REFLETINDO COM OS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO: a percepção sobre os sentidos da escola, do trabalho e da tecnologia dos jovens do Colégio Estadual do Paraná
Este texto é foi elaborado por Alexandro Muhlstedt, pedagogo e orientador de estudos da Turma 1, do Pacto do Ensino Médio, a partir das respostas dos professores: Albano Sampaio (Física), Arlete Dolny (Língua Portuguesa), Bárbara Duarte (Química), Cleiton Rosa (Física) Cristine Amorin (Arte), Daniele Franco (Arte), Daniel Pinto (Geografia), Denise Adriane Regis (Matemática), Elói Oliveira (Geografia), Enzo Souza (Matemática), Fabricio Kupczik (Educação Física); Fernando Vieira (Biologia), Mônica Soares (Pedagogia, Nilton Cezar Santos (Pedagogia) que atuam no Colégio Estadual do Paraná.
INTRODUÇÃO
Na continuidade da Formação de Professores no curso do “Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio”, no Caderno 2 foi proposto o estudo sobre a temática “O Jovem como Sujeito do Ensino Médio”.
A Turma 1, do Colégio Estadual do Paraná, sob a orientação do pedagogo Alexandro Muhlstedt, dispôs-se a discutir e refletir sobre a temática, realizando um conjunto de atividades junto aos estudantes.
A primeira atividade foi descobrir, junto aos estudantes, o sentido da escola para eles, o sentido de estudar e a imagem que possuem sobre seus professores.
A segunda atividade compôs-se de diálogo do professor cursista sobre a presença das tecnologias na vida dos estudantes.
A terceira atividade buscou investigar a questão do trabalho, do emprego, das escolhas profissionais, da proteção e dos direitos e deveres do trabalhador na visão dos estudantes.
A quarta atividade foi a escrita de uma mensagem do professor aos estudantes.
Nesse conjunto de atividades objetivou-se a aproximação do professor junto aos estudantes, investigando e compreendendo os modos peculiares destes vivenciarem a sua juventude e os sentidos atuais do mundo e suas possibilidades.
1. Caderno 2 – Tópico 1: O sentido da escola, dos estudos e do professor
A primeira atividade solicitada aos professores, após o estudo do Tópico 1, do Caderno 2, foi dialogar com os estudantes sobre o sentido que a escola tem em suas vidas, bem como a questão do estudar e dos professores que vivenciam o cotidiano escolar do processo de ensino aprendizagem.
O resultado desse diálogo está nos relatos a seguinte:
Em conversa com os estudantes de 1º e 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual do Paraná, revelou-se que, de modo geral, há um consenso quanto a importância que tem a escola, o estudar e os professores.
A escola é tida como de grande importância na formação do jovem cidadão, não somente em conhecimentos gerais, mas também na formação do caráter e no convívio em sociedade. Exemplificaram com algumas das melhores e piores experiências vividas na escola (bullying, perda da inocência, amor, paixão, brigas, amizades), o que faz com que a cada dia se aprenda algo novo que gera crescimento intelectual, emocional, social. É na escola que o estudante pode (quase sempre) expressar suas opiniões e ser respeitado ao emiti-las. Tem, segundo alguns, como principal objetivo o ensinar a aprender, desde que seja levado a sério, que haja interesse recíproco entre os atores do processo ensino-aprendizagem. Também há opiniões contrárias, sendo considerado o "estar na escola" "uma obrigaçao", sem muito comprometimento, em consequência, talvez, dos métodos utilizados ao ensinar.
Quanto ao estudar, propriamente dito, revelou-se que o frequentar a escola deveria ser exclusivo àqueles que têm o real interesse no estudar/aprender, pois assim os envolvidos nesse processo teriam uma finalidade comum que facilitaria o desenvolvimento e o aprendizado dos estudantes. Muitos dos estudantes têm consciência de que há grande falta de interesse em realmente estudar, o que prejudica aqueles que o tem. Para outros, no entanto, estudar é significativo, é divertido, é um lazer e uma busca pelo conhecimento - atividade constante e necessária. Evidenciou-se, também, que o estudar é uma atividade individual, tanto por parte do aluno quanto do professor, pois cada um tem como função se aprofundar nos assuntos abordados e estar disposto a ensiná-los e aprendê-los.
Com relação ao professor e o significado que tem no processo ensino-aprendizagem, conforme já citado acima, uma das funções atribuídas a esse profissional, de marcante importância em Educação, é o estar disposto ao constante aprender para melhor ensinar; pois, segundo os estudantes, ele é a representação do conhecimento, é o responsável pelo desenvolvimento da criticidade dos estudantes, é o símbolo de Educação e (deveria ser) o motivador do interesse e do aprendizado dos seus alunos, saber conquistar e desenvolver o respeito entre estudante-professor-estudante, deve rever os próprios conhecimentos sobre os conteúdos para não gerar dúvidas no aprendizados e (algo para refletir) ser humilde.
O fato de o professor trabalhar "dobrado", motivo que o leva a exaustão, foi apontado como aquilo que determina aulas mal dadas, que geram a desatenção e o desinteresse dos estudantes.
Para concluir, segundo alguns estudantes, muitas vezes, estudar e estar na escola não são, necessariamente, sinônimos, tendo em vista que metade do aprendizado, que o estudante obtém em sala de aula, depende do dinamismo do professor e do relacionamento do mesmo para com seus alunos.
(Arlete Dolny – Língua Portuguesa)
Foi realizado uma investigação em relação aos sentidos da escola e de estudar, também qual o papel do professor nos dias atuais. A turma em que foi realizada a investigação é uma turma do ensino médio, turno da tarde de primeiro ano ( D).Quanto aos sentidos de estudar foi verificado que grande parte dos alunos relaciona o ato de estudar ao futuro, ao conhecimento e ser uma pessoa melhor.
Ao sentido da escola a maior parte dos alunos(as) atribui ao mercado de trabalho, também fazer amigos, ser importante para a cidadania e uma pequena parte fazer amigos.
O professor é associado ao ensino e ao conhecimento, também sendo um guia e orientador dos alunos (as). Foi verificado que aparece pouco o fato da desvalorização do professor, que o aluno(a) deve expor mais o seu pensamento e também é elogiado o ensino da instituição.
(Daniel José Gonçalves Pinto- Geografia)
Conversei a respeito do sentido da escola e de estudar com os alunos da turma do 3º Ano B e perguntei a eles qual é o papel do professor (de um modo geral, e não de um professor específico) na atualidade.
O que primeiro surgiu no bate papo foi o comentário de um dos alunos que disse que vem pra escola para estudar e aprender e que se não tivesse o professor isso não faria sentido. Perguntei então em seguida, se para eles a escola e o professor estavam profundamente interligados, portanto. Um dos alunos disse: "Está faltando o aluno aí!" e com isso, surgiu a primeira síntese por parte dos alunos do bate papo: "a escola é o local onde o aluno vem aprender e estudar com o professor".
Logo após, na continuação do debate, a escola surgiu como "um lugar onde estou mais tempo até do que em casa" e o professor acabou sendo promovido a "detentor do conhecimento", ainda que os alunos fazem questão de frisar que há professores e professores e que não podem ser simplesmente generalizados.
No meu entender, os alunos reconhecem portanto a escola como centro de aprendizagem e tem no professor de um modo geral, o personagem principal para este repasse, ainda que isto não tenha sido colocado de maneira unânime pela turma em questão, já que para eles, alguns docentes não cumprem o papel de repassar este conhecimento.
(Fernando Vieira – Biologia)
Ao conversar com os estudantes do 3ºD, turma que estou realizando minha pesquisa, considerou-se que: Os estudantes reiteram em sua respostas a importância dada aos seus professores e a escola, atribuindo-lhes valor significativo no processo de desenvolvimento educacional. Ao analisar as respostas percebeu-se que descrições que reafirmam que o momento escolar junto ao professor e o tempo espaço ( escola) é de fundamental importância para sua vida acadêmica. A perspectiva de um futuro promissor, bom emprego, uma boa condição social foram vinculadas ao estudar e ter bons professores , assim como, o conhecimento é essencial para o progresso em sua vida profissional e pessoal. As relações nos grupos sociais, vínculos estabelecidos com seus pares, são reconhecidas pelos estudantes como parte integrante deste processo. Quanto a reflexão sugerida, faz-se necessário apontar as seguintes conclusões para a construção de novos relacionamentos de estudantes e professores neste processo. É imprescindível entendermos sociologicamente, o que é juventude em nossa realidade social. O que é ser jovem. A juventude não se resume apenas na idade cronológica desta faixa etária, mudanças biológicas, psicológicas. Não é apenas uma passagem ou uma prévia do que é ser adulto. Entender juventude vai além disso. O jovem é, ele não vai ser , é presente vivido e produz cultura. é uma categoria socialmente produzida. e apresenta uma construção histórica. Parafraseando a letra da música citada no texto..".O jovem deve ser levado a sério..." e sua demandas sociais também. É categoria dinâmica e necessáŕia para o contexto social vivido.
