PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO : CADERNO I - ETAPAII

COLÉGIO ESTADUAL MONSENHOR GUILHERME - FOZ DO IGUAÇU

INTEGRANTES:

Gislaine Aparecida Poli

Jeancarlo Brezolin

Josane Mafioletti Veronese

José Augusto de Mello

Ledir Kreuzberg Marcelino

Mario Celso de Souza

Vagner da Silva Costa (UNIOESTE)

Elizabeth Lopes dos Santos (UNIOESTE)

Maria Ingrid Britz Guder

1. A formação humana integral: a articulação entre os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano e a Organização do Trabalho Pedagógico

A questão da diversidade é ampla e com isso é inegável mudanças nos aspectos metodológicos para chegar a uma decisão ou resolução que ampara a lei. A sociedade voltada as condições monopolistas acabam tendo uma ideologia hipócrita a essa realidade que perpassam nos dias de hoje. Mesmo sendo amparadas e decididas por lei, essas decisões já estão decididas. No PPP da escola tem que ser adaptado a essas modificações que o mundo está passando. A sociedade tem que ter a consciência que essa mudança é atual.
A educação sendo  procedimento voltado para o incremento humano integral, envolvendo a concepção de qualidades humanas num determinado argumento de relações sociais. É um instrumento causador de contínuas transformações tanto no sentido histórico quanto no de ampliação da individualidade. É a base para a conquista da autonomia e fator de mudança econômica, social e política. É o componente de coerência social, e captação do anseio de cidadania.
A diversidade e a pluralidade ainda constituem um grande desafio dentro da estrutura escolar, pois tanto a parte física como a pedagógica não estão adaptadas para este momento. Nessa visão de educação, a intenção é educar para a  cidadania e ser capazes de avaliar, incluir e interferir na realidade, visando o conforto do estudante, no plano individual  e na coletividade. Esse método deve ampliar a capacidade criadora, o espírito decisivo, a habilidade para analisar e sintetizar o autoconhecimento, a autonomia e a responsabilidade, tornando provável a concepção de um homem com capacidades e costumes para colocar-se a serviço do bem comum, com coração solidário, com desejo pelo conhecimento, e preparado a conhecer e desenvolver a disposição afetuosa, em uma visão inovadora. “A educação escolar constitui-se num sistema de instrução e ensino com propósitos intencionais, práticas sistematizadas e alto grau de organização, ligado intimamente às demais práticas sociais.” (Libâneo, 1994). Desta forma o trabalho pedagógico terá que adaptarem-se as necessidades fisiológicas e humanas para atender a amplitude das diversidades. Nessa perspectiva houve conscientização de mudanças no olhar educacional. As adaptações para a acessibilidade devem ser reais para lidar com a adversidade na escola, observando a realidade de cada estabelecimento.
A escola como educação escolar estabelece uma mostra particular da metodologia educativa integral, com intenções e elementos de ação cuidados pelo ensino-aprendizagem, mostra como lócus os problemas devem e precisam ser resolvidos imediatamente nas escolas, esses problemas é o de acessibilidade, onde algumas já fizeram adaptações necessárias. Com verbas federais foi feito rampas, banheiro adaptado, matérias pedagógicos, bebedouro e mobílias. As estâncias colegiadas colaboraram com idéias para as adaptações de acordo com as necessidades e as verbas disponibilizadas.
O processo ensino-aprendizagem, como refere Libâneo (1994), é fundamentalmente um trabalho pedagógico em que se conjugam  fatores que atuam na formação humana, através de objetivos/ conteúdos/ métodos e formas de organização propostos pela escola e pelos professores, e fatores como condições físicas, psíquicas e sócio-culturais dos alunos.

