ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA

        A gestão democrática tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar no cotidiano da escola e, especialmente, nos momentos de tomadas de decisões.
De acordo com Dourado (2000, p.79), a gestão democrática “é um processo de aprendizado e de luta que vislumbra nas especificidades da prática social e em sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de meios de efetiva participação de toda a comunidade escolar na gestão da escola.”
Um gestor democrático deve estar ciente que a qualidade da escola é global, devido à interação dos indivíduos e grupos que influenciam o seu funcionamento. O gestor deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agrega à sua gestão colaboradores empreendedores, que procuram o bem comum de uma coletividade.
        É preciso que a escola repense urgentemente o seu papel em busca  de formar cidadãos críticos, participativos e atuantes, orgulhosos de seu saber, capazes de  solidarizar com o mundo exterior e serem capazes de enfrentar o mundo do trabalho como  realização profissional através de atitudes de humanização e respeito ao próximo.  Pensando em um modelo de escola democrática, gestores e docentes devem  proporcionar um espaço de interação de saberes e delegação de poder em prol da  aprendizagem significativa do aluno. Pensar o trabalho coletivamente significa construir  mediações capazes de garantir que os obstáculos não se constituam em imobilismo, que as  diferenças não sejam impeditivas da ação educativa coerente, responsável e transformadora.
          Esse contexto relacional implica em buscar o objetivo comum que é o desenvolvimento integral do aluno e do sucesso da escola através da implantação de um Projeto Político  Pedagógico que traduza os interesses e anseios coletivos.

DOURADO, Luiz Fernandes. A Escolha de Dirigentes Escolares: Políticas e Gestão da Educação no Brasil. In: FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão Democrática da Educação: Atuais Tendências Novos Desafios. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.