A reflexão/ação propõe o vínculo e a construção de novos relacionamentos, partindo do principio de construir com o próprio jovem o esforço de conhecê-lo e reconhecê-lo
(Mônica Soares – Pedagogia)
A consulta realizada junto aos estudantes do 1I vespertino mostrou que a visão que estes possuem da escola, em sua imensa maioria, é de um local capaz de prepará-los para o futuro, tanto na questão dos conhecimentos que adquirem durante suas passagens, quanto no que diz respeito à formação de caráter; um local que os ajudará a realizarem seus sonhos. Consideram que na escola os estudos devem ser priorizados mas, acreditam, também, que o convívio social propiciado pelo ambiente escolar é fundamental para que cresçam e se desenvolvam. Contudo, alguns criticam o modelo escolar vigente onde, segundo eles, a necessidade de se alcançar uma nota mínima para a aprovação faz com que a escola se torne uma espécie de "prisão" com a qual se obrigam a acostumar. A própria obrigatoriedade de se frequentar a escola é motivo de críticas para uns.
Com relação aos professores, estes são vistos como os detentores do saber responsáveis pela transmissão do conhecimento necessário para alcançarem seus objetivos. Creem que uma boa relação professor-aluno pode ser essencial para que a disciplina se torne mais atraente e que fatores como mau humor do professor, metodologia empregada e a pouca didática são agentes desmotivadores capazes de transformar assuntos interessantes em demasiadamente chatos.
(Albano - Física)
Na pesquisa realizada com os alunos do 3C a maioria absoluta tem bem claro a importância da escola pois os alunos vem na mesma a oportunidade de preparar -se melhor para inserir -se na sociedade, como cidadão responsável e com conhecimento dos seus direito e deveres. .Com os diversos conteúdos estudados na escola os jovens ao terminar o ensino médio na maioria ja sente se preparado para escolher seus próprios caminhos a seguir 'seja profissionais , culturais , ou para o mercado de trabalho, mesmo aqueles que não estão totalmente certos ja se sentem mais seguros de si e são capazes de tomar decisões de quais caminhos a seguir.. Muitos veem na escola a melhor oportunidade para progresso em um futuro próximo ,pois a grande maioria são da classe trabalhadora . Alguns alunos relatam a importancia dos estudos na formação de seus próprios intelecto , pois muito deste jovens são críticos , com um bom grau de politização e com um bom raciocínio e muitos com ótima pro atividade. Pra maioria o professor exerce um papel fundamental neste processo de mudança pois os mesmos orientam, ajudam , direcionam , alertam, ensinam, compreendem e são amigos.
(Enzo A S.ouza - Matemática)
Minha pesquisa foi realizada com estudantes do CURCEP, dos 40 questionários entregues para a pesquisa retornaram apenas 9 respondidos.
Para estes estudantes o sentido da escola e o sentido de estudar, é para ter a socialização das pessoas, bom emprego no futuro, preparação para o mercado de trabalho, apoiar, incentivar e formar cidadãos críticos, transformar a vida das pessoas através do conhecimento. Na escola encontra-se uma diversidade de conhecimento, qualidade de (e no) estudo.
Na visão dos estudantes, o papel do professor é ensinar, tirar dúvidas, passar conhecimentos, ajuda, auxilia, explica, e é o responsável por fazer com que eles busquem o conhecimento. O professor serve de inspiração para os estudantes. É aquele que guia o caminho para o conhecimento. É a principal pessoa na escola, pois sem professor não haveria escola, nem conhecimento. Para alguns estudantes, o professor tem o maior papel na sociedade.
(Denise Adriane Regis – Matemática)
Minha pesquisa foi realizada com os alunos do 2° C noturno. Foram respondidos 16 questionários.
Para a maioria o sentido da escola é, principalmente, preparar para o mercado de trabalho e ter uma boa profissão. Além de adquirir conhecimentos e formar cidadãos críticos.
Na visão dos estudantes, o papel do professor é fundamental na formação do aluno, embora alguns não tenham essa consciência, não colaborando com os professores.
(Nilton Cezar dos Santos – Pedagogia)
Fiz minha pesquisa com os alunos do 1º N (tarde) e pude constatar o seguinte: A escola, para os 28 alunos presentes, representa uma oportunidade de aprender e se preparar para o futuro tanto no campo do trabalho como na área social e cultural.
Para eles o professor é de fundamental importância, pois é ele o responsável por passar o conhecimento científico e ainda pode ser um bom "conselheiro".
O professor deve, para eles, passar o conteúdo necessário para seu futuro profissional e também orientar em qual área eles podem ser encaminhados.
(Professor Elói R. de Oliveira – Geografia)
Pesquisa realizada com 14 alunos da turma do 1º C Noturno.
Ao serem questionados sobre os sentidos do estar na escola, as respostas foram unânimes, todos julgaram ser muito importante a presença na escola, acreditam que a escola é o local onde podem adquirir os conhecimentos social e cultural.
Quanto o papel dos professores, obtive respostas muito semelhantes, a de que o papel do professor é ensinar, repassar suas experiências e conhecimentos aos alunos, mas uma resposta me chamou a atenção, um relato foi de que nem sempre o papel do professor é cumprido, o que me faz pensar que ainda pode existir professores mal preparados trabalhando em escolas, não exercendo de maneira digna a sua profissão.
Na mesma discussão, perguntei sobre o papel dos estudantes na escola e as respostas também foram unânimes, relataram que o papel é de estudar.
(Cleiton Rosa – Física)
Bate papo informal realizado com vários alunos das turmas 1º K, L e M, do Ensino Médio da tarde.
A grande maioria deles acha que a escola é uma fase muito importante para o futuro. E que se sentem privilegiados em estudarem no CEP, pois tem muita confiança no Colégio e nos professores, sendo estes de grande e relevância na sociedade, tanto para um ensino técnico, como para um futuro vestibular.
Relataram que alguns colegas de sala, não estão dando a importância merecida aos estudos, ou seja, não estão nem aí, e que somente estão estudando por obrigação. Por isso, esses alunos com quem conversei, acham que os professores e o colégio em si, deveriam dar prioridade, uma maior atenção a aqueles que querem estudar, se esforçam diariamente, que vem de muito longe para tão conceituada Instituição de Ensino.
Relataram que esse método atual do Ensino Médio é muito cansativo e desmotivante, tudo vale nota, muitas provas e trabalho desnecessário. Que gostariam algo diferente, mais prazeroso para estudar.
(Fabricio Kup – Educação Física)
Escola: Grande maioria deles, mais de 90% acreditam que a escola vem desempenhando corretamente seu papel. Os principais sentidos da escola, para os alunos são: ensinar, socializar, educar, lugar para troca de conhecimentos entre gerações, ensinar as matérias em si e preparar para uma faculdade ou um trabalho, aprender a conviver com as pessoas que são diferentes, “ensinar coisas que não veremos fora dela”, “oferecer ensino aos alunos”, “apontar como devemos nos portar sendo verdadeiros cidadãos”,
Uma das alunas pontou que “O sentido na escola (não dos professores, mas de um sistema muito mais a fundo) pra mim é fazer os alunos passarem de ano e não gerar o real conhecimento. O que querem são pessoas alienadas, pois assim as coisas continuarão como estão.”
- Professores: A grande maioria, novamente acima de 90%, acredita que o professor vem desempenhando corretamente o seu papel. Para eles, cabe ao professor “ensinar o aluno a matéria e eles vem ensinando e nos preparando para o futuro”; passar / transmitir o conhecimento para o aluno; “ensinar coisas que nós ainda não sabemos, nos ajudando em nossas dificuldades e pelo reconhecimento que fiz do meu ensino, eu acho que o trabalho deles está excelente”. Orientar.
Algumas críticas negativas ao professor surgiram nos aspectos:
“O professor tem a missão de preparar os alunos para os futuros vestibulares e concursos da vida, a arte de educar, mas muitas vezes muitos professores não sabem ensinar, e ainda não entendem quando o questionamos sobre algo, realmente muitos professores não nasceram com o "dom" de educar.”
“muitos não sabem se portar diante alunos da geração atual, na qual esses educadores não fazem parte.
“muitos parecem fazer seu trabalho por lucro e obrigação, não por amor a ele, o que acaba gerando um ensino baseado em seus princípios e não no bem do aluno.”
“eles vem desempenhado este papel, mas não com excelência”
- Papel do aluno: cerca de 70% tem a visão que os alunos não vem desempenhando seu papel.
