PACTO DO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO – Segunda fase CADENO I

PACTO DO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO – Segunda fase
CADENO I – Abril/2015
Col. Est. Angelo Antonio Benedet – Santa Terezinha de Itaipu/Pr
Núcleo Regional de Foz do Iguaçu/Pr.
Nosso PPP é ferramenta de interferência na realidade do dia a dia da escola que visa constituir o trabalho pedagógico através da participação de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (professores, coordenadores pedagógicos, equipe de apoio: agente educacional I e II, alunos, comunidade). O diagnóstico constante do PPP é necessário, uma vez que todo ano mudam-se parte dos agentes desse processo, por isso é indispensável o estudo da realidade e do cotidiano escolar, mesmo que as mudanças sejam acanhadas deverão ser ininterruptas, fortalecendo a constituição do documento institucional.  De acordo com estas reflexões podemos esboçar uma ponderação em torno dos processos e, fragilidades apresentadas na realidade da nossa escola.
Para que possamos concretizar esta analise questionamos os aluno do ensino médio noturno do COLEGIO ESTADUAL ANGELO ANTONIO BENEDET, que foram informados sobre a valor da participação nos órgãos colegiados: Conselho de Classe, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.
Todo esse grupo participou ativamente elencando alguns problemas que precisam ser resolvidos na escola e como seria a participação do representante de cada sala no conselho de classe. Algumas sugestões foram elencadas pelo grupo:
• O representante de sala necessitará defender a ética, atentando da postura, do palavreado e vocabulário empregado;
• Com antecedência serão elencados problemas e possíveis propostas que serão levados pelos representante ao conselho de classe e posteriormente ao conselho escolar;
• Montagem de um mural, que relacione a prioridade de possíveis reclamações e sugestões.
• Efetivação do grêmio estudantil para representação dos alunos perante a comunidade;

Após levantadas as sugestões  dos alunos a respeito da melhoria do ensino, segundo seus olhares, e da qualidade de convivência entre todos os envolvidos da comunidade escolar. Dentre todos os assunto abordados as principais dificuldades elencadas pelo grupo foram:
• Adiantar de aulas-  nas poucas e possíveis faltas de professor, as aulas são adiantadas eles acabam perdendo, pois o professor que adiantou as aulas atende duas turmas ao mesmo tempo (horário das aulas simultâneas);
•  Caso o profissional tenha que faltar procurar avisar antecipadamente (método já empregado pela escola);
•  Aulas preparatórias para o ENEM. (Aulas especificas, simulados, etc.);
•  Avaliação institucional ao final de cada semestre (elaborar um questionário objetivo e de questões aberta para que os alunos avalie o desenvolvimento do semestre bem como opinar sobre as soluções tomadas durante o mesmo);
Ao mesmo tempo após apontar os problemas também foi sugerido algumas soluções
•  Sensibilizar os estudantes que estão ingressando no ensino médio para que realizem os simulados, pois os mesmos já estão cursando o último ciclo do ensino obrigatório, alertando-os dos possíveis ingressos no ensino superior (vestibular, ENEM, etc.);
•  Foi proposto que caso o profissional falte, outro deverá, se possível substituí-lo para que posteriormente essa aula seja reposta em outra ocasião, e evitar ao máximo adiantar as aulas ou o mesmo profissional atender a duas salas simultaneamente.
•  Elaboração e aplicação de simulados ao final de cada bimestre e ou semestre ( poderá ser combinado com os envolvidos como sendo a recuperação de conteúdo);
•  Os professores deveriam aplicar exercícios avaliativos para que os educandos pudessem avaliar seu desempenho, depois desses exercícios aplicados retomarem as principais dificuldades sanando-as. (já ocorre na maioria das disciplinas, talvez falte informar aos educandos como e quando esta ocorrendo);
•  A avaliação institucional é necessária para repensar nos métodos aplicados e em novos modelos a serem implantados, bem como a pratica pedagógica de cada profissional. Uma vez que nosso Ensino Médio e dito INOVADOR;

