O jovem, como todo ser humano, é um sujeito histórico, pois está a todo momento sendo construído, e essa construção se dá por meio das interações sociais que vivencia. Ao considerarmos a afirmativa anterior como verdadeira, consideramos também as vivências das crianças, adolescentes e jovens antes de chegarem à escola e às salas de aula. É preciso levar em conta também, que as experiências que os jovens já possuem, podem ser, em muitas situações, experiências que não contribuem para o desenvolvimento de uma Educação Integral, e não podem ser culpabilizados por isso.
A escola, imersa em suas atividades e práticas cotidianas, em muitas situações deixa de considerar este protagonismo do jovem estudante, o que pode provocar as tão conhecidas tensões entre alunos e professores. Torna-se necessário que a escola reconheça também o momento social e histórico em que os jovens estão inseridos, o que foi funcional há tempos atrás pode não corresponder às expectativas de hoje, a juventude atual está permeada por muitas situações que podem ser representações significativas de aprendizagem, no entanto, quando se trata de ensino formal, cabe ao professor fazer o papel de mediador dessa aprendizagem. Para tal, antes de tudo, é preciso que professor e aluno se conheçam mutuamente, respeitando-se e valorizando as suas identidades culturais próprias de cada sujeito.