Diversos pontos apareceram:
“Alunos que vão para a escola por obrigação”; “não prestam atenção no que está sendo ensinado”; “perguntar se tiver dúvida”; “não conversar durante a explicação”; “se interessar pela matéria e aprender”; “aprender se quiser e se não quiser ao menos respeitar”; “cumprir todos os seus deveres”; “estudar”; “respeitar o próximo”.
“muitas vezes cumprem em razão de serem obrigados por seus pais.”
“O papel do aluno é, já que somos obrigados a frequentar a escola.”
“Atualmente, o papel do aluno é sentar e calar a boca. É sério. Alguns professores não se importam se quantidade x não sabe o conteúdo, sempre existe apenas um argumento. “Não estuda... dá nisso”. Os alunos não tem voz, não se interessam. Estão naquela salinha apertada e quente apenas por causa dos pais. Por que eu estou aprendendo isso? Não é o que vou usar no futuro!”
- Dos pais: a maioria acredita que os pais, em relação a educação, NÃO vem cumprindo seu papel. Pois eles deveriam “ensinar o básico”; “ensinar como se comportar corretamente”; devem sempre incentivar/valorizar o ensino”; “ir as reuniões do colégio”; “se importar mais com a educação dos próprios filhos”; “participar mais”; “auxiliar seus filhos”, “aconselhar”; “ajudar nas lições”.
- A educação em si: “Sem estudo não podemos fazer nada no futuro, e sem o estudo seremos homens alfabetizados. Deveríamos estudar sempre e nos dedicarmos totalmente ao estudo”; “Deveríamos estudar para entender o mundo ao nosso redor e para conseguirmos conversar com qualquer pessoa do mundo.”; “é necessário se quisermos evoluir a nós mesmos e assim mudar o que está ao nosso redor”; “devemos estudar para crescer como ser humano, deveríamos estudar com prazer e incentivo”; “deveríamos estudar por nós mesmos, não pelo que os outros querem.
(...) Infelizmente a sociedade não funciona dessa maneira. Estudamos não por nós, mas para ficarmos ricos ou sair da classe social que estamos atualmente. Assim não dá. Estudamos para manter um futuro estável, já que ter estudo é bem mais garantido do que ter habilidades em música e pintura. O mundo vive no medo. Medo de arriscar, é mais fácil abaixar a cabeça e aceitar”; “para garantir um futuro promissor, com todos os tipos de conhecimentos acessíveis.”; “para exercitar o cérebro”; “para ter uma boa vaga na federal e se tornar um alguém para formar sua família”;
(Bárbara Duarte - Química)
2. Caderno 2 – Tópico 2: Os jovens e a questão do uso da Internet
Como atividade do Tópico 2, do Caderno 2, foi solicitado aos professores que realizassem um diálogo e, a partir disso, um levantamento de dados sobre os usos da tecnologia e Internet pelos estudantes.
Foi um momento importante de compreender como os jovens pensam a questão das tecnologias, redes sociais e outros elementos de sua cultura juvenil.
O resultado levantado pelos docentes pode ser conferido a seguir:
Em conversa com os estudantes de 1º e 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual do Paraná, com respeito ao uso da internet, do celular, das novas tecnologias, enfim, no seu dia a dia, obteve-se informações bastante interessantes que revelam que não são jovens alienados que estão preocupados apenas em manter seus "status" atualizados, ou para participar de curtições ou de compartilhamentos sem grandes significados.
Muitos estudantes revelaram que o uso da internet nas escolas aumentaria bastante o índice de aprendizado porque facilitaria o ensino; e, que há professores já utilizando essa ferramenta para passar conteúdos ampliados do que se estudou em sala de aula, bem como indicar fontes e referências de estudos, como também postar lembretes sobre dias de provas e entrega de trabalhos.
A internet é tida como ferramente indispensável na busca de informações atuais e antigas, para pesquisas de assuntos variados, para ter acesso a curiosidades, jogos, aplicativos e consideram que tudo possibilita o interesse e o gosto no aprendizado.
Os estudantes consideram que participar de redes sociais e dos papos virtuais são meios para compartilhar e discutir informações, para aquisição de conhecimento sobre variadas culturas e de novos pensamentos, para divulgação das ideias.
Alguns estudantes revelaram que já fomos "dominados" pelos recursos tecnológicos e que cabe à escola adaptar-se para que mantenha o estudante em sala de aula interessado em aprender, porque, segundo eles, é ainda ao professor que sabe a significativa orientação e direção na aquisição do conhecimento já produzido pela humanidade e é isso que vai preparar o estudante para a construção de novos conhecimentos, capazes de transformar a sociedade na busca do que é melhor para cada um e para todos que a compõe.
(Arlete Dolny – Língua Portuguesa)
Ao conversar com os estudantes do 3ºD, turma que estou realizando minha pesquisa, considerou-se que: Os estudantes reiteram em sua respostas a importância dada aos seus professores e a escola, atribuindo-lhes valor significativo no processo de desenvolvimento educacional. Ao analisar as respostas percebeu-se que descrições que reafirmam que o momento escolar junto ao professor e o tempo espaço ( escola) é de fundamental importância para sua vida acadêmica. A perspectiva de um futuro promissor, bom emprego, uma boa condição social foram vinculadas ao estudar e ter bons professores , assim como, o conhecimento é essencial para o progresso em sua vida profissional e pessoal. As relações nos grupos sociais, vínculos estabelecidos com seus pares, são reconhecidas pelos estudantes como parte integrante deste processo. Quanto a reflexão sugerida, faz-se necessário apontar as seguintes conclusões para a construção de novos relacionamentos de estudantes e professores neste processo. É imprescindível entendermos sociologicamente, o que é juventude em nossa realidade social. O que é ser jovem. A juventude não se resume apenas na idade cronológica desta faixa etária, mudanças biológicas, psicológicas. Não é apenas uma passagem ou uma prévia do que é ser adulto. Entender juventude vai além disso. O jovem é, ele não vai ser , é presente vivido e produz cultura. é uma categoria socialmente produzida. e apresenta uma construção histórica. Parafraseando a letra da música citada no texto..".O jovem deve ser levado a sério..." e sua demandas sociais também. É categoria dinâmica e necessáŕia para o contexto social vivido.
A reflexão/ação propõe o vínculo e a construção de novos relacionamentos, partindo do príncipio de construir com o próprio jovem o esforço de conhecê-lo e reconhecẽ-lo .
(Mônica Soares – Pedagogia)
Foi realizado uma investigação com uma turma do turno da tarde do ensino médio ( 1 D). Em relação a investigação quanto a relação dos alunos (as) com a internet, os papos virtuais e as redes sociais foi diagnosticados os seguintes aspectos: Grande parte da turma utiliza a internet para pesquisas de trabalhos escolares, facebook, baixar músicas. Apareceu nas respostas dos alunos o papel da informação associada a internet e grande parte dos alunos (as) utiliza muito. Foi notado que os alunos (as) tem muita relação com a tecnologia, aparece nos textos a seguinte frase " a internet é algo mágico". Nessa questão me fez refletir como educador, a necessidade que tenho em ser mais tecnológico em minhas aulas, usando mais mídias!
No quesito papos virtuais foi verificado que a maioria da sala utiliza os papos virtuais com amigos, parentes, familiares, em resumo para contatos e também conhecer mais pessoas. Menos que dez por cento da turma afirma que usa pouco e somente um aluno(a) afirmou que não possui internet. Quanto as redes sociais a mais utilizada é o facebook e o email pouco comentado.
O que chama atenção é que os perigos de exposição e contatos com pessoas de má fé quase não aparecem na fala dos alunos (as), assim como não é percebido algum monitoramento do uso em casa e no celular.
(Daniel José Gonçalves Pinto-Geografia )
Esta pesquisa me foi muito prazerosa já que sou adepto do uso da tecnologia em sala de aula e utilizo as redes sociais já há algum tempo como um instrumento efetivo de comunicação e interação com os alunos. Novamente realizei a pesquisa com a turma do 3º Ano B - Turno da tarde e para tanto, utilizei o grupo que possuo com os alunos desta turma em uma rede social específica. Todos participaram ativamente do debate.
Ao perguntar ao alunos "Será que o que se conversa pela internet tem menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente?" a maioria respondeu que não há como desvincular essa pergunta do assunto sobre qual essa conversa teria.
No caso de assuntos informais, eles acreditam que o valor ou importância tende a variar (eles relacionaram mais a conversar de namoro e afins).
Quando eu disse no sentido da busca de informação, se uma notícia recebida pela internet tem o mesmo valor que uma notícia vista na televisão ou lida no jornal tinha peso diferente, todos os alunos concordaram que o peso é o mesmo, desde que a fonte da notícia parta de uma site/pessoa que eles consideram confiáveis.
No mesmo instante perguntei "o que eles consideram um site/pessoa confiável" e a resposta foi interessante: - "sites oficiais como o da globo ou jornal G1 ou notícias postadas por PROFESSORES", e citaram as notícias/matérias que costumo postar na minha página.