Após analise dessas intenções, é preciso destacar que o Projeto Político Pedagógico supera a dimensão pedagógica, juntando também a gestão financeira e administrativa, ou seja, os recursos indispensáveis à sua prática e as formas de gerenciamento. Em suma: construir o PPP, de forma participativa, significa enfrentar o desafio da modificação plena da escola, tanto na estatura pedagógica, administrativa, como na sua dimensão política.
Com a diretriz Curricular Nacional e Estadual junto ao Projeto Político Pedagógico que são a base para o PTD do professor, deve-se observa atentamente a diversidade de sujeitos que compõe a sala de aula e sua individualidade respeitando a diversidade cultural, religiosa e sexual no espaço escolar, para o ensino pedagógico na perspectiva do sujeito e a formação integral de cada indivíduo agregando e respeitando as várias características que podem existir.
A necessidade do PPP ser construído coletivamente junto a comunidade, o grêmio estudantil, funcionários e professores para diminuir o pré conceito juntos, sendo uma socialização tanto na área da informática, sexualidade, religiosidade e familiar, sendo de importantíssimo saber a formação integral do educando e com isto, a concepção de família restrita a laços consanguíneos e matrimoniais passo por alterações, tanto na sua constituição como no seu reconhecimento jurídico. Com essa reflexão, o núcleo famíliar constitui um espaço de humanização em que se estabelece um relacionamento entre pessoas com valores e organização específicos, e são construídos vínculos afetivos, de proteção e de responsabilidade, essenciais ao desenvolvimento humano em condições dignas e de respeito aos direitos humanos.
Essa dualidade estrutural do Ensino Médio historicamente construiu diferentes politicas educacionais que refletiram dois perfis de formação de professor, um destinado à educação geral e outro a educação profissional, esta dualidade do Ensino Médio atingiu professores e estudantes nos aspectos formativos e profissionais como uma resposta as demandas do contexto econômico que por sua vez distribuiu os estudantes em dois grupos distintos, um desses grupos, o maior direcionado a atender a necessidade de mão de obra e o outro muito seletivo formado para corresponder aos cargos intermediários e dirigentes da sociedade brasileira.
O Ensino Médio deve ser igualitário e integral no que diz a formação do individuo.

Segundo a temática abordada nesse primeiro caderno sobre as reflexões podemos vincular a nossa realidade escolar. Nossa escola está situada em um bairro de classe pobre, com padrão de vida baixo, nossos alunos muitos são trabalhadores, precisam auxiliar no sustento da família, uma vez também sujeitados a todo tipo de exploração, violência e problemas sociais. Nossos alunos são em sua maioria carentes em situação econômica, carentes de estruturação familiar, carentes de afetos e principalmente carentes de expectativa de vida.
Sendo desta forma, o nosso público alvo. Precisamos resgatar o interesse e a motivação pela educação e pelo saber. A proposta de reformulação e restruturação do ensino médio vai ao encontro de nossas necessidades, uma vez que precisamos manter o interesse dos nossos alunos a permanecer na escola, visando um rendimento significativo e satisfatório em educação de qualidade. Essas mudanças são bem apropriadas ao ensino médio, que pede uma mudança, as disciplinas totalmente desvinculadas como é trabalhada atualmente, não parece ter sentido amplo aos alunos, que veem como conteúdos falhos e insignificantes. A escola tem por dever transmitir todos os saberes e inclusive preparar os alunos para o trabalho, da maneira como é a nossa proposta atual isso não é permitido.
Seguindo as mesmas ideias das novas propostas, precisamos de certa forma, universalizar nossos temas, traze-los para a realidade de cada educando, de cada necessidade da nossa escola. Nesse contexto da diversidade cultural da nação brasileira, de especificidades da nossa escola na perspectiva de uma proposta de formação humana integral e de garantia do acesso à educação e ao direito à aprendizagem, significativa, com a organização do trabalho pedagógico  que deve ser efetivados em sua totalidade.

Os problemas relatados nas atas dos conselhos de classe, geralmente são os mesmos, falta de interesse pela disciplina, dificuldade de aprendizagem, ausência da participação dos responsáveis nas atividades escolares e pedagógicas,  sem contar os problemas sociais enfrentados pelo aluno.
Muitas vezes os problemas trazidos pelo aluno de fora da escola afetam o seu aprendizado. A falta de perspectiva pelo futuro também é um fator determinante na sua vida escolar.
Em alguns casos decide-se  em conselho chamar o aluno para uma conversa propondo a ele algumas modificações em seu comportamento em busca de melhorar seu rendimento escolar.  Fica determinado na maioria das vezes que não vai ser tratado a vida particular do aluno, mas entende- se também que seu comportamento dentro da escola esta intimamente ligado a sua vida particular, para ao aluno fica difícil fazer este desmembramento e isto acaba afetando seu desenvolvimento escolar( aprendizagem e comportamento).
Em última instância faz-se então a análise do  desenvolvimento pedagógico do aluno, se o mesmo tem ou não condição para acompanhar a  série seguinte, , os professores expõe seus pareceres e chegam a um consenso final.