Ranços e paradigmas educacionais.

      As maiores vicissitudes da educação brasileira, principalmente, no Ensino Médio aqui em foco, são oriundos dessa formação histórica. Portanto, podemos notar esses problemas e suas ligações com o processo de formação histórico.

Mesmo com as várias tentativas de um estado laico, desde as medidas pombalinas ao governo Fernando Henrique, se pode notar influências de base religiosa jesuíticas.
O processo de formação federativa nos trás problemas burocráticos, de continuidade de trabalhos e de metodologias, isto por causa da secção administrativa da educação nos âmbitos municipal, estadual e federal.
E ao longo de toda a formação, a educação brasileira se mostra excludente e seletiva. Formada e feita por uma elite preocupada com a manutenção dessa sociedade em curso, dai notamos um processo de educação repleto de exames de admissão e vestibulares.
Este cunho aristocrático e seletivo, tanto sócio econômico quanto de gênero, se complica no quando a educação que era para uma elite de uma pequena parcela de uma população menor (anos 50 à 70), passa a ser para todos. Portando o crescimento de frequentadores do ensino público, aumentou geometricamente, na atualidade. O que ocasionou um colapso educacional, no atendimento de uma procura tão grande, gerando uma queda qualitativa.
Os ecos militaristas iniciados, principalmente, com a instauração da República são bem visíveis tanto no ponto arquitetônico que predominam, quanto no método de educação em massa. 
Outro importante impasse é a divisão muito drástica, epistemológica, em blocos de conhecimentos, as disciplinas, sem uma clara correlação entre estas, gerador de um alienação estudantil, haja visto, que fora da escola as diferentes ciências não se mostram divididas, mas sim, interligadas, como o mundo é.
A constantes tentativas de  direcionar os alunos para o  mercado de trabalho são muito presentes, assim como os problemas acarretados por isso como uma predestinação do ofício, que permanecesse,em muitas vezes elitista. A formação despreparada desses formandos para uma criticidade  social. E por fim o que consideramos um dos maiores paradoxos educacionais, que seria onde focar especificamente a educação do ensino médio.
Obviamente, sabemos que a educação/ escola não é algo separado da sociedade, pelo contrair é um reflexo ou microcosmos da mesma e deve ser encarada assim. Portando, muitos desses empasses não cabem exclusivamente à escola, mas são reflexos da sociedade ao redor. Por isso não conseguimos mensurar quão distante da sociedade tem que ser a educação, já que não podemos formar estudantes que se deparem, posteriormente, com uma sociedade de grande diferença com o que viram na sociedade escolar.
Mas não devemos formar homens comprometidos com a manutenção da sociedade. Como tem sido feito desde a República.