Colégio Estadual Conselheiro Zacarias – EFM e EJA
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Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – 2015
Professores participantes:
Alexandra Sigora da Silva
Daniele Moraes Janhaki
Edson José Veiga da Silva
Fernanda Prado
Inez Amorim
Lisete Lourenço
Loara Borato Xavier
Paulo Soares de Souza
Raquel Angela Arpini
Saly Christine Santa Barbara
Tania Maria dos Santos
Reflexão e ação – Etapa II Caderno III – Página 41.
“Ostentação e o capitalismo”
Ao compreender a necessidade de fixar relações entre o conhecimento escolar e o conhecimento trazido pelos estudantes, é verificada a importância de mediar e estabelecer significados entre os conhecimentos científicos, escolares e cotidianos. Tal mediação permite ao professor contextualizar o sentido da aula, problematizando a realidade por meio dos momentos pedagógicos.
É percebível desta forma que o mundo científico está mais do que presente em nossa realidade, pois a vivemos. Ao trabalhar a influência do sistema capitalista em nossas vidas verificamos a presença deste sistema econômico em um mundo globalizado, atuando em atividades simples como o lazer, profissões e pensamentos. Ao investigar a temática supracitada conforme um estudo de realidade é conferido a incorporação do sistema econômico capitalista em situações corriqueiras evidenciadas em respostas dadas as seguintes questões – De quem eu gosto? Quem é do meu grupo? Quem me agrada e quem me desagrada? Por quais motivos?
Esta problematização inicial feita a adolescentes do ensino médio, na faixa etária entre 16 a 20 anos, rende muitos assuntos e fofocas onde o sistema capitalista esta não apenas no pano de fundo da temática e sim presente em nossos pensamentos. Ao elaborar simples questionamentos sobre assuntos do cotidiano, estuda se a realidade e concepções do jovem contemporâneo. Normalmente a população pertencente a esta faixa etária, têm preferências por pessoas da mesma idade, etnia e principalmente ESTILO. Os seguintes comentários foram escutados conforme a problematização exposta:
“Jamais me relacionaria com aquele menino que, por mais lindo que seja, usa um tênis falsificado da Nike! Isto é mais que ridículo!”
“A menina até que era bonita, mas usava uma camiseta falsificada, pior de tudo era que ela se achava demais, pagando de ostentação sem poder”.
Atribuições como “ridículos, ostentando aquilo que não têm, eu prefiro ignorar gente assim” são julgamentos mais presentes dentro de um grupo de adolescente em relação a outros quando estes possuem estilos ou aparência diferente do agrado deles. E quando questionados sobre tamanha importância dada à aparência/estilo das pessoas a resposta é algo parecido com “isto é mais do que óbvio”, ou seja, nossos jovens classificam as pessoas conforme a sua aparência física, valorizam muito o TER e descartam quase que totalmente valores como SER, ESSÊNCIA e CARÁTER.
Assim é permitida, a organização do conhecimento, em um momento pedagógico onde o professor/mediador apresenta os conhecimentos científicos escolares referentes à abordagem do conteúdo programático, neste caso, componentes curriculares sobre assuntos relacionados ao mundo globalizado de forma interdisciplinar. Além de um resgate histórico sobre a ideia de globalização e capitalismo, que é apresentado hoje exatamente numa forma de padronização da economia, política e da cultura dos grupos e populações. Questionamentos simples como a língua inglesa que faz parte da nossa grade de estudos até mesmo as notícias mais presentes nos jornais impressos e televisivos. Muitos conceitos referentes ao conteúdo programático fazem parte sim do nosso cotidiano, então por que não questioná-los? Comentá-los e trocar informações. Assim moldamos os nossos jovens a pensar aos poucos em nossos hábitos e costumes, criando momentos reflexíveis e debate-los naturalmente e não apenas nas aulas de história, geografia, artes, português etc. Ao analisar a problematização inicial, busca se respostas e argumentos que deem conta da sua própria compreensão. Através desta atuação pode se via pesquisa orientada em sala de aula, realizar leituras de revistas, análise de dados estatísticos de institutos ou órgãos federais como o IBGE/ IPARDES etc. Fundamenta se assim a importância de dados concretos sobre uma temática de está presente em nosso dia a dia o que propicia uma melhor elaboração de argumentação e exposição de ideias.
Tais questionamentos trazem discussões e afins, relacionados á aplicação do conhecimento por meio de argumentos elaborados que podem ser organizados e publicizados, que além de um ponto de partida para análise da problematização inicial serve para a elaboração de novos questionamentos. A situação além de mostrar uma ampliação de uma temática, ela possibilita à realização de novas abordagens mais complexas de situações não vivenciam cotidianamente.