Desejamos uma escola com gente de verdade e a proposta é talvez começarmos novamente, cooperação deve ser a palavra chave “um por todos, todos por um”.
É com essa reflexão que propomos pensarmos na escola brasileira, palco de contradições sociais e políticas, porem em transformação.
A LDB, de 1988, representou um dos marcos principais das ações no campo educacional.
Atualmente o plano nacional de educação coma as 20 metas e as DCNEM buscam nortear e efetivar a universalização do direito a educação.
Efetivar ações curriculares, dispostas a lidar com uma escola que possua gente de verdade que tem suas vivencias e expectativas que estão inseridos em realidades diferentes e complexas é a propostas das DCNEM, com uma formação humana e integral que se associa a uma concepção pedagógica valorizadora das vivencias, dos saberes dos estudantes e de suas expectativas.
Então percebemos o quanto os componentes curriculares da área das ciências humanas, podem e devem contribuir para esse processo na intenção de qualificar essa universalização do ensino.
Dentro da proposta das ciências humanas busca se usar da teoria ( conhecimento cientifico) para entender a realidade e nessa perspectiva de maneira interdisciplinar, a partir das vivencias e experiências, realizar uma compreensão de mundo para o exercício da cidadania.
As DCNEM focam na necessidade de uma “reinvenção” da escola num sentido de garantir o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação étnica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
A organização curricular em área do conhecimento, proposta no momento, pressupõe planejamento em equipe.
A história, a geografia, a filosofia e a sociologia, cada uma a sua maneira tem muito a dizer ao realizarem a reflexão crítica, compreensiva e dialógica sobre as vidas que os sujeitos humanos experênciaram em diversas temporalidades e espacialidades.
Com isso o conjunto dos componentes curriculares das áreas de ciências humanas podem interagir entre si e com as demais áreas de conhecimento.
Para a geografia faz se necessário a compreensão do espaço geográfico concretizado nas relações entre natureza e sociedade. A complexidade do espaço geográfico em diferentes escalas geográficas, requer interdisciplinaridade para que haja interpretação da realidade.
A filosofia como componente curricular do ensino médio, deve oportunizar aos jovens estudantes experiências de pensamento conceitual, no qual possam interpretar e criticar as diferentes manifestações humanas. Os desafios são apresentados nas sociedades pós modernas fazem da filosofia uma importante aliada para resistir à desmobilização da reflexão, da compreensão e da crítica. Assim cabe a filosofia integrar-se aos demais componentes das ciências humanas e criar condições para que o estudante aprofunde o conhecimento de si, do outro e do seu contexto cultural.
Nos espaços escolares da educação básica, em especial no ensino médio a reflexão sociológica deve ser feita mediante aprendizado da contextualização, problematização e pesquisa.
No que diz respeito ao ensino de história, vale lembrar que o ato de contar e ouvir histórias são uns dos mais antigos desde que os seres humanos adquiriram a linguagem oral. O fato da história pertencer à área das ciências humanas não exclui ou minimiza sua inter-relação com outras áreas, pois todos os conhecimentos possui a sua história.
Nesse sentido, os saberes, conhecimentos, vivencias e experiências dos estudantes em seus ambientes socioculturais, devem ser utilizados para promover a reflexão a respeito das identidades, das crenças, das atitudes e das visões de mundo.