PRINCIPIO DA DIALETICA

COLÉGIO HASDRIBAL BELLEGARD – ENS. FUNDAMENTAL e MÉDIO
Prof. Jorge Vanderlei kirst – Especialização do Ensino e Metodologia da Arte
Ensino Fundamental e Médio
REFLEXÃO E AÇÃO GERAL REFERENTE AO CADERNO V
Uma Síntese se parte gerando uma nova Tese e uma nova Antítese...e/ou o Princípio da Dialética
Algo me fez lembrar do livro O Cálice e a Espada,  de Riane Eisler,   e muito interessante tanto quanto a origem das Espécies de Darwin.
Das sociedades ditas androcráticas, o que restou foram ruínas heróicas de conquistas projetadas para o futuro. Seria negligente dizer que nos despojamos de uma história de guerras e violência, mas ainda há de se desconstruir as relações de poder introjetadas na figura mítica do pai, amor condicional, ou na figura mítica da mãe, amor incondicional. Seguiríamos por Herman Hesse em a Arte de Amar, para simbolicamente pontuar o que se faz entender como polaridade positiva e polaridade negativa, numa mera posição no universo masculino e feminino, para se viver de forma mais pacífica e em comunhão mútua.
Antropologicamente o mito somente existe se existir concomitantemente o rito, ou seja, se o rito deixar de ser celebrado, a tendência do mito é sucumbir por si só. Equivocadamente se fala “sociedades primitivas”, entretanto, são justamente estas que preservam sua cultura e relações sociais, códigos de ética, necessidades básicas, e etc., quando em contra partida, as ditas civilizações demarcam incipientes processos e falsas verdades de democratização.
Ser uma sociedade primitiva é bem diferente de ser uma sociedade primitiva e paranóica e sem argumentos.
Uma citação de Proust no livro o Córidon, de André Gide, diz assim:
“Tenho medo dessa natureza tão uniforme...”.
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Evidências apontadas ao ensino médio por bloco no que se refere à sua extinção sob a alegação de que a evasão escolar não ter sido atendida, em instância de conter e suposta evasão e o ensino médio por bloco ter sido incompetente; a destituição da modalidade de ensino de seis disciplinas , e o retorno ao ensino regular seriado; a tal decisão da SEED-Pr. estaria numa “fala”  de que os educandos não estão sendo preparados para o ENEM; que o índice do IDEB está insatisfatório, etc.
Mas que ironia...A logística da SEED-Pr. não previu que as aquelas televisões cor de laranja de ponta de estoque precisariam de manutenção? Também não previu em relação aos Tablets com um sistema lento, software incipiente, célula queimada, e uma assistência técnica desqualificada? Enfim, é tão simples apontar a desestrutura no ensino escolar, porém é tão estúpido enfiar “garganta” abaixo dos professores toda espécie de “culpa”. Creio que  ninguém precisa ser taxado de incompetente, basta se “olhar na frente de um espelho”. E mais ainda, procurar culpados. Adianta um professor preparar uma aula com imagens de arte e chegar na sala de aula se sentir frustrado porque aquela “joça” de 5ª. categoria não funciona? Adianta fazer um arquivo em pendrive de imagens sobre a História da Arquitetura dentro de um projeto sobre a história evolução  dos materiais construtivos? Ah, sim, que visita no Museu Oscar Niemeyer não é cultura, é passeio? Que triste: “ – pérolas aos porcos!”  Percebe-se que há uma dicotomia: a evasão escolar vinculada somente ao ensino médio por bloco, no período matutino e noturno; e a não evasão no ensino médio regular seriado nestes mesmos períodos, e no ensino fundamental no período vespertino da escola.
Ora, a evasão escolar é uma história social gerada na precariedade de uma desestrutura incipiente e decadente.
Então como se pode alegar que o ensino médio por bloco esteja somente beneficiando ao professor e não ao aluno, se uma escola não oferta um ensino técnico justamente quando o aluno busca sua profissionalização? Francamente, qual estudante que vai permanecer numa escola se não encontra o que ele procura?
À propósito por que o MEC e o Sismedio investiriam num curso para o fortalecimento do ensino médio? Seria para uma geração futurista onde se possa sentir uma consciência de maturidade e resiliência escolar?
Mais interessante se torna a questão da autonomia da escola e/ou da falsa autonomia que se depara quando se incorre ao PPP, que ao se considerar um conteúdo irrelevante, por exemplo, que não fosse o elencado nas Diretrizes Curriculares; não há autonomia para se permitir o que é relevante ou irrelevante...
Para que serve para que serve o ensino médio?
Se existem as teses é porque concomitantemente existem as antíteses, para  que primeira e a segunda possam se fundir numa síntese, e dessa síntese se possam partir novas teses e antíteses...A dialética funciona num tempo e espaço de probabilidades, o que se materializa, ou se tenta numa vã utopia, já não o é; nem mesmo os elétrons que podem estar ou não mais estar no lugar que segundos estavam próximos ao núcleo do átomo. (J. Kirst, 2014).
Nossos encontros foram realizados em grupos de estudo, e enquanto coletivo creio que tivemos a grata satisfação para trocas de experiências, coleta de informações em sala de aula, debates, problematizações, e apresentações de trabalhos realizados.
Um Feliz Natal à Todos e Todas!