Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto
Paula Francieli Gonçalves da Silva Santetti
Marcio Prigoli Santetti
Marisa Lurdes Cherini
Silvano Matucheski
Vander Fábio Silveira
REFLEXÃO E AÇÃO - TEMÁTICA: Os sujeitos estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na área de Ciências da Natureza (adaptação da p. 21, caderno 3)
As Diretrizes Curriculares Estaduais, das ciências da Natureza destacam nos Encaminhamentos Metodológicos a partir da perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica como os processos pedagógicos devem ser encaminhados pelos docentes.
Na área da Biologia,aponta que o ensino dos conteúdos necessita apoiar-se no seguinte processo:
• a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;
• a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento;
• a instrumentalizaçãoconsiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem;
• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;
• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção. (DCE Biologia, 2008, p. 63-64).
Na área de Física, a DCE explicita que o processo ensino-aprendizagem:
Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim,
• O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
• A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos,proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar;
• Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático. (DCE Fisica, 2008, p. 56).
E na área de Química destacam-se os seguintes aspectos:
Os professores de Química devem se utilizar dos modelos (p. 65) para explicar determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual modelo utilizar e o porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola. Igualmente importante é o docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais adequado no estudo da Química desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na provisoriedade e na limitação dessas representações. Esse encaminhamento permite aos alunos compreender o significado dos modelos na ciência e que as elaborações científicas não devem ser tomadas como verdades imutáveis e definitivas.
Assim, abordar os modelos na escola vai além do simples estudo de datas e nomes. Exige que os docentes possuam conhecimentos epistemológicos a respeito do que sejam os modelos, sua função na ciência, seus objetivos, suas limitações, e em que contexto histórico foram elaborados. Isso implica num estudo da natureza da ciência, sua dinâmica e seus princípios constitutivos, além de considerar os conhecimentos a respeito de como os alunos propõem seus modelos mentais na explicação dos fenômenos. (DCE Química, 2008, p. 66)
A partir da leitura, da exposição dos docentes das áreas das Ciências da Natureza e das questões levantadas pelos alunos que entrevistaram, registrem no quadro abaixo as proposições que consideram relevantes para melhorar o processo ensino-aprendizagem dos alunos do CEEP, pensando na proposta de uma educação politécnica: que atenda a formação integral dos sujeitos do ensino médio, ou seja, uma formação intelectual, física e tecnológica.
Disciplina
Biologia
Física
Química COMO OS DOCENTES AVALIARAM AS ÁREAS NAS PRÁTICAS DO CEEP?
-Falta de formação na área;
-Ampliação da carga horária;
-Defasagem de conteúdos básicos por parte dos alunos; DESTACAR QUESTÕES LEVANTADAS PELOS ALUNOS PESQUISADOS
-Dificuldade de relacionar o conteúdo com a prática;
-Dificuldade de relacionar o conteúdo com as outras disciplinas;
-Não consegue relacionar os conteúdos científicos com a prática cotidiana. COMO SUPERAR AS DIFICULDADES RELATADAS NAS QUESTÕES DOS DOCENTES E ALUNOS?
-Desenvolvimento de aulas práticas para a compreensão da teoria e sua aplicabilidade;
-Projetos complementares multidisciplinares;
-Visitas técnicas voltadas as áreas e seus diversos conteúdos