2. Valorização e interpretação do planejamento participativo: Projeto Político-Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Regimento Escolar e Estatuto(s) como mediações para a Organização do Trabalho Pedagógico Escolar

PROBLEMA
(O que precisa ser mudado) IMPACTOS NEGATIVOS
(Do problema) AÇÕES
(para resolver o problema)
01- Indisciplina
Dificuldade do ensino aprendizagem. Projetos esportivos;
Efetivação de diálogos entre gestores, docentes, discentes e funcionários.

02- Estruturas inadequadas Dificuldade na efetivação das atividades aplicadas. Rever as ações propostas pelo PPP;
Repensar as ações filosóficas. (ideológicas)

03- Invisibilidades para execução de aulas práticas Falta de aproximação entre a teoria e a prática. Criar parcerias com instituições ou órgãos nas mais diversas áreas.
04- Poucas aulas por disciplina nas turmas. Tempo insuficiente; ou reduzido para desenvolver as atividades. Aumento de aulas por disciplinas nas turmas. ( tempo integral )
05- Ineficiência na execução da interdisciplinaridade. Dificuldade em se alcançar o objetivo. Execução da interdisciplinaridade.
06- Autonomia As leis delimitam muito e não permitem que realmente as escolas sejam “autônomo” exemplo: as verbas. Deixar as escolas responsáveis pelos gastos, conforme sua necessidade.

07- Participações de Pais Não acontece na semana pedagógica, nas confecções de documentos. Trazer os pais que estão inseridos no Conselho Escolar a participarem efetivamente do PPP.

08- Divulgação do PPP final. Não temos o PPP finalizado de fácil acesso, sempre tem que procurar e tal. Promover de forma expositiva no mural, impresso e digitalizada para cada professor destacando os itens principais para que todos tenham conhecimento mais efetivo
09- Projetos Projetos que dificultam trabalhar o conteúdo em sala de aula. Formular projetos que motivem os alunos na semana Pedagógica, deixar decidido os coordenadores e colaboradores, pois sobrecarregam alguns e outros não fazem nada em nenhum projeto.
10-Conselho de Classe Péssimo, acredito que devem pedir a opinião dos professores referente à  que abordar no conselho, pois tentam fazer um diagnóstico geral que não é bom.  Entrar em consenso no que abordar no conselho. Marcar data com antecedência consultar os professores antes, pois não está sendo eficaz do jeito com que vem sendo feito.
11 – Estruturas prediais Aulas de Educação Física não podem ser realizadas em quadra (parte prática) quando o tempo é chuvoso. Projetos elaborados, aguardando resposta do Governo.
12 – Aberturas de turmas Lista de alunos em espera. Sem solução.
13 –Fechamentos de turmas (Governo que determinou) Diminuição do padrão da escola, salas superlotadas (assim diminuiu funcionários, direção auxiliar). Sem solução.
14 – Comunidade escolar heterogênea em sala de aula. Divisão provocada pelos alunos, níveis de aprendizagem diferenciada. Tentando solução. Diálogo com os alunos.

3. A formação continuada na escola: o papel do gestor escolar e do coordenador pedagógico na reconfiguração da hora-atividade - espaço de elaboração, interpretação e avaliação coletiva do Plano de Trabalho Docente.

