Colégio Estadual Vidal Vanhoni – Ensino Médio -Paranaguá – Pr
Orientadora: Carla Renata Telles de Abreu
Cursistas: Circe Carneiro Leão
Everli A. F. Andrioli
Luciana Tavares de Miranda
Marisa Celestino
Marly Serafim
Nadia Regina Teixeira
Tatiani Ermelina Alves
Os desafios da prática pedagógica em relação à ciência.
A realidade atual exige conhecimentos científicos integrados com as transformações sociais, econômicas e tecnológicas e, principalmente, argumentar verdades instituídas em ações transformadoras da realidade, colocando o aluno como principal sujeito dessas modificações resultantes.
O pensamento científico necessita de uma interação com a realidade e sendo a escola um meio de propagação desses fenômenos, tem que estar preparada a essas complexidades existentes. Segundo a autora Ravitch, “para promover melhorias nas escolas, hoje, há que se manter o foco na construção de um currículo forte, coerente e explícito, que seja enraizado nas ciências que tornem o aprendizado vívido”.
Um dos muitos problemas é a cultura de olhar para a ciência como um modelo fechado e somente decifrado por grandes mentes da área científica. As teorias são apresentadas e repetidas sem a interação com a realidade do aluno, sem investigações mediadas por argumentações. A pesquisadora argentina Ana Espinoza argumenta que “o potencial de descoberta nas aulas de Ciências da Natureza não tem sido bem explorado e, como resultado, parte do conhecimento não é apropriado.”
A maioria dos estudantes somente decora as fórmulas, não sabendo transformar os resultados em práticas no dia a dia, e um dos fatores para essa concepção distorcida é a formação dos professores, que saem do curso de licenciatura sem o preparo necessário para enfrentar o Ensino Médio das escolas públicas. Nesses cursos de licenciatura, o futuro professor é visto somente como mero transmissor de conhecimento, não havendo uma preocupação na formação pedagógica desses profissionais. Essa reprodução mecânica de conteúdos é repassada aos alunos. Como afirma Becker (2001, p.18), nesse modelo de escolarização, “tudo que o aluno tem a fazer é submeter – se à fala do professor: ficar em silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias o que o professor deu”. Em grande parte, esses problemas são intensificados pela falta de investimentos públicos nas construções de laboratórios de ciências e de informática bem equipados, falta de equipamentos, falta de professores habilitados, especialmente nas áreas de física, biologia e química, a baixa remuneração salarial e, principalmente a falta de políticas públicas que valorizem e desenvolvam a educação como principal articulador de mudanças.
Muito desses problemas apontados não cabe à escola resolver, porém ela pode mudar a visão que os alunos tem das ciências, ampliando a alfabetização científica, estimulando o interesse, evidenciando as potencialidades educativas, criando links entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, promovendo a construção de uma ideia mais humana dos processo tecnológicos.
Referência Bibliográfica
FERREIRA,Raquel Ana. Foco na pesquisa.Revista Nova Escola .ed.265, p.37 – 44.set. 2013.
MOÇO, Anderson. Evolução. A ideia que revolucionou o sentido da vida. Revista Nova Escola.ed.221.p.32 – 41.abr.2009.
RAVITCH, D. Vida e morte do grande sistema escolar americano: como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. Tradução Marcelo Duarte. Porto Alegre: Sulina, 2011. 318p.
CARMO, Cristina Helen. CORREA. Maria Licinia. Ensino médio no Brasil. v.19.no 112. jul./ago.2013.