Confesso que fiquei lisonjeado com a credibilidade que ainda temos com os nossos alunos, portanto. E como resultado, posso afirmar que a atividade realmente me aproximou ainda mais dos alunos.
(Fernando Vieira – Biologia)
É bem provável que tenhamos encontrado resultados muito parecidos nessa pesquisa, pois o público ao qual atendemos pertence a uma era em que o mundo virtual permeia e transcende grande parte de nossas ações. Na turma que escolhi para fazer todos os levantamentos sugeridos pelo material de apoio, ficaram evidentes a necessidade e o prazer sentidos pelos estudantes em estarem mergulhados em redes sociais, chats, jogos on-line e tudo mais que se relaciona a esse tipo de ambiente. Alguns, com mais entusiasmo ou paixão, sugeriram ser algo imprescindível em suas vidas, já que dessa forma conseguem estar sempre "próximos" aos amigos e familiares, podem expor suas vontades e opiniões com certa liberdade, sem que se preocupem com possíveis críticas. Contudo, vários estudantes chamaram a atenção para uso indevido da internet e o perigo que ela pode representar, bem como para a quantidade de coisas inúteis e de baixa qualidade que são veiculadas. Dentro desse cenário, no entanto, ainda foi possível encontrar opiniões (ufa,ainda bem!!) que afirmam preferir as relações pessoais que se dão presencialmente, não dando muita importância para o mundo virtual ou encarando-o simplesmente como fonte de informação.
(Albano - Física)
Ao realizar a pesquisa com os estudantes das turmas 1P e 1Q, pudemos perceber que a grande maioria utiliza sempre a Internet para lazer, atividades escolares, tirar dúvidas, se comunicar,ou seja, todos entrevistados de alguma maneira utiliza esta ferramenta,porém na maioria das vezes pudemos perceber que os mesmos em momento algum demonstram algum tipo de receio e/ou medo ao utilizar a Internet.Por outro lado, observamos por parte dos alunos um enorme anseio de aliar estas técnologias a escola, pois segundo respostas dos mesmos, desta forma as aulas se tornariam muito mais dinâmicas e interessantes .
Complementando o que dissemos no texto acima, alguns alunos, na verdade a minoria, demonstraram preferir relacionar-se pessoalmente, utilizando a internet apenas como ferramenta de pesquisa/estudo.
Cristine e Daniele.
Realizei a pesquisa na turma do 3 C e todos na turma tem acesso a internet e a grande maioria faz grande uso da mesma no seu dia a dia. Alguns relatam que usam ate demais e não conseguem mais viver sem a rede e sentem a necessidade de estar conectados todo instante,principalmente nas redes sociais . Alguns alunos usam a internet para pesquisa , para atualizar-se, pela versatilidade da mesma,outros usam pra diversão, outros usam as redes sociais pra colocarem suas opiniões e seus pensamentos . De modo geral podemos concluir que boa parte dos alunos usam a internet com equilbrio e com racionalidade e acham a mesma muito importante para os seus estudo e defendem o uso da mesma nas pesquisas e na escola, pois a internet diminui distancia e podem auxiliar muito na aprendizagem. Alguns jovens mostra uma certa preocupação com a exposição na internet e procuram não se expor. Outra parte dos jovens citaram que as relações estão se tornando mais frias , as pessoas esta mais conectadas mas apenas virtualmente .
(Enzo A. Souza - Matemática)
Minha pesquisa foi realizada com estudantes do CURCEP, dos 40 questionários entregues para a pesquisa retornaram apenas 9 respondidos.
Para os jovens estudantes pesquisados a internet serve para diversão, aprendizagem de conhecimentos, para adquirir informações atualizadas e momentâneas. Diálogos com colegas, amigos e familiares. Para alguns estudantes este é o principal meio de comunicação. Serve para organização de provas e trabalhos, pesquisa sobre todos os assuntos. Mas alguns estudantes entendem que é preciso medir as consequências boas e más do uso da internet.
(Denise Adriane Regis – Matemática)
Pesquisa realizada com alunos do 1º N (tarde)
Para os 28 alunos presentes foi constatado que o uso da Internet é diário e ocorre em várias horas durante o dia e a noite.
Afirmaram que é muito importante para a realização de pesquisas escolares, para conversar com os colegas, fazer novos amigos e paquerar.
Fazem isto no período da manhã, tarde (as vezes durante as aulas) e a noite também.
Questionei que aquilo estava parecendo dependência tecnológica e eles riram e disseram que eram "quase dependentes".
Afirmaram também que o uso das novas tecnologias, inclusive a rede mundial de computadores, facilita muito o processo de aprendizagem.
(Profº Elói R. de Oliveira – Geografia)
Pesquisa realizada com a turma do 1º C Noturno com a participação de 14 alunos.
Nesse debate, foi questionado como os alunos utilizam a internet, nesse caso, houve várias respostas, entre elas: utilizam para fazer pesquisas, jogar, conversar, conhecer novas pessoas e realizar compras. No mesmo debate sobre a internet, levantei a questão, o que se conversa pela internet têm menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente, as respostas foram todas idênticas, eles concordam que uma conversa presencial tem muito mais importância do que as realizadas pela internet.
(Cleiton Rosa – Física)
Jovens em suas tecnologias digitais.
O levantamento de dados foi realizado no 2° ano C noturno, com 16 alunos.
Todos participam de alguma rede social.
7 alunos utilizam a internet a maior parte do tempo para lazer, 7 alunos utilizam para fins educacionais e 2 alunos usam a internet a maior parte do tempo para bate papo virtual.
(Nilton Cezar dos Santos - Pedagogia)
Conversei com alguns alunos dos 1os Anos K, L e M.
Eles contaram que na maioria das vezes usam a internet para bate-papo virtual, e o famoso “zap zap” ajuda muito, pois fazem muitos grupos, e até mesmo as vezes se perdem em qual grupo estão falando.
Conforme o professor Eloi citou acima, disseram que já são dependentes da tecnologia, e que deixar o celular em casa ou perdê-lo ficam desesperados, principalmente as meninas, pelos contatos, paqueras, etc. e tal.
Gostam de usar para estarem a par de tudo, atualizados nas notícias, fofocas, etc.
Comentei sobre o usarmos em sala de aula, para pesquisas etc. e tal. Disseram que para isso, eles não teriam créditos suficientes para acessar páginas específicas. Mas, para bater papo (zap zap) eles tem, rsss.
Nos trabalhos que solicitei, dei algumas opções para entrega: pessoalmente (digitado ou escrito), por e-mail ou pelo facebook. Uma porcentagem alta, mandaram via internet.
(Fabricio Kup – Educação Física)
Aproveitando a pesquisa sobre os objetivos da escola, onde inclui o artigo "Química, pra que te quero?", publicado no dia 03 de agosto pela atriz Denise Fraga - artigo que criticava a educação, e na minha opinião, especialmente a classe de químicos - perguntei aos alunos das turmas 1ºO, P, Q, R e S E 2º K e L, sobre o diálogo entre os jovens. Mais de 80% deles acreditaram que havia o poder real do diálogo, mas que o mesmo não corretamente exercido. Por exemplo :
- Aluna do 1ºO: Acho que atualmente os jovens podem manter outras formas de contato, por mensagens, vídeos, fotos, resumindo pela internet e não cara a cara. Porém, acho que antigamente, se tinha muito mais o poder de conversação direta, pessoalmente.
- Aluna do 1º O: Não os jovens tem mais AÇÃO do que dialogo.
- Aluna do 1º P: Muitas vezes os jovens querem dialogar, mas sem qualquer argumento. Se quisermos opinar e interferir deveu ter algo construtivo a oferecer, como num diálogo.
- Aluna do 1º P: Alguns possuem, mas a maioria prefere conversar via celular.
- Aluna do 1º P: Em meios tecnológicos: sim.
- Aluna do 1ºQ: Não muito, não se têm muito dialogo com clareza, tranquilidade e conclusão.
Desta forma, visto que a maior fonte de comunicação entre os jovens são as redes sociais, por exemplo, o facebook, eles observam que a opinião é colocada sem aprofundamento ou pesquisa para conhecer a veracidade dos fatos. Nos relatos, observou-se que eles observam um diálogo vazio, que não contribui para o crescimento ou para a evolução do ser.
Daqueles que apontaram que havia o poder de diálogo, e que era expressivo, tem-se como exemplos:
- Aluna do 1ºQ: Sim, eu acho que um pouco de cada matéria ensina isso, principalmente sociologia e filosofia.
- Aluna do 1ºQ: Sim, porque o jovem hoje tem a internet para ter mais conhecimento e também para dialogar mais
- Aluna do 1ºS: Sim acho talvez não seja a realidade de todos mas se tem sim o poder do diálogo. Se vê jovem hoje dialogando sobre tudo ou quase tudo afinal a internet ajuda acho q para saber dialogar necessariamente tem que saber ler e isso basta.
