Projetos de vida, escola e trabalho

Atividade Reflexão e Ação
Caderno 2
Projetos de Vida, Escola e Trabalho
Professores: Albino Muller, Celso Scolari, Carmélia Roque Pacheco, Jania Scherer, Andriele Toller, Valdirene Hackbarth, Rene Duguai de Liz, Joelma  Luisa Schweig, Janete A L Silva Vial, Cristiana Menegazzo Canton, Nivaldo Amaral, Sirlene Scolari Pontes, Darci Baldo, Rosangela Aparecida Prestes, Maribel Colognese, Gema de Fátima Zambilo, Jose Luiz de Quadros.

Partindo do pressuposto de que é fundamental conhecer os  sujeitos/alunos que  fazem parte das nossas escolas, para melhor organizar o processo de ensino e aprendizagem, realizamos o trabalho de reflexão e ação  proposto no caderno dois do Pacto pelo Ensino Médio,  envolvendo  os alunos das terceiras séries do colégio, por serem alunos que já permaneceram na escola um número maior de anos e que estão próximos a ingressar numa universidade, curso profissionalizante ou no mundo do trabalho.
Para a coleta de dados foi solicitado aos alunos que escrevessem cartas. Foram instigados a relatar o que fazem, falar do presente, das dificuldades encontradas, do conhecimento que possuem do seu trabalho, como e em que condições ele é realizado. De seus projetos de vida futura. Questionamos, também, como os educadores podem contribuir como parceiros desses projetos.
Após a leitura das cartas pelos professores, as mesmas serão penduradas na arvore das possibilidades, organizada no mural da escola. Após uma semana as cartas serão retiradas e guardadas.
Foi agendado com os alunos envolvidos na atividade, um encontro para o próximo ano na escola, em agosto de 2015, onde cada um  irá relatar  suas expectativas e também , as dificuldades encontradas, se alcançou ou não os objetivos propostos, mudanças ocorridas no percurso, também será realizada roda de  conversa com os alunos das terceiras series, matriculados na escola. Ao final será servido um coquetel para todos como confraternização.
Durante a leitura das cartas percebemos que os jovens possuem muitas expectativas para o futuro, muitos tem conhecimento das dificuldades para alcançá-las, a maioria vê a escola e os professores como componentes indispensáveis  para conseguir seus objetivos.
Percebemos pelas colocações feitas, que os alunos trabalhadores, são muitas vezes, humilhados no trabalho e que isso repercute na sala de aula,onde qualquer coisa se torna motivo de agressão aos colegas,  professores e desestimulo ao estudo. 
Constatamos que os alunos do período noturno possuem uma maturidades maior nas colocações feitas, provavelmente seja por estarem  no mercado de trabalho, facilitando aos mesmos uma analise mais apurada  das dificuldades que terão que enfrentar para alcançar os objetivos almejados.
Como professores, após a leitura das cartas, concluímos que a escola pode e deve ajudá-los nessa travessia, percebemos que para isso  necessitamos romper com a visão tradicional de que o conhecimento  é uma transmissão de valores e informações incontestáveis, e desvinculados da realidade, precisamos  entender a educação  como   um processo de formação humana  e não apenas de instrução, a  escola como espaço interativo,e principalmente, conceber os jovens como sujeitos que possuem experiências culturais  que precisam ser ampliadas para a construção de sua identidade  Nos indagar sempre quem são esses jovens que estão na escola? Que espaço eles possuem na organização curricular? Suas contribuições são levadas a sério?
Aos professores, é importante também, aceitar-se como seres em constante aprendizado e transformação, modificar sua prática pedagógica e interagir com as construções sociais, históricas e culturais presentes no dia a dia do seu trabalho.