Embora tenhamos aumentado o número de alunos que adquirem o diploma de Ensino Médio no Brasil, e o número quantitativo de alunos que passam nos vestibulares cresceu consideravelmente, existe algo que vai à contramão destes resultados: a defasagem e o abandono dos discentes durante o ensino médio e o despreparo que este tem para a vida.
Alguns aspectos devem ser considerados para compreender tal resultado, eles são:
•Estrutura e organização familiar;
•Apatia e desinteresse pela educação formal;
• Atividade/Responsabilidade exercida precocemente; entre outras.
Não se pode afirmar, categoricamente, que esses resultados estão em ordens, ou que acontecem com todos os alunos mas, a maior parte dos nossos jovens enfrentam esses, e outros, dilemas durante o curso. A questão, então, é: como posso contribuir para melhorar esses resultados? Essa inquietação, faz-nos refletir e melhorar nossas ações enquanto docentes.
a) Estrutura e organização familiar: Com a correria do dia a dia, excesso de trabalho, prazos e metas para cumprir, jornadas de trabalho exaustivas, etc, tem-se cada vez mais perdido o contato e, principalmente, o diálogo com os pais – isso quando se tem! A busca desenfreada pelo “ter” tem colaborado para a disfunção do “ser”. E acabam tendo os piores reflexos nas salas de aulas, onde esses adolescentes estão inseridos como sociedade.
b) Apatia e desinteresse pela educação formal: Compreendendo a falta de estrutura familiar entendemos o seu comportamento, ou a falta dele, no ambiente escolar, e seus pensamentos a cerca das disciplinas, A televisão e a internet vendendo personagens que não estudaram e que 'apenas' tiveram grandes ideias e tornaram-se bem-sucedidos, iludem os nossos adolescentes, que acreditam que o mesmo poderá acontecer a eles (não estou aqui para tirar a esperança de ninguém).
c) Atividade/Responsabilidade exercida precocemente: Trabalhar enquanto se estuda, talvez, seria o menor de todos os males que poderia citar. O que me refiro aqui é gravidez indesejada. Ter uma nova vida para cuidar, quando não se cuida da própria, é assustadora! O que os fazem correr mesmo que sem direção.
Ao levantar esses questionamentos/tópicos não consigo encontrar solução para nenhuma delas. E, de fato, não é esse meu objetivo. Meu objetivo é dar minha parcela de contribuição para compreensão deste adolescente/aluno e modificar minha holística ao seu respeito; conseguindo ler as entrelinhas que permeiam suas vidas; e assim, podendo ser relevante em sua vida. Deixando de acreditar que minha aula é chata, desestimulante, ou com poucos recursos atrativos; e entendendo que é algo pessoal; dele com ele mesmo.