Reconstruindo o Ensino Médio

REFLEXÃO E AÇÃO
   1) Percebe-se uma grave problemática construída historicamente a partir do “esvaziamento “dos conteúdos programáticos para toda a classe trabalhadora que são impedidas por meio de subterfúgios ao ensino de qualidade para essas camadas e  às condições de emancipação econômica e o direito universal da participação da construção de uma sociedade igualitária. Hoje ainda isso acontece pelos mais variados fatores, cujas consequências tornam a população com altos índices de desigualdades, impossibilitando de corrigir distorções que foram construídas a partir de um controle seletivo das classes dominantes com objetivos claros que resultam na exclusão sócia econômica e política, exemplo disso: a retirada das disciplinas de Filosofia e Sociologia da grade curricular, as quais contribuem para as reflexões fundamentais da crítica social.
   Nós, professores desta área, temos os desafios que permanecem para a realidade brasileira:
A) Descolarização – Desconstruir políticas nocivas que davam privilégios aos interesses econômicos e não à sociedade.
B) Não dissociar o ensino técnico do médio - Implantar um curso de acordo com a realidade da comunidade, pois hoje quem oferece esta modalidade é a rede privada.
C) Estabelecer metas – Deixar claro no PPP (Projeto Político Pedagógico) qual a finalidade do nosso ensino se é para passar no vestibular, arrumar um bom emprego ou formação humana?
D) Empobrecimento dos Currículos – Que os professores e pedagogos estejam atentos para o que e para quem estamos ensinando, ou seja, estar sempre se reciclando, por exemplo: A questão que envolve o Oriente Médio.
E) O que é restritivo e proibitivo em relação às tecnologias – Ter consciência que o uso destas deve ser encarado como mais uma ferramenta. 
2) Observa-se no local de estudo de forma genérica, há ausência de hábitos saudáveis ao ambiente escolar tais como: leitura, estudos em grupos, produção de material que envolva o uso das tecnologias, ainda existe uma grande dificuldade no manuseio destas ferramentas, fruto de um intenso bombardeio de informações (midiáticas) contraditórias favorecendo a desconstrução da ação pedagógica e dificultando o desenvolvimento do pensamento crítico que objetiva a emancipação do sujeito em questão.
Entre os adolescentes está sendo uma maneira de tentar fazer com que eles fiquem dentro de casa o maior tempo possível, fazendo com que percam o senso crítico, social e político, e passa a discutir qual a cor mais bonita da sandália da “moda”, qual o carro mais veloz, qual creme deixa a pele mais bonita, que blusa te deixa mais forte, itens esses totalmente dominados pela poderosa indústria cultural. Os jovens mostram-se atentos à imagem que têm, não tratam a roupa e o corpo de uma forma ingênua e desavisada. Têm consciência de que esta pode permitir o trânsito pelos espaços que querem freqüentar, ou impedir a circulação. O jovem da atualidade não absorve um estilo por tradição, mas faz uma escolha de estilos. (CASTRO, 2001)

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