Assim, aqueles acreditam no real poder de diálogo veem na escola e nos professores uma das principais ferramentas para adquirir o conhecimento. Acreditam que a internet pode auxiliar no embasamento dos fatos.
(Barbara Duarte - Química)
3. Caderno 2 – Tópico 3: Os jovens e a questão do Trabalho
A atividade Reflexão e Ação do Tópico 3 consistiu em recolher dos estudantes, informações sobre as expectativas juvenis frente a vida e as questões de trabalho.
Os professores, no geral, dialogaram com os estudantes, fazendo os seguintes questionamentos:
- Quantos estudantes trabalham em suas turmas?
- Que trabalho realizam?
- Quais trabalhos já fizeram? sob quais condições? foram feitos com segurança e proteção? ou em condições de exploração e desproteção?
- Seus estudantes têm consciência de seus direitos de trabalhadores e trabalhadoras?
- Não trabalham, mas pensam em trabalhar ainda durante o tempo de escola?
O resultado pode ser percebido nos depoimentos a seguir:
Resultado da pesquisa dos estudantes da 3ª D.
Na turma pesquisada que compreende 32 estudantes - 6 trabalham e 26 não trabalham. Os locais de trabalho: Cartório: empresa de silicone e cola; cartório; recursos humanos;livraria; ministério público. Os trabalhos já realizados por estes estudantes: Arquivo médico; Pet shop; digitalização; escritório;direção; escritório de administração;auxiliar de loja. Todos relatam que trabalham em boas condições e que não são explorados. Os jovens aqui analisados descrevem que pretendem cursar na universidade e realizar como profissão no futuro : Educação física - Personal trainner; Arquitetura; Fotografia; Nutrição; Física/Matemática; Engenharia Química. E os fatores de maior relevância para estes estudantes: Condições necessaŕias de trabalho; bom salário; lucros; estabilidade econômica; localização; sentir-se bem; amor à profissão; qualidade de vida.
(Mônica Soares – Pedagogia)
Pesquisa com os estudantes do1D do turno da tarde.
Foi conversado com a turma e passado algumas questões para serem respondidas e debatidas em sala de aula.Como resultado foi o seguinte: Nenhum aluno atualmente está trabalhando mas uma aluna já trabalhou em uma academia e relatou que não havia exploração e tinha segurança no trabalho em relação a horários, perigosidade etc. Foram respondidos 18 questionários e a turma está bem feliz em participar da pesquisa. Verifiquei que os debates geraram uma maior interação entre a turma e também em relação ao meu papel como docente.
Em relação a realização no futuro muitos alunos(as) não sabem o que pretendem fazer, 7 alunos (as) pretendem fazer faculdade em diferentes áreas ( Biologia,Música, Artes Plásticas, etc), e também trabalhar, ter uma família, uma casa etc .As formações universitárias são diversas, além das relatadas (Artes Cênicas,Odontologia, Medicina, Geografia, História, Engenharia Mecânica,Engenharia Industrial etc). As razões para a escolha do curso universitário e a profissão são diversas como:Gostar da profissão, os horários de trabalho,que beneficie a si e os outros (as), salário bom etc.
O fator que predominou na escolha da profissão foi o fato de gostar da profissão e ter afinidade como no caso o gosto pela matemática e a relação com a engenharia, gostar de desenhar e desenhar bem com a arte.
( Daniel José Gonçalves Pinto- Geografia)
Fiz a pesquisa com as turmas: 1º Anos K, L e M.
Quantos estudantes trabalham em suas turmas? Resposta: 01
Que trabalho realiza? Resposta:Vendas, ganha comissão.
Quais trabalhos já fizeram? sob quais condições? foram feitos com segurança e proteção? ou em condições de exploração e desproteção? Resposta: Vendas. Foram feitas com segurança e proteção.
Seus estudantes têm consciência de seus direitos de trabalhadores e trabalhadoras? Resposta: Alguns direitos.
Não trabalham, mas pensam em trabalhar ainda durante o tempo de escola? Resposta: Com alguns que conversei, gostariam de trabalhar. A maioria prefere estudar, fazer cursos que auxiliem em seu futuro.
Abaixo as profissões desejadas pelos estudantes: Direito:14; Não sei:13; Arquitetura:09; Medicina: 08; Engenharia Civi: 07; Engenharia Mecânica: 03; Psicologia: 03; Artes Cênicas: 03; Veterinária: 03; Nutrição: 02; Física: 02; Relações Públicas: 02; Educação Física: 02; Odontologia: 02; Jornalismo: 02; Desenho Industrial: 01; Astronomia: 01; Engenharia Ambiental: 01; Engenharia Química: 01; Publicidade: 01; Web Design: 01; Fotografia: 01; Policial: 01; Biologia: 01; Design Games: 01; Robótica: 01; Nasa: 01
(Fabricio – Educação Física)
Na pesquisa realizada com os alunos dos primeiros anos, período da tarde, pudemos observar que nenhum dos alunos entrevistados trabalhavam no momento, apenas dois deles já haviam realizado algum trabalho anteriormente (um em uma oficina e o outro no aviário da sua mãe), 100% deles deseja entrar na universidade, nos mais variados cursos: Direito, Psicologia, Engenharia Civil, Química,entre outros.O fator de maior relevância para a escolha de uma profissão, segundo os alunos é a satisfação pessoal.
(Daniele e Cristine - Arte)
A pesquisa foi realizada na turma 3ºA do turno noturno do Colégio Estadual do Paraná, em 12/08/2014. Dos 24 estudantes em sala, 13 informaram que trabalham atualmente, sendo que atuam nos mais variados tipos de ocupação trabalhista, dentre eles: barman, atendente de padaria, bancário, ajudante de loja, limpador de piscina, auxiliar administrativo, aprendiz de T.I., cabeleireiro, aprendiz de engenharia, estoquista, estagiário do T.J., montador de móveis, gerente de produção gráfica. Outros, que no momento não trabalham, já tiveram trabalhos de eletricista, em inspeção de automóveis, aprendiz de jogador de futebol, em almoxarifado, como assistente administrativo, como auxiliar de produção, como auxiliar administrativo e como menor aprendiz. A grande maioria disse ter feito e faz seus trabalhos com segurança e em boas condições; não se sentem ou sentiram explorados. Com relação aos direitos trabalhistas, a maioria têm consciência de seus direitos; alguns disseram que sabem mais ou menos e uma minoria disse não conhecer seus direitos de trabalhadores e/ou trabalhadoras. Todos, os que trabalham, já trabalharam ou que nunca trabalharam, têm a intenção de cursar uma faculdade, sendo nas mais variadas áreas, mas que não tem relação com o que fazem atualmente; e todos pretendem trabalhar enquanto estudantes universitários, principalmente como estagiários remunerados, com o objetivo de aplicar a teoria na prática, pois, conforme disseram, quando buscarem uma colocação no mundo do trabalho, já terão uma certa experiência para atuarem com segurança de seus conhecimentos e fazeres. Os fatores mais relevantes para a escolha de uma profissão em suas vidas futuras são bons salários, plano de carreira, oportunidade de aprendizado de novas habilidades e desenvolvimento das mesmas, condições agradáveis de trabalho num empresa bem conhecida, incentivo por parte das chefias, bons colegas e não trabalhar nos finais de semana.
(Arlete Dolny – Português)
Fiz a pesquisa na turma 3º Ano EM da TARDE e os resultados foram os seguintes:
Somente 02 alunos trabalham na turma, um deles em estágio remunerado no Tribunal de Justiça e outro no menor aprendiz em uma Gráfica. Todos os outros alunos são estudantes somente. Ambos os alunos que trabalham conhecem muito pouco do seu direito sobre trabalhador e não se reconhecem como trabalhadores. Exatamente por isso os seus empregos são considerados provisórios e eles NÃO pretendem continuar na mesma carreira. Perguntados se pensavam em trabalhar antes de terminar o ensino médio, a grande maioria de estudantes que não trabalha atualmente disse que NÃO, que este ano eles somente vão estudar (lembro aqui que a pergunta foi feita à alunos de 3º Ano de EM do turno da tarde).
(Fernando Vieira – Biologia)
A consulta sobre trabalho foi realizada com 27 estudantes da 1a série, turma I, vespertino. Apenas 2 deles disseram trabalhar atualmente em torno de 4 h por dia, sendo que um trabalha em um lava-car e o outro somente citou os trabalhos que já realizou, como ajudante de pedreiro, de olaria, limpeza de terrenos, trabalhos em escritório e lan house. Ambos consideram satisfatórias as condições de trabalho. Uma observação interessante é que em uma consulta anterior havia mais um estudante que trabalhava, mas este saiu recentemente da escola. Motivo? Ainda não levantei, mas é possível que tenha alguma relação com o trabalho.
