Cursistas: Everli Alves Andrioli Luciana Tavares de Miranda Marisa Celestino Marly Serafim Nádia Regina Teixeira Tatiane Ermelina Alves O ambiente escolar reflete os dilemas e os anseios da sociedade, sendo a sala de aula uma pequena amostra dos problemas sociais, econômicos e culturais de cada aluno e, apesar de todas essas contradições, cabe a escola formar indivíduos críticos, reflexivos e com autonomia necessária para observar e entender a cultura dos outros. Para Paulo Freire," o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, levá - las a entender suas situações de oprimidas e agir em favor da própria libertação". A região do Litoral Paranaense apresenta muitos problemas que não diferem de outras regiões brasileiras, e, tais levantamentos foram realizados em ambientes escolares que ofertam a Educação de Jovens e Adultos. O primeiro aspecto é a falta de recursos financeiros que não atende amplamente essa modalidade. Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a questão envolve dinheiro. A Educação Básica retém 64% , já o Ensino Médio 13%, essas diferenças refletem na educação. As escolas que ofertam a modalidade EJA, são geralmente de responsabilidade do município, que emprestam somente o espaço para o uso dos alunos, dessa forma, não cria - se um vínculo com a escola, pois não são usadas salas de informática, mobílias adequadas para a idade dos alunos, nas quais as carteiras existentes foram projetadas para atender alunos do Ensino Básico. No artigo "Ensino Médio no Brasil", da Revista Presença pedagógica: existem muitos problemas na infraestrutura das escolas, e, são evidenciadas pela falta de ambientes que apresente condições mínimas para a realização do processo de ensino - aprendizagem de qualidade. Essa falta de espaço também prejudica o preparo dos alimentos, pois com essa separação também de panelas, a merenda muitas vezes não é apropriada para os alunos trabalhadores. Falta de motivação para reconciliar o trabalho e o estudo, na qual muitos estudantes em seu período letivo apresentam - se cansados e desmotivados para sua aprendizagem. Outro aspecto a ressaltar é a defasagem educacional que muitos alunos se encontram retornando à sala de aula, estagnados no processo educacional, isto posto dá - se ao falta dos mesmos não terem oportunidades de complementar seus estudos dentro da faixa etária escolar. Um novo dado preocupante é a quantidade excessiva de alunos adolescentes que adentram na EJA, mesmo tendo oportunidade de concluir o Ensino Regular no tempo adequado, sendo a falta de compromisso pelos estudos o motivo de ingressar na Educação de Jovens e Adultos. Segundo a revista Nova Escola, na matéria "Por que jovens de 15 a 17 anos estão na EJA, quase 20% dos matriculados têm essa idade, sendo apresentados três grandes questões sociais". O primeiro diz respeito a vulnerabilidade que os jovens possuem, como a situação da pobreza, a drogadição e a exploração sexual. A segunda razão é o trabalho, muitas famílias dependem do dinheiro do jovem para compor a renda familiar, e, por último, não menos importante é a gravidez precoce, que prejudica a vida escolar de muitas meninas adolescentes. No caso de Paranaguá, a EJA atende alunos que moram e trabalham no lixão, sendo todos esses problemas citados são potencializados, onde encontram -se muitos alunas com muitos filhos e, só tem o recolhimento de lixo reciclável como o único rendimento. A escola para eles, é ponto de partida nas suas vidas, é o local onde fazem suas refeições e vão trabalhar, pois o lixão abre para essas pessoas depois das vinte duas horas, seu centro de sociabilização, pois não existem nas mediações locais para práticas culturais. As ações para melhorar esses impactos negativos são de responsabilidade das políticas públicas, como: o uso adequado do dinheiro público, controlando o uso e os caminhos que esses recursos fazem; usar essas verbas somente para a Educação, atitudes que muitas prefeituras não fazem. Além de investimentos na rede física, ampliação de recursos materiais e formação profissional, a melhoria requer ações governamentais voltadas para especifidades dessa etapa. A escola é um organismo vivo, alimentado pela energia que circula dentro e em torno dela. A escola nunca morrerá, nunca se tornara ultrapassada se todos aqueles que se alimentam permanecerem interligados, dispostos a trabalhar em cooperação e conectados à realidade externa, prontos para enfrentar os desafios que se apresentam ao longo da história ( Minas Gerais, 2004,p.7). Todos esses desafios os profissionais da educação sentem e utilizam meios para amenizar esses problemas enfrentados no ato de educar, falta os governantes terem reponsabilidade de olhar à educação como um único meio de desenvolver a nação, sem rodeios, sem discursos utópicos. A educação exige meios concretos para se desenvolver, não pode ser tratada como um simples processo de ler e escrever. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Disponível em:http://2junky.com/video/4339404/revista-educacao-os-problemas-do-ensino-medio.html: Acesso em: 18 de abril de 2015. Disponível:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/ensino+medio+a+pior+etapa+da+educacao+do+brasil/n1238031482488.html: Acesso em: 18 de abril de 2015.