosso desafio é ajudar o jovem a aprender e entender que deve tomar consciência de seu valor e do quanto pode transformar de maneira positiva a sociedade – e sua vida – para que toda esta a comunidade ao seu redor melhore e consiga atender suas necessidades.
No momento, um trabalho com ensino médio pode servir de relato de uma tentativa de fazer o jovem protagonizar seu aprendizado. Inserido no planejamento do ano de 2014, o teatro faz parte das aulas de arte do 2º ano do ensino médio. As aulas são sugeridas e debatidas pelos jovens, e a professora dá o encaminhamento e as ferramentas para a realização dos jogos teatrais. São os próprios jovens que buscam os mecanismos e as soluções, que sempre são analisadas por todos com a supervisão da professora da turma. Eles pesquisam e buscam fazer o seu melhor; o resultado é sempre divertido e leva ao aprendizado em vários aspectos da vivência da escola em si. Os alunos envolvidos já apresentam melhores resultados em outras disciplinas, com uma pequena melhora em casos graves de timidez. Alguns alunos demonstram uma facilidade inata para o teatro e para roteiros; a criatividade fervilha. A busca por soluções passa pela criação de personagens, bonecos de papel machê, símbolos, mímicas e várias outras oportunidades de expressão.
  A Escola está nesta busca também, cada professor em sua sala; com seus alunos, está procurando, estudando, debatendo e modificando paradigmas e rótulos do jovem brasileiro, para que este possa protagonizar sua vida e suas escolhas de maneira mais consciente, sem procrastinação: ou seja, para que este possa concluir seus estudos no tempo certo, evitando interrompê-los por outras questões, lembrando que o estudo não é necessário apenas pelo diploma, mas também para amadurecer seus pensamentos, ampliar suas escolhas de vida e expandir seus horizontes.