Sobre expectativas futuras, como era de se esperar, as respostas foram bastante variadas. As áreas de Engenharia e Arquitetura foram as mais citadas (8vezes), seguidas (pasmem) do desejo de ser professor(a) (6 vezes- áreas diversas). Trabalhos relacionados às Artes (produção literária, desenho, música) também foram lembradas com frequência (5 vezes). Medicina (3 vezes), Design (3 vezes), Advocacia (2 vezes) e Fotografia (2 vezes) completam o rol daquelas que foram lembradas por mais de um estudante. Moda, Área Náutica (não especificou), Medicina Veterinária, Jogador de Futebol, Psicologia e Funcionalismo Público foram citadas apenas uma vez, cada uma. E, é claro, sempre existem aqueles que ainda não definiram ou não sabem o que farão (2 estudantes). Naturalmente que alguns estudantes colocaram mais de uma área em suas respostas, de tal forma que o total ultrapassa o número de estudantes que participaram da pesquisa.
No que diz respeito àquilo que julgam importante na hora da escolha da profissão, prevaleceram as respostas relacionadas ao fato do fazer aquilo que gosta (21 citações). O salário também é fator de importância para um número considerável (12 citações), condições de trabalho (2 citações), disponibilidade de vagas na área (2 citações) e benefícios oferecidos (1 citação) completam a lista. Em tempo, uma das respostas dizia da necessidade de se trabalhar em algo onde o mais importante era ajudar quem precisasse. Imaginem só, se a moda pega!
Albano – Física
Pesquisa realizada com estudantes do 3° ano do ensino médio, no período da noite. Responderam a pesquisa um total de 21 estudantes.
Nesta turma pesquisada, 12 estudantes trabalham atualmente e 9 não trabalham. Quem não está trabalhando atualmente, já trabalhou em algum outro momento.
Atualmente, eles trabalham nas seguintes áreas: exército brasileiro, restaurante, farmácia, menor aprendiz, vendedor (a), atendente de produção, estágio, apoio administrativo, instalação de alarmes e office boy. Eles trabalham de 4 à 10 horas por dia. Todos já tiveram algum outro emprego anterior a este que eles atuam no momento, sendo eles: jovem aprendiz, informática, empresa de contabilidade, ramo alimentício, construção civil, copeiro, garçom, cafeteria, em panificadora, balconista, organização de eventos, setor financeiro, administrativo, comércio exterior e atendente.
As condições de trabalho são boas ou ótimas, exceto o que trabalha como office boy relata que as condições de trabalho são ruins.
Todos tem segurança e proteção no trabalho, exceto o que é office boy. Em nenhum caso foi relatado exploração.
Para o futuro, os jovens estudantes sonham em ter uma profissão mais digna. Pensam em fazer faculdade de engenharias, educação física, geógrafo, psicologia, medicina veterinária, design e professora de português. Outros pensam em seguir carreira militar e carreira pública. Alguns não sabem ainda, e outros querem viajar muito para conhecer outras culturas.
(Denise Adriane Regis – Matemática)
A presente pesquisa foi realizada com os alunos do 2° C noturno. Foram respondidos 19 questionários.
Desses 19 alunos, 15 trabalham e 4 só estudam. Dos 15 que trabalham, 4 são estagiários. Vale ressaltar que apenas 2 alunos que trabalham ganham acima de 2 salários mínimos, embora 9 deles estão satisfeitos com a atual ocupação.
(Nilton Cezar dos Santos - Pedagogia)
A atividade foi realizada com o 3º ano noturno, 25 alunos responderam a pesquisa , deste total apenas cinco alunos não trabalham. A grande maioria dos jovens que trabalham tem uma carga horária de trabalho de oito horas ou alguns caso ate mais que oito horas . Estes jovens trabalham a maior parte no comércio e de auxiliares administrativos ,três dos alunos citados trabalham com futebol. Mais de 60% já mudaram de emprego .Dos que trabalham apenas três tem uma condição de trabalho ruim os demais consideram boas ou ótima.A maioria deles tem segurança e sentem-se protegidos no ambiente de trabalho e não consideram que são explorados. Todos os alunos pesquisados pretendem fazer um curso superior ,sendo que vinte três dos mesmo logo em seguida que terminarem o ensino médio ,três pretendem viajar e conhecer novas culturas e depois voltar a estudar .Apenas dois estudantes não sabem pra que curso vão prestar vestibular , os cursos citados foram : Engenharia Educação Física , Comércio exterior, Jornalismo, Cinema, Geologia,Física Psicologia,Oficial Bombeiro, Gastronomia,Medicina e Publicidade.
Muitos jovens desta turma vêm no trabalho uma independência financeira e isso traz também a maturidade.
(Enzo A. Souza - Matemática)
Pesquisa realizada com o 1º N (tarde)
Dos 28 alunos presentes apenas um trabalha. Os demais estudam, fazem cursos e atividades desportivas.
O aluno que trabalha não reclamou das condições do seu trabalho, porém não mencionou qual a natureza do seu trabalho.
Todos manifestaram o desejo de prestar o vestibular nas mais diversas áreas. Perguntei se alguém pretendia ser professor no futuro e responderam quase em coro: "NÃO".
(Elói R. de Oliveira - Geografia)
Pesquisa realizada com 12 alunos do 1º C Noturno.
* 41,7% dos alunos trabalham e 58,7% não trabalham;
* Dos que trabalham, a carga horária diária está compreendida entre 4 à 8 horas;
* Maioria está no primeiro emprego;
* Julgaram ter boas condições para desempenhar sua função;
* As profissões pretendidas são: Militar; Bombeiro; Fisioterapeuta; Educação Física; Aeronáutica; Engenharia; Perito médico; Jornalismo; Professora de matermática; Administração; Arquitetura; Música.
* 10 alunos se interesam em ter uma formação universitária;
* Os fatores que têm maior relevância na escolha de uma profissão foi apontado: dinheiro, apoio da família e o que a pessoa gosta de fazer.
(Cleiton Rosa - Física)
4. Caderno 2 – Tópico 4: Mensagem dos professores aos jovens estudantes
Como atividade do Tópico 4, do Caderno 2, foi proposto que os professores escrevessem uma carta / mensagem aos estudantes, salientando as questões de escola e sentido de estudar, bem como o sentido de ser jovem.
As cartas podem ser conferidas a seguir:
Boa Tarde, queridos estudantes!
Após algumas inserções que fizemos em suas turmas, gostaríamos de esclarecer através desta carta, que, a partir dos questionamentos e conversas que tivemos durante este período, pretendemos cada vez mais travar um diálogo junto com vocês, entendendo que nós, professores, alunos e funcionários de escola, devemos unir nossas forças e transformar a escola cada vez melhor para todos nós.
É dentro desta visão que acreditamos que o seu papel "jovem estudante" é de total importância para essa transformação, pois, a partir do seu olhar sobre a escola e também sobre a nossa prática escolar, poderemos refletir, debater, conversar, para que a partir deste estudo, a escola possa ser pensada de encontro com seus anseios e necessidades, redesenhando desta forma um novo formato de Ensino Médio, que esteja realmente voltado para a nossa realidade.
Trazendo desta forma estudante/escola lado a lado nessa transformação, buscando assim fazer da escola um lugar cada vez mais significativo para a sociedade.
(Professoras Daniele e Cristine - Arte)
Caros estudantes
O bem mais valioso que uma pessoa pode ter é a bagagem cultural e intelectual adquirida ao longo de sua vivência. Essa bagagem provém de diversos fatores. Experiências vividas com familiares e amigos ou com aqueles com quem vocês, de uma maneira ou outra, tiveram algum vínculo social, seja em viagens, na imersão do mundo digital e, especialmente, na escola.
Vocês passam boa parte de sua juventude nos bancos escolares. Às vezes, até a contragosto. Talvez preferissem fazer outras coisas que consideram muito mais interessantes, mas a obrigação e o desejo de um futuro melhor faz com que encarem de maneira muito natural, ano após ano e cheios de expectativas, tudo que se passa no ambiente escolar. É bem verdade que, por motivos diversos, muitas vezes falhamos e não conseguimos corresponder às suas expectativas, mas, mesmo assim, alguns ainda enxergam na escola seu segundo lar.
Nesse sentido, nada mais justo que fazer desse ambiente um local onde vocês tenham a oportunidade de se desenvolverem ao máximo, seja como pessoas, cidadãos ou detentores do conhecimento, pré requisitos necessários àqueles que desejam ir além.
Tenho convicção de que muita coisa precisa ser mudada. E mudanças sempre são tão difíceis. Medo do novo, incerteza e comodidade acabam se tornando alguns dos males que matam ideias geniais antes mesmo de suas concepções.
