Colégio Estadual Vereador Osny David Fraga
Morretes/Pr
Orientador: Cássio Adriano Lombardo
LIMA, Mônica Corrêa
ROSA, Eliane Gomes
SIMÃO, Kamila de Mattos
PACTO DE FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
Os caminhos para uma Gestão democrática
A preocupação em proporcionar uma gestão democrática na escola surgiu com a Constituição Federal de 1988, com o processo de descentralização da gestão escolar e posteriormente, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, foram fixadas as incumbências dos estabelecimentos de ensino, essas que em seu artigo 12 irão propor a elaboração e execução da proposta pedagógica e no artigo 15 uma ampliação progressiva da autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira da escola.
No contexto atual, a gestão democrática no âmbito escolar constitui-se numa prática que deve priorizar o desenvolvimento integrado de todos os agentes envolvidos no processo pedagógico, sendo estes: a direção, professores, alunos, pais e comunidade.
A direção, por sua vez, desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a implantação de procedimentos participativos. É ao diretor que todos os componentes da equipe levam suas ideias, seus desejos e seus problemas, daí a necessidade de ser uma pessoa aberta ao diálogo, firme, calma, capaz de encorajar nas horas de desânimo e de estimular nos momentos de entusiasmo, porém com prudência.
No entanto, a realidade da maioria das escolas é que a gestão democrática é perfeita no papel, mas quando é para ser executada no dia a dia, isso não acontece. E a culpa é de quem? Para os professores, o diretor toma a sua decisão e não reúne ou comunica o colegiado, para o diretor, os professores não querem compromisso com a escola, para os alunos, os professores e o diretor são incomunicáveis e não aceitam suas opiniões, para os pais a escola não abre as portas para comunidade. E fica nesse jogo de passa e repassa.
Mas é claro que existem outras realidades, onde a gestão democrática funciona, e para isso, é necessário o interesse voluntario de todos os envolvidos, sem historinhas de quem pode mais ou faz mais pela escola, e esse é o caminho que deve ser percorrido.
Diante destas questões, foi analisado por alguns integrantes do Colégio Estadual Vereador Osny David Fraga, as contribuições para a geração da qualidade no âmbito escolar, obtendo vários resultados e assim, construíram-se algumas reflexões sobre essa questão na escola.
Na pesquisa, pode-se observar que a estrutura organizacional da escola embasa-se pela busca da participação de todos os funcionários, professores, alunos e pais nos projetos desenvolvidos pela escola e que tem o caráter de era a qualidade do ensino e na aprendizagem.
Verifico-se que apesar de ter uma direção aberta a sugestões, alguns professores não se envolvem com a escola, e se dizem participativos por apenas fazer uma das suas funções - como chegar no horário, dar aulas e preencher seus diários de classes – mostrando-se desinteressados com alguns projetos desenvolvidos pela escola.
Outro fato é a ausência quase que completa dos pais na escola, sendo compassivos a qualquer situação, considerando o diretor responsável por toda e qualquer ação da escola.
Os alunos são prestativos e participativos nas atividades realizadas no cotidiano da escola, embora não saibam realmente qual é o seu papel como alunos participativos, sempre contribuindo por impulso ou na busca de uma vivencia diferente no ambiente escola.
Diante dessa realidade, indica-se que para minimizar as dificuldades quanto a participação integrada dos profissionais, pais e alunos na construção de uma gestão democrático que busque a qualidade no ensino e na aprendizagem, é necessário que a instituição reveja e reelabore sua proposta pedagógica e contemple o dia a dia de como deve ser a participação de todos. Além disso, é importante, redefinir a inserção dos professores nos cursos de formação continuada, analisando a qualidade dessa formação e se de fato contribuirá para despertar participativo da docência na escola.
Referências:
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Acessado em 04 de dezembro de 2014. Disponível em: http://portal.mec.gov.br.
ROMÃO, José. Diretores escolares e gestão democrática da escola. São Paulo: Cortez, 1997.