Colégio Estadual Euclides da Cunha - Matelândia - Pr Data: 22/11/2014
Organização e Gestão Democrática da Escola
Em nossa escola a equipe pedagógica está ligada a equipe diretiva e administrativa da escola, tem elaborado uma gestão democrática que busca a valorização e inclusão de todos no processo porém, alguns momentos esta participação é dificultada pelo fator tempo, burocracia, falta de autonomia da escola, também muitas ações vêm prontas e são impostas e não temos como questionar tais determinações. Existe também a omissão de muitos que preferem não opinar, permanecer na zona de conforto e evitar comprometimento.
Quanto a inclusão é o mesmo, quando os professores são ouvidos e atendidos pela gestão sentem-se participantes da gestão democrática.
* Falta de um calendário de eventos efetivo na escola,
*Falta de comunicação dos Projetos e processos administrativos e pedagógicos a toda comunidade escolar;
* Falta de comunicação entre os setores da escola;
*Parte do grupo se sente excluída quando tem sua opinião interpretada de forma equivocada, gerando desconforto entre gestores e docentes e outros se excluem por estarem convictos que as decisões em conjunto raramente são levadas a termo na hora de aplicá-las, sabem que algumas decisões realmente cabem à direção.
Quando falamos em escola publica, não podemos esquecer que estamos também falando de gestão democrática. Gestão essa que assegura a participação da comunidade na escola prevista no Regimento Escolar, pois é no regimento que está descrito a forma que a comunidade pode estar usando o espaço da escola, auxiliando nas atividades e participando no cotidiano dos alunos, pois quando a comunidade não se envolve, não participa. Nos últimos anos temos percebido movimentação no processo participativo do Conselho Escolar, dependendo do perfil do grupo que compõe as instâncias colegiadas que o formam, especialmente pais. No momento verifica-se maior comprometimento e participação da comunidade escolar com a contribuição significativa dos pais e outros agentes externos, exatamente por ter havido maior conscientização e debate por parte dos professores e direção, inclusive com a participação democrática de duas chapas concorrentes para a direção da APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, o que resultou discussões sobre a condução das ações da vida escolar. O mesmo não é perceptível, por exemplo, no que se refere à participação do Grêmio Estudantil. Mesmo sendo uma instância de formação e o enriquecimento educacional da juventude o Grêmio não tem manifestado participação na gestão da escola. Isso ocorre em decorrência da desarticulação do processo de formação do Grêmio e seu real papel no interior da escola. Apesar de institucionalmente bem formado seus integrantes não se veem como instância representativa dos estudantes, sobretudo porque a juventude é a fase dos embates entre os próprios jovens. Portanto o Grêmio, antes de uma instância representativa para fins de gestão da escola, deve ser uma instância de organização dos estudantes e representar de fato os anseios do jovem público do EM. Valorizar o Grêmio é valorizar o jovem e sua manifestação pessoal. Este é o desafio para a nossa escola nos próximos anos.
As atitudes patrimonialistas da escola, são de cunho, econômico-sociais, culturais e institucionais. Observa-se que ações vem prontas e são impostas pela direção, falta de autonomia da comunidade escolar, não abertura para opiniões, sugestões, as contribuição muitas vezes não são bem vistas, tem também a excessiva burocracia, quase sempre os integrantes da APMF, são coniventes com a direção, aprovando todas decisões da mesma, sem muitos questionamentos.
Para romper com as práticas patrimonialistas, a escola deve ter uma atitude política voltada para os anseios da comunidade escolar. Isto é, desenvolver ações mais concretas que estimulem a participação dos pais, bem como a importância e clareza da gestão da escola pública, para assim ser mais efetiva e significativa na vida escolar dos filhos, também seja aberta a participação da comunidade, aceitando sugestões e atuando de forma democrática permitindo a manifestação da comunidade escolar. Desta forma, a escola não deve ser vista ou entendida como uma instituição patrimonialista, onde os pais se eximem de suas responsabilidades, deixando as tomadas de decisões a cargo da escola, mas sim, devem ser parceiros, para que escola, alunos, pais e comunidade em geral envolvam-se nas atividades escolares, tornando o trabalho e o ensino aprendizagem bem mais significativo.