Refletindo Sobre o Ensino Médio 2014

Núcleo de Francisco Beltrão
Colégio estadual de Renascença Pe. J.J. Vicente-E.F.M
Oliete Gonçalves da Silva
Renascença, 11 de Dezembro de 2014.

Precisamos planejar  um novo formato para o Ensino Médio,  de forma que contribua para um ensino  de qualidade. Desta forma, enfrentamos um grande desafio em construir  com um ensino que atenda as reais necessidades de nossos educandos enfrentando os limites impostos pela sociedade e objetivando: ciência, tecnologia e cultura. Pretendemos desenvolver a formação humana integral no Ensino médio e para que isso aconteça há a necessidade de motivar o aluno a aprender, a desenvolver o conhecimento científico; a contextualizar o conhecimento e integrar à prática; Sendo assim, haverá a diminuição do abandono escolar e da repetência,  o prazer do aluno em estudar e do professor em transmitir o conhecimento em uma escola atraente.
Faz-se necessário conhecer o aluno, construindo um perfil social, cultural e afetivo dos integrantes do grupo que este jovem atua, ouvi-los. Não há um culpado  pelos problemas  enfrentados na escola, desta forma é difícil entender o significado de ser jovem e estudante, então se conhecermos o jovem, e traçarmos este perfil, poderemos promover um bom relacionamento e superar dificuldades de relacionamento. Há uma necessidade de resignificar a escola,  mostrar o que se está construindo. Temos de nos aproximar do estudante, para compreendê-lo e ter condições de desenvolver um relacionamento através do diálogo. O jovem vê a escola como enfadonha e dizem que a escola está longe de atender seus interesses e necessidades. Dizem também, que os professores quase nada acrescentam à sua formação, pois escola é “apenas obrigação”, devido a necessidade do jovem ter um diploma, mas especialistas, governo e alunos dizem ter um  culpado para que os jovens tenham esta visão da escola, o professor.
       Os jovens usam os recursos tecnológicos e com este uso há a aprendizagem, cabe a nós usarmos estes meios para ampliar o conhecimento de nosso jovem, termos estes como nosso aliado na busca do conhecimento. Nossos jovens precisam ser apoiados em seus propósitos, seus sonhos. Entretanto faz-se necessário o dialogo com o seu professor, em que seja apresentadas possibilidades através de debates, que saibam orientar sobre profissões diversas, para que este possa ter opção de qual profissão deverá seguir.  Nossos jovens precisam fazer escolhas conscientes, e não impostas mo heranças ou instituições educativas.
O currículo deve estar organizado em consonância com o que eu ensino, com o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, pois aparece nos diálogos que criamos com os sujeitos, alunos e professores, respeitando suas necessidades em termos de formação. Sendo assim conseguiremos sentido e significado de cada eixo existente. Resignificando os conteúdos no currículo, se abre possibilidade de atribuir novos sentidos, de dinamizar e acontecer o ensino de qualidade.
O ensino está relacionado com a vivência do sujeito, pois só acontece a aprendizagem através da contextualização dos conteúdos, da inter-relação com a realidade. As disciplinas do Ensino Médio devem estabelecer sentido com a realidade do aluno e aprimorar este conhecimento fazendo com que o educando seja incentivado, tenha gosto e vontade de aprender.  Isto acontece se usarmos de metodologias variadas abordando os temas das diversas áreas de forma diferente, visto que cada aluno tem diferentes habilidades de aprendizagem. Por isso, buscamos constantemente metodologias diferenciadas que propiciem aulas dinâmicas e interativas, que contribua para tornar o educando um ser com conhecimento e apto a desempenhar suas  atividades com eficiência e que como sujeito participe das transformações sociais da sociedade.
A questão da educação nutricional é uma das questões mais polêmica no mundo contemporâneo, visto que enfrentamos a dificuldade ao acesso e à ingestão de uma alimentação saudável. Em “O Ponto de Mutação” o autor enfatiza que as escolas devem propor um trabalho envolvendo a Educação Alimentar e Nutricional e que este esteja articulado com a ciência promovendo a conscientização de nossos educando para que busquem ter uma alimentação saudável e que seja articulado de forma que haja a produção, transporte, armazenamento, acesso físico e econômico a alimentos, empregos, educação e saúde. É de suma importância envolver nossos alunos integrando-os em uma formação humana nas dimensões da cultura, trabalho, ciências e tecnologia. Uma forma de trabalharmos é através de pesquisas, levantamentos de dados sobre alimentos e especificamente sobre os alimentos produzidos em nosso município. Também sabermos o destino pra onde vão estes alimentos. Realizar questionários visando tomar conhecimento dos hábitos alimentares de nossos alunos. Um dos fatores que também contribuem nas escolhas dos alimentos ingeridos pelas famílias é a condição financeira destes, bem como o conhecimento que possuem sobre alimentação saudável.
Após assistirmos o filme PONTO DE MUTAÇÂO, surgiu a ideia de se trabalhar com os alunos, partindo da pesquisa que eles deveriam fazer para saber o que eles próprios ingerem diariamente, sabendo assim como é a sua alimentação, se saudável ou necessitando de orientação. Após uma semana realizando a anotação do que ingere apresentar em sala de aula e confrontar com a pirâmide alimentar para que possam ter noção de como se deve comer e como se estão comendo. Depois disso sugerir que levem o conhecimento a seus pais para que estes também saibam de que comer ingerindo um pouco de cada alimento dos grupos de alimentos da pirâmide alimentar é a melhor forma de ter uma alimentação saudável. Precisamos elaborar uma proposta curricular com metodologias integradas, pois de forma contextualizada com interdisciplinariedade e visando o conhecimento científico sabemos que é esta a alternativa para que possamos envolver nossos educandos e para que possamos alcançar nossos objetivos que é a educação de qualidade, de formação humana crítica e de mudanças da realidade. Segundo o tema em questão, constata-se que é de suma importância o envolvimento de todos os profissionais da escola buscando que sejam realizadas as tomadas de decisões. Com a participação efetiva de todos contribuindo assim para um processo democrático. A efetivação deste ato democrático na escola será real se  proporcionarmos  encontros gerais que envolvam  todos nas tomadas de decisões relevantes à escola e que sempre estejam abertos à novas sugestões. Compreende-se que na medida em que as decisões são tomadas em conjunto os erros são tornam-se bem aceitos e os  desafios passam ser  as metas propostas. Dessa forma, o sucesso é uma consequência, pois todos juntos com o mesmo objetivo é bem maior a probabilidade de sucesso.
O Conselho Escolar exerce sua função na escola, pois sempre toma decisões visando o bem comum e coletivo já que é composto de membros de diversos segmentos em sua constituição. Com a realização de encontros regulares acontecem as discussões que contribuem para o bom andamento escolar. O Conselho Escolar necessita de rodízios de seus componentes para que então possa permitir a participação de outros membros. Já há o trabalho na Escola do Grêmio Estudantil, porém um trabalho visando a formação teórica dos membros do Grêmio Estudantil é importante enriquecendo-os e melhorando ainda mais a sua atuação na escola. Há a presença dos pais na escola, mas eles participam de forma que seja apenas o necessário. Para que tenhamos a participação e a colaboração dos pais ainda mais assiduamente no ambiente escolar devemos criar espaços oportunizando novas possibilidades de envolvimento destes. Então eles poderão participar de forma mais atuante das atividades escolares e expor suas angústias e dificuldades para que possamos juntos realizar um trabalho efeito voltado a atender aos anseios dos  alunos e da comunidade escolar.