Nossos alunos, as pessoas que alicerçam nossa vida profissional, são o retrato da diversidade social humana da qual somos, nós educadores, também, parte integrante. São cidadãos de direitos e deveres. Seres Humanos com desejos, sonhos, alegrias, tristezas. Um misto de vitórias e, por vezes, fracassos. Pessoas responsáveis. Responsáveis pelo próprio destino. Herdeiros da sociedade que sonhamos. Sociedade pela qual lutamos, mas que não sabemos se iremos conhecer.
Tão diversos e únicos. Tem sua origem em núcleos familiares que, em muito, não se assemelham a sua formação tradicional. Porém, em sua grande maioria, estão fortemente ligados por vínculos afetivos a ela, a família. Esta, lhe completa, apesar da sua estrutura pouco convencional. Filhos de pais sem muita instrução estes, também, não almejam ir além. O curso superior é um sonho que lhes pertence. Sem morada própria, o poder público abusa da falta de respeito para com o povo. Faltam médicos, faltam centros culturais, falta interesse pelo bem estar da população.
Sem muitas opções de trabalho, nossos jovens encontram seu sustento em projetos de vida temporários. Emprego com prazo de validade marcado, o que não os instiga a dar continuidade aos estudos. Assim, muitos, acabam por se dar por contentes com nada ou quase nada, sujeitando-se a roda viva das bolsas assistenciais.
Se por um lado, podemos oferecer, ainda, algumas poucas opções de lazer, está na cultura, algo que, infelizmente, lhe é restrito. Não por valores de cunho financeiro, mas pela falta de opção. Pela sua quase inexistência. Poucas ou quase nulas são as oportunidades de assistir a uma boa peça de teatro, por exemplo. O mundo da cultura se tornou algo muito distante ou inacessível para muitos de nossos alunos. Particularidades dos pequenos centros ou falta de incentivo por parte dos que detém o “poder de disseminar” a cultura?
Professores PACTO/ 2014
Colégio Estadual Sertãozinho - EFM/ Matinhos - PR