Ouvi-los, nesse momento, torna-se fundamental. Vocês, cheios de vida, repletos de anseios e, em geral, bastante criativos podem contribuir de maneira muito significativa para que o Ensino Médio se transforme em uma etapa do ensino em que a formação integral represente um caminho seguro para a redução das desigualdades em nosso país, pessoas responsáveis pela formação de uma nova sociedade onde, quem sabe, se privilegie o bem comum e não o de uma parcela ínfima da população. Afinal, estando toda a sociedade em melhores condições, é muito provável que vocês também estejam. E torço muito para que vocês realmente estejam, pois o pouco contato que tivemos até agora foi suficiente para que eu soubesse de suas potencialidades e tudo aquilo que vocês responderam durante as pesquisas ajudará a entendê-los melhor e a buscar soluções para as questões que os incomodam, no que diz respeito à escola.
Mudanças significativas requerem, além de um certo tempo, esforço conjunto. Mas se fizermos nossa parte daremos um passo importante na busca por aquilo que almejamos.
(Professor Albano - Física )
Meus queridos estudantes
Quando, muitas vezes, em sala de aula, ao observá-los e em diálogos que tecemos, pergunto-me sobre o que será que esperam obter aqui e agora de que possam fazer uso em suas vidas, tanto no presente quanto no futuro.
Conhecimento é a resposta. Conhecer o muito do que já foi produzido pela humanidade em termos de cultura, ciência, trabalho dá-lhes possibilidades de em se transformando, constante e determinantemente, também transformar a sociedade, procurando torná-la acessível a todos que a compõe, garantindo crescimento e desenvolvimento, contínuos e ininterruptos, no que tange o bem viver para a humanidade.
Engajados e constantemente, estamos juntos nesse processo - estudantes, professores, funcionários - com a finalidade de renovar e inovar formas e maneiras de aprendizados na aplicabilidade do dia a dia, produzindo caminhos para chegarmos a resultados almejados segundo nossos projetos e propostas que podem e devem ser revistos para melhor serem realizados, na intenção de, ao tê-los concluídos, possam nos certificar de que nunca chegamos ao final, mas demos continuidade e estamos possibilitando que outros, depois de nós, possam prosseguir construindo a cultura, a ciência e o trabalho numa ininterrupta transformação, pois que ninguém e nada são estanques, inamovíveis ou terminados.
(Professora Arlete Dolny – Língua Portuguesa)
Caros Estudantes
Venho escrever para vocês com o intuito de nos aproximarmos ainda mais, nascemos humanos mas nos tornamos humanos com a convivência com o outro(a).
São muitas as inquietações que me afligem, entre elas: Será que estou fazendo um bom trabalho? Estou avaliando corretamente ?O que vocês esperam de mim? Serei melhor professor se for o durão, rígido, o disciplinador? Serei melhor professor se for o camarada e mais amigo?
Percebo que conheço de vocês muito pouco ou seja quase nada, aliás graças a esse curso conheço um pouco mais!
Usando como exemplo um trecho de outra carta como modelo, sei que somos fruto de um meio social,cultural,familiar e sei que a vida nos cobra atitudes e na minha opinião " a escola parece muito distante dos jovens" como aproximar os jovens da escola hoje? qual o modelo de ensino para essa geração tão tecnológica?
Gosto do que faço,quero ser melhor professor para os meus alunos (as), também sonho que vocês tenham uma boa vida e acima de tudo sejam felizes.
( Professor Daniel José Gonçalves Pinto - Geografia)
Querido(a) Jovem Estudante:
O momento atual prevê que façamos uma retrospectiva histórica do ensino público em nível médio no país. É necessário uma desconstrução do atual ensino médio para que possamos reconstruí-lo de forma mais efetiva e fortalecida no processo educacional brasileiro. Observa-se um descaso das políticas públicas em relação ao ensino neste país. As estatísticas comprovam o número elevado de evasões no ensino médio e o frequente desinteresse dos jovens em relação a atividade escolar.
Porém, a cada momento pedagógico vivido em sala junto a você, percebe-se o quanto podemos avançar.
Precisamos desta força e vontade para realizarmos um trabalho mais edificante e próspero. Precisamos de seu empenho, dedicação e que você saiba de seus direitos e deveres. Que suas reivindicações e ações sejam fundamentadas. Você é categoria determinante para o país. O processo escolar depende de você e de suas escolhas, intenções, significados, símbolos e ações. Permita que este espaço e tempo seja vivido de maneira significativa e faça sua história.
(Mônica Soares – Pedagogia)
Queridos estudantes!
Quando me deparei com a sugestão de atividade “escrever uma carta aos estudantes”, confesso que uma ansiedade invadiu meu ser, pois sabe-se que o estudante do Ensino Médio encontra-se na fase da adolescência... Percebo a importância de destacar que você adolescente nem sempre é levado a sério como parceiro social, uma vez, que a você é atribuído características muitas vezes negativas por parte dos familiares, professores e as sociedade em geral. Mas preciso ressaltar que através dos estudos realizados nas reuniões do “Pacto do Ensino Médio” pude ampliar meus conhecimentos referentes à adolescência. Hoje consigo perceber a fase da adolescência respaldada numa concepção histórico social, que procura conhecer o ser humano levando em consideração sua gênese e seu contexto social. Isto me levou a desconstruir o conteúdo que há muito carregava comigo, quando percebia a adolescência de uma forma naturalizada e portanto errada!
Você, meu querido estudante, hoje é visto por mim de outra maneira. Reconheço em você a vontade de superar os obstáculos e se fazer notar no momento presente como alguém que planeja seu futuro baseado nas vivências e socialização que lhe foram permitidas no seu espaço cultural. Se me permitir uma orientação digo a você que busque incessantemente o conhecimento e principalmente busque através do protagonismo juvenil adquirir e fortalecer sempre a sua formação política. Somente desta forma poderá pensar e planejar ações que transforme a sua realidade social. Meu caro jovem, reconheço em você o futuro de tempos melhores. Nesta nova perspectiva de olhar para a adolescência percebo que poderei colaborar na sua formação e fazer diferente para obter resultados que promovam a sua autonomia e a esperança de um hoje bem vivido.
Abraços,
(Professora Denise Adriane Regis - Matemática )
Carta aos estudantes
Meus queridos alunos: eu já falei muitas vezes isso em sala para vocês e talvez esteja na hora de formalizar. Talvez a maior preocupação que eu tenho como professor educador é deixar claro para vocês o que eu estou fazendo aqui dentro desta sala de aula. "Lecionar Biologia" é o que vocês diriam. Eu até concordo com vocês. Mas não é só isso. Aliás isso é só a ponta do iceberg. Vai muito além disso.
Eu estou aqui porque eu acredito na educação como forma de mudar o mundo e acredito em vocês como instrumento dessa mudança.
Quando eu resolvi ser Biólogo eu sonhava em salvar o planeta e ajudar a criar um mundo sustentável. Hoje, em sala de aula, eu sei que a minha missão é muito maior: formar alunos críticos e capazes de tomar as suas próprias decisões em assuntos relacionados ao meio ambiente.
Sei que sozinho esse sonho se torna difícil, quase impossível. Mas com a participação de todos vocês ele se torna um sonho muito mais palpável. Quem sabe assim, juntos, conseguimos formar uma sociedade cada vez mais sustentável, justa e pacífica.
(Fernando Vieira – Biologia)
Escrever uma carta pra Estudantes nos dias de hoje não é uma tarefa muito fácil, a geração de alunos que está na escola hoje é uma geração que esta sendo bombardeada a todo momento por informações, por cobranças da família, por cobranças da sociedade, por decisões que tem que tomar quanto as escolhas de futuro. Enfim são cobrados a todo momento e até mesmos disputados pos nós professores que cobramos de vocês que estudem para nossas respectivas disciplinas …
De certa forma são cobrados a todo momento e nem sempre são entendidos e ouvidos, pois nesta fase da vida sabemos que vocês jovens passam por muitas mudanças e provações. Mas diante desta realidade vocês jovens ainda consegue mostrar que tem a capacidade de refletir, de repensar suas atitudes, de retomar quando erram, muitas vezes precisam apenas de uma ajuda, basta serem ouvidos e serem orientados, mesmo quando se mostram rebeldes.
O que posso dizer a todos os estudantes é que continuem lutando, correndo atrás de seus sonhos. Tracem metas e objetivos a serem conquistados e estabeleçam estratégias para atingir suas metas e objetivos e mesmos quando não conseguirem seu objetivos, não desistam, retomem com novas estratégias, mas jamais desistam de seus objetivos...
(Professor Enzo A. Souza- Matemática)
Meus amigos(as) estudantes
Vou escrever aqui aquilo que venho dizendo e demonstrando há muito tempo para vocês em sala de aula.