Perante o gestor e a coordenação pedagógica aborda se que a instituição segue em seu projeto político pedagógico os preceitos estabelecidos na LDB/1996 e busca realizar a gestão centrada na democracia conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, num regime de colaboração na organização dos sistemas de ensino, onde cada componente da comunidade escolar e os órgãos colegiados devem assumir seu papel na dimensão da gestão.
Assim a matriz orientadora é a Gestão Democrática que busca a participação política da comunidade escolar, sendo a coletividade capaz de dimensionar os problemas existentes na estrutura física e pedagógica na educação e aprendizagem dessa instituição de ensino. Assim propor soluções conjuntas da problemática, possibilitando cobranças conjuntas e trabalho coletivo na melhoria da gestão educacional da instituição. Ressaltando nessa dialética que a equipe de direção e a equipe pedagógica estão à frente desse processo, dando abertura na organização e possibilitando estímulos à participação da comunidade em situações decisórias na tarefa de gestão.
No decorrer das articulações gestoras e a composição do(Projeto Político Pedagógico), presente na instituição onde a coordenação pedagógica busca colaborar em todos os âmbitos tanto nos quesitos pedagógicos quanto nos administrativos junto a direção e os colegiados dessa instituição que são, a Associação de Pais e Mestres (APMF), e o Conselho de Classe, onde  a APMF colaborar organizando parcerias para arrecadamento de fundos e administra os recursos por meio de convênios efetivados e legalizados. Esse colegiado eleito pela comunidade escolar tendo na sua composição, pais, professores e funcionários, tendo um estatuto próprio num período de mandato. O colegiado Conselho de Classe é composto por todos os professores, pedagogos e direção, onde se verifica se estão sendo cumpridos os objetivos, os conteúdos, encaminhamentos metodológicos e avaliativos de acordo com as propostas estabelecidas no PPP (Projeto Político Pedagógico). Nesse momento de forma coletiva se discutem as possíveis alternativas capazes de sanar as dificuldades apontadas no processo de ensino aprendizagem fazendo valer a participação coletiva da comunidade escolar.
Portanto as atuações do gestor e da equipe pedagógica dessa instituição também buscam atuar junto aos professores coordenando as reelaborações dos planejamentos, orientando os planos de ensino e assegurando que o cumprimento do Regime Escolar seja aplicado de acordo com as diretrizes da LDB e SEED, além de acompanhar o processo de ensino aprendizagem desenvolvido dentro da sala de aula e encaminhamentos dos educando com dificuldades para os serviços especializados.
No cumprimento das suas competências a equipe pedagógica e o gestor devem gerenciar o sistema de ensino da instituição buscando condições mais adequadas para a formação dos educando. E para isso precisa conhecer o contexto sócio-político e cultural da sua comunidade escolar. Assim tanto o gestor como a equipe pedagógica necessitam estimular e avaliar a competência técnico-pedagógica da sua equipe para garantir um processo de ensino aprendizagem de qualidade.No decorrer educacional que está acompanhado das mudanças sociais os papéis da direção e do Pedagogo na gestão escolar devem buscar estabelecer um espaço democrático com a participação de todos na construção do PPP possibilitando abertura à participação na discussão da comunidade escolar, no planejamento de gestão, agindo nas decisões de ações que envolvam a escola pública de qualidade, tendo a função de articulador do trabalho coletivo, devendo mediar às relações entre a comunidade escolar, tendo em suas mãos o comando da elaboração do PPP institucional.
Quanto ao ensino do Ensino Médio, a hora atividade e o conselho de classe observam se que quanto é executado a gestão democrática proposta acima os professores e a equipe institucional não medem esforços na busca de soluções, fazendo sim uso da hora atividade para discussões das problemáticas surgidas e conselhos de classes visando não só abordar notas, repetências, aprovar ou reprovar, mas o que fazer para mudar essa realidade? É claro que para isso necessitamos do ponto inicial, dados como: parcial de notas, desistências, reprovação e alunos fora da faixa etária presente na nossa instituição de ensino no decorrer do ano letivo.
Ressaltando que vivemos numa sociedade capitalista em que professores e pedagogos às vezes acumulam função para garantir sua subsistência e ao mesmo tempo devem estar mais do que preparados para exercerem sua função de maneira democrática. Ganhamos na LDB, algumas garantias no que se refere às condições para a organização da educação para uma transformação na forma de vida imposta pelo neoliberalismo. Porém estamos cientes que houve uma distorção no que tange a compreensão de gestão democrática, onde a sociedade civil é responsabilizada pela educação e o governo que deveria ofertar e manter o ensino público fica fora das responsabilidades, agindo apenas na implementação dos padrões de organização e funcionamento da educação.