Quando pensamos na palavra escola não são poucas as imagens que nos vem à memória. O que nos entristece, é que, em sua maioria, são imagens negativas. Que vem desde as paredes pichadas emolduras por mesas e cadeiras semi-destruídas até rostos adolescentes passado por nós tomados pelo descaso, pela falta de esperança e credibilidade, infectados por uma escola desacreditada pela sociedade.Não que todas as escolas se encaixem perfeitamente neste padrão desacreditado de ser ou que todos os adolescentes sejam pessoas sem esperança, mas se trata de uma “infeliz” maioria. Desta forma, o negativo acaba por se sobressair, por reinar quase que absoluto num reino que não lhe pertence, o da Educação.Nossas Escolas sofrem com os diversos problemas: infra-estrutura, pessoal, financeiro, organizacional, político, cultural, enfim... São muitos... A vontade de fazer melhor, também. Porém, não são poucas às vezes, que “forças ocultas” emanadas de uns poucos que detém o dito “poder” nos impedem de por em prática este melhor. Num país que se diz tão democrático ainda sofremos pela falta de diálogo e cooperação. Quanta diferença faria uma simples conversa...Sofremos por não podermos discutir “realmente” nossos problemas e ações. Ou, quando podemos, é só o que podemos fazer. Discutir. Agir é outro estágio. Muitas vezes, parece outro mundo. Falamos várias vezes na importância da gestão participativa nas escolas, nas discussões e nas reflexões acercas dos problemas pelos quais as escolas estão passando. Mas, e as ações? Ficam a encargo de quem?Além, é claro, das questões, que claramente, estão fora do nosso alcance. O elevado número de alunos por turmas, por exemplo. Esta é uma questão que vem sendo discutida a muito tempo, estudada e, até o momento, nada foi feito. Enquanto, nós educadores, nos degladiamos com uma realidade improdutiva, inóspita e pouco amistosa, nosso dirigentes se esforçam para provar que em nossas salas quentes, apertadas, sem o mínimo de conforto, decoradas com parede descascadas, vidros quebrados, quadro e giz (e se dê por contente) nós temos o ambiente ideal para socializar, construir e refletir sobre novos conhecimentos e habilidades com mais quarenta e tantos adolescentes. Não podemos esquecer dos portadores de necessidades especiais que estão “inclusos” neste ambiente “ideal” de ensino e aprendizagem, segundo alguns dos nossos governantes.Na organização do trabalho dentro e fora da Escola se faz necessário o estabelecimento do diálogo, da conversa aliada a ações de manutenção dos problemas que envolvem a Escola. E essa manutenção, em alguns casos, vai além da força de vontade de professores, gestores e comunidade escolar. O sucesso da Educação depende, também, da implantação de políticas públicas que a visem enquanto prioridade real e imediata. A Educação tem que deixar de ser apenas um “discurso bonito” e tornar se uma “realidade promissora” se quisermos ter uma nação cidadão de fato.
Professores Do Ensino Médio
Pacto 2015
Colégio Estadual Sertãozinho - EFM