Quando olho para vocês não vejo apenas números. Apenas adolescentes com vontade de aprender ou não. Não vejo vocês como adolescentes “problemáticos” como dizem alguns.
Olho para vocês e não vejo apenas futuros advogados, jornalistas, gestores, empresários, músicos, artistas, professores... Vejo principalmente seres humanos capazes, responsáveis, com valores morais e éticos que a nossa sociedade tanto precisa.
Vejo também esperança, pois são vocês estudantes que irão comandar a sociedade do amanhã e quem sabe, transformá-la para melhor. Mas não é necessário esperar o futuro chegar. Vocês podem começar a mudar o futuro para melhor no presente, agora.
E para que isto aconteça precisamos unir forças. Estudantes e professores juntos podem mudar a realidade do nosso colégio, da nossa cidade, do nosso país e até do nosso mundo.
(Professor Elói R. de Oliveira - Geografia)
Caros estudantes
Estudar é muito importante para todos, principalmente para os que estão na idade certa de frequentar os bancos das escolas.
Se você tem sonhos de um futuro melhor, uma carreira brilhante, uma vida digna e honesta, invista em seu estudo, pois ele é a única maneira de mudar seu destino.
Um estudo recente sobre aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a ser mais feliz e tem uma expectativa de vida superior, porque tem maior satisfação em diferentes esferas da vida.
O estudo ajuda a pessoa a desenvolver habilidades, possibilita o crescimento mental e social, o aluno estará adquirindo conhecimentos e se atualizada em vários assuntos, e esse conhecimento é algo tão precioso que nos é útil em tudo que realizamos, e, além disso é garantido para sempre e não pode nos ser tomado.
Sendo assim, precisamos saber que o estudo é o melhor investimento que o ser humano pode se dar, sem ele não teremos: educação, qualificação, disciplina e nem conhecimento.
A vida nos ensina que a melhor e mais segura maneira de termos um futuro digno é através dos estudos.
(Nilton Cezar dos Santos - Pedagogia)
Caros e caras alunos e alunas
Primeiramente, escrevo esta carta para agradecer a participação de vocês, respondendo com honestidade e clareza os questionários relacionados à educação do ensino médio. Segundo, pretendo expor aqui algumas ideias minhas sobre o ensino.
Como vocês sabem, ser professor não é uma tarefa fácil: Estudar todos os dias, ter diariamente tarefas de casa (inclusive nos finais de semana) e ainda não ter um reconhecimento profissional adequado, tanto no ponto de vista social quanto no financeiro. Porém, optei por estar aqui, dentro da escola. E o grande motivo que me mantem nesta exigente profissão, são vocês, meus alunos.
É realmente estranha essa sensação de amá-los e constantemente criticá-los. Mas se existe severas críticas é porque acredito em vocês!
Quando vocês estão no 1º ano, acho possível modelá-los e torná-los os melhores estudantes do mundo.
Quando vocês estão no 2º ano, acho possível ensinar tudo aquilo que posso e que observo que vocês ainda não aprenderam.
Quando vocês estão no 3º ano, acho possível vocês seguirem o destino que vocês escolheram. Colherem os frutos dos trabalhos desenvolvidos nestes 10 anos de ensino – no mínimo.
Todos os anos, centenas de vocês passam por minha sala de aula, escutam minhas palavras e a tomam para si como verdades imutáveis. E exatamente por observar que na conclusão do ensino médio vocês reconhecem o valor das cobranças, é que faço questão de conhecê-los como se vocês fossem permanecer comigo por anos e anos. Cada conteúdo compreendido é um conhecimento adquirido.
Cada nota obtida é uma meta cumprida – mesmo que a nota não reflita seu real conhecimento, mas perante a sociedade, acaba representando o status do seu sucesso.
Cada sorriso e abraço no final do ano, representa nossa presença na formação do seu ser.
Talvez seja por isso que nós, professores, mesmo cansados, continuamos lutando e acreditando que a educação pode ser cada vez mais significativa e efetiva. Que vocês podem evoluir e se tornar ainda melhores do que aqueles que hoje o ensinam.
Por isso exijo muito de vocês, por acreditar que o futuro da nossa nação está em suas mãos.
Espero que possamos nos encontrar pós sala de aula e lembrar com carinho desta “doce” época que passamos juntos!
Abraços,
(Professora Barbara Duarte – Química)
Caros alunos,
Através desta carta, quero lhe dizer o quanto me orgulho de poder fazer parte da sua formação intelectual e humana, durante todo o momento que vivenciamos o ambiente escolar, sempre me preocupei em repassar todo o meu conhecimento adquirido na minha formação profissional e também humana.
Quero lhe pedir, neste momento que me abro de forma sentimental a vocês, que pensem na importância de cada momento que estamos presentes no ambiente escolar, na importância de tudo que lhe é ensinado, cada disciplina, cada professor que lhe oferece um tempo da sua vida para lhe ensinar, repassar e compartilhar o seu conhecimento. Veja a escola como um ambiente de solidariedade, um local onde você encontrará seres humanos dedicados compartilhar conhecimentos. Sem dúvidas, não quero dizer que, nos professores, temos o poder do conhecimento, mas sim temos a capacidade de mediar o seu aperfeiçoamento e sua construção de conhecimento, perceba então, a importância de você participar das aulas, atividades propostas, para assim, construir a sua visão de mundo, confrontando dados e opiniões apresentadas pelo seu professor som as suas opiniões.
Deixo aqui um testemunho, do meu enorme prazer, que a alguns minutos antes de sentar e redigir esta carta, me deparei com um ex aluno, ele me chamou para conversar e com muita satisfação de nos reencontrarmos, me agradeceu profundamente por todos os momentos que vivenciamos o ensino aprendizado aqui no colégio, este aluno estava muito feliz, pois já era estudante do seu curso de graduação que sonhava.
São esses pequenos detalhes, que muitas vezes, passam despercebidos, que faz valer a pena todo o meu esforço que se iniciou a alguns anos atrás na escolha de ser professor. Sem mais, desejo a você muita sabedoria e entusiasmo em sempre querer mais e melhor para a sua vida.
Um super abraço!
(Professor Cleiton – Física)
Queridos Estudantes dos 1º Anos K/L/M - Ensino Médio do Colégio Estadual Do Paraná
Estar na adolescência é um período de descobertas e transformações. Estar no Ensino Médio não é uma tarefa fácil, muitos são os desafios e dúvidas. E, estar no Ensino Médio no Colégio Estadual do Paraná, que uma Instituição tão tradicional, gera ainda muitas responsabilidades, expectativas e possibilidades.
Aproveite muito sua passagem pelo CEP, sugue ao máximo nós professores, faça amizades verdadeiras, amizades para o resto da vida.
Já te conheço um pouco. Sei de suas potencialidades e quais são alguns de seus projetos futuros, seus sonhos, medos e angústias.
Acredito que conseguirá transpor esses receios. Erros e acertos, alegrias e tristezas fazem parte do nosso amadurecimento, do nosso aprendizado de vida.
Faça o que gosta, o que te de prazer. Pode ser uma profissão que te de retorno financeiro ou não, não importa. O que importa é que seja Feliz. E que possa transmitir essa felicidade para todos ao seu redor.
Vá em frente, acredite em VOCÊ. Acredite que terá um futuro brilhante. Seja FELIZ.
Abraços!
(Professor Fabricio Kupczik - Educação Física)
As cartas, além de serem impressas e assinada pelos autores, foram expostas no encontro de Orientadores de Estudo na Universidade Federal do paraná no dia 22 de setembro de 2014 e também no mural do Colégio Estadual do Paraná, na sala dos professores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Caderno II, no qual foram discutidos os sentidos de ser jovem, do trabalho, da escola e da tecnologia, trouxe a possibilidade de novos olhares sobre os processos de ensino e aprendizagem que são realizados na escola.
Por meio das reflexões, pesquisas, leituras e debates que foram empreendidos, consolidaram-se as razões para realizar o Curso do Pacto, sendo este compreendido como um tipo de formação que atende às expectiativas dos participantes.
Apesar do número grande de atividades individuais, percebe-se um entusiamo ímpar nos professores e uma motivação que vai além do simples ato de fazer um curso para ter certificação ou bolsa auxílio.
Pela possibilidade de “pensar” o jovem estudante do Ensino Médio e suas peculiaridades, vontades, desejos e interesses tem sido um exercício de pleno crescimento profissional dos professores e um modo sensível de perceber esses estudantes.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Formação de Professores do Ensino Médio: Documento Orientador Preliminar. Brasília, 2014.
MUHLSTEDT, A. Reflexão e Ação – Caderno II. Curitiba, setembro 2014. Disponível em http://docentescep.blogspot.com.br/2014/08/reflexao-e-acao-caderno-ii.html. Acesso em 10 set. de 2014.
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