Dada a contextualização histórica do Ensino Médio, nota-se que no Brasil este ainda é muito seletivo, percebem-se as desigualdades sociais e dualidades de sistemas, sendo uma para a elite e a outra para as classes populares.
Um dos fatores que influenciam na desigualdade social é a baixa escolaridade. Quando nos deparamos com os dados relacionados com o ensino médio, percebemos que a metade dos alunos que deveriam estar estudando, estão fora da sala de aula empurrados para o mercado de trabalho por questões socioeconômicas. Dos que estudam, há um aumento nas taxas de reprovação provocando o desinteresse desses alunos por essa etapa de ensino.
Muitos são os desafios na educação brasileira e dentre os que serão destacados temos o foco que é dado na preparação dos alunos do Ensino Médio aos exames para ingresso na universidade e também em outra corrente a que prepara para o mercado de trabalho, deixando de lado o desenvolvimento cultural e politico, esquecendo que a educação deveria auxiliar na formação de um cidadão atuante em sua sociedade.
Portanto um dos grandes desafios é criar um currículo que não centralize somente conteúdos para o vestibular ou para a formação instrumental para o mercado de trabalho. Há uma necessidade das escolas requererem uma revisão dos conhecimentos, posturas e ações pedagógicas instituídas e/ou praticadas.
. É necessário um diálogo do currículo posto e um novo currículo, pois a grande maioria dos alunos das escolas públicas estão no EM propedêutico, que não reproduz o academicismo da escola privada e nem proporciona a profissionalização.
Outro aspecto importante seria valorizar o conhecimento de vida do aluno conforme sua realidade e práticas de interação entre escola e comunidade.
Devemos conhecer a realidade que se quer transformar, adequando o atendimento ao aluno, planejando e estruturando estratégias para conter o abandono e a reprovação.
Ofertar escolas de qualidade com infraestrutura e profissionais qualificados (professores, pedagogos, psicólogos) próximas de sua residência seria uma maneira de estimular a permanência dos alunos nas escolas evitando a evasão, proporcionar aulas de apoio em todas as disciplinas, incorporar na grade curricular aulas de laboratório (iniciação científica).
Vivemos um momento único no qual as novas tecnologias estão cada vez mais presentes no dia a dia. Nesse cenário, torna-se fundamental explorar outras possibilidades em sala de aula, reforçando seu papel transformador para expandir as perspectiva e acompanhar as realizações dos alunos. Conectar conteúdo e tecnologia na medida certa para acompanhar sua trajetória a favor de uma Educação de Qualidade para o Brasil.
Quando pensamos na formação completa de nossos alunos de EM devemos sempre focar em sua formação como individuo autônomo e participante da sociedade, tornando esta uma sociedade mais igualitária.
Apesar do pessimismo é possível avaliar através dos dados que a matricula no EM cresceu em 33,6% em 18 anos, o que significa grande crescimento, apesar que os outros 49,1% dos jovens em idade regular estão fora do ambiente escolar, o que sinaliza uma situação gravíssima. A universalização do EM se daria através de uma reforma no sistema educacional, como formação apropriada e continua dos professores e funcionários, revitalização da estrutura escolar, mais consonante com a tecnologia atual, menores turmas, pois assim oportunizaria ao discente um ensino mais individualizado e compatível com sua aprendizagem e uma maior participação dos pais na educação de seus filhos.
Devemos continuar trabalhando com projetos políticos pedagógicos, de investimentos em ações sociais, que contribuam principalmente com a camada menos favorecida da população brasileira. Cada jovem que abandona o ensino médio se transforma em problema social, despreparados para o mercado de trabalho e também para direcionar e conduzir suas vidas, aumentando estatísticas negativas que os exclui cada dias mais de nossa sociedade.
É comprovado que a educação é o caminho para melhorar a vida de todos.
A educação é de fato um instrumento gerador de transformação e um grande processo para a formação do ser humano. Esse processo educativo deve oferecer ao indivíduo habilidades para que ele desenvolva a capacidade de agir sobre o mundo e também fazer com que o mesmo compreenda a ação exercida em sociedade. Uma formação integral possibilitando ao homem ser questionador, construtor de saberes, transformando-o num ser crítico e ético. Diante da gama de desafios do futuro , a educação surge como um trunfo indispensável a humanidade na construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social, o que deixa cada vez claro que não se pode tratar de formação sem falar de educação.
No sentido de formar cidadãos, a escola e a família desempenham um papel fundamental nesse processo educativo. A família é a base do indivíduo , pois ela é a primeira instituição da qual ele faz . Nós profissionais da educação temos que estar realmente envolvidos e qualificados para introduzir o conhecimento didático de maneira que ajude o aluno ser construtor de seus próprios pensamentos.
Autores:
Juliana Caldeira da Silva Serrato
Ivanilde Aparecida Feliciano
Luiza Del Castanhel
Nílcea Parolo
Henrique Carlos de Jesus Moraes
Isabel Cristina Modesto Pereira da Silva
FARIDE DE JESUS HAJ AHMAD GUIMARÃES WISZKA
Rosangela Teixeira de Araujo
Luciana Marins Cardoso
Karla Muller Bontorin
Rosemeire Ribeiro
Orientadora de Estudo:
Maria Angélica Cervi Araújo
Escola Participante: Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto - Curitiba - Paraná