A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Centro de Ensino Médio GISNO-2014
“A educação é considerada um dos espaços centrais da esfera pública, compreendida como espaço social comum, no qual se busca a realização da plenitude da liberdade, da dignidade humana e da ação política democrática”. Nessa perspectiva, a LDB (1996), regulamentou a gestão democrática como um dos princípios fundamentais da educação, ao lado de outros seis princípios: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade e valorização dos profissionais de educação. É um processo de construção social, logo, requer a participação de diretores, pais, professores, alunos, funcionários e entidades representativas da comunidade local, onde o convívio democrático, a tomada de decisões e a sua implementação devem ser ações coletivas, respeitando-se as diferenças, exercitando-se sempre a pedagogia do diálogo no cotidiano da escola.
Esse processo de construção não se resume apenas na realização de reuniões. Depende da prática, implicando aprendizados da parte de todos os envolvidos, fortalecendo a própria gestão democrática. É nesse contexto que se reelabora o Projeto Político Pedagógico da escola. E aí vem o desafio, colocar em prática o que foi pensado e discutido coletivamente, e mais, o Projeto Político Pedagógico assim construído expressa a vontade de um coletivo escolar (ou da maioria de seus membros) e, na sua execução, esse coletivo deve assumir a responsabilidade de fazê-lo efetivo. O acompanhamento e avaliação desse Projeto por toda a comunidade escolar devem ser permanentes.
O Projeto Político Pedagógico da escola foi revisado em 2014, após discussão e montagem de um painel – “A Escola que Temos” – e “A Escola que Queremos”. Alunos, pais/responsáveis e professores opinaram e sugeriram ações para a melhoria da qualidade de ensino (A Escola que Queremos). Foi realizado, também, pela Supervisão e Apoio à Direção, e aplicado em sala de aula, um questionário/diagnóstico para levantar o perfil dos alunos e, então, traçar metas para a melhoria da aprendizagem. A partir daí, o PPP foi reelaborado, porém faltou, na minha opinião, mais discussões, apreciação de propostas, coletivamente. Falo como professora de Química, pois penso que participação, colegialidade e autonomia são princípios necessários para que esses Projetos coloquem-se como direção de ação.
É na sala de aula que o PPP se coloca “em ação” e nesse espaço, apesar da hierarquia ocupacional – professores e alunos – esse ambiente deve ser de respeito às diferenças e à cultura. O diálogo deve estar sempre presente, pois acredito que muito temos a aprender com eles. Ambos podemos crescer, com uma convivência saudável e cooperativa.
Temos outros espaços de aprendizagem além da sala de aula, no meu caso, a sala de aula e Laboratório. Procuro também levá-los ao laboratório de Química, laboratório de Informática , Biblioteca, Espaços livres da escola.
Penso que numa escola a construção de um currículo integrado exige que se façam propostas de trabalho coerentes com a participação de toda a comunidade para debater, esclarecer, e convencer de que tudo que foi planejado e proposto tem uma estrutura flexível em uma sociedade e em momento histórico.
A construção de um projeto pedagógico é um processo dinâmico e permanente, pois, a cada dia de aplicação, serão incluídas novas experiências ,capacidades e necessidades.Isso levará a diagnosticar, planejar,recomeçar,analisar e avaliar o que está trabalhado.Com essas mudanças , deseja-se um estudante capaz de colaborar,interagir,inovar e enfrentar diferentes situações.
Dionísia Maria Oliveira Lopes. Professora de Química do GISNO.
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