ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO
COLÉGIO ESTADUAL “HELENA VIANA SUNDIN”
COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO GOMES VEIGA”
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO
REFLEXÃO E AÇÃO (PÁGINA, 20)
Temos como ponto de partida, desta Reflexão e Ação que cada ser humano tem sua pluralidade, seu ritmo de estudo, suas vivências, estilos e maneira de pensar, o PPP deve analisar a realidade da comunidade e de cada um, para poder alcançar seu objetivo, o de ter uma democracia social e permitir que todos tenham uma educação de qualidade.
Porém, a relação democrática não é tão exercitada como deveria, parece haver um degrau entre os envolvidos, como se "a competência no exercício do processo educativo fosse apenas e exclusivamente obrigação dos professores". Temos que tratar com maior atenção esta pauta: o trabalho educativo é muito maior e mais envolvente, porque ajuda a desenvolver o senso de comunidade e de cidadania.
Após discussão e reflexão realizada com os alunos, acerca dos desafios do Ensino Médio, no que diz respeito aos problemas que precisam ser resolvidos imediatamente na escola, percebemos que há muito a ser feito.
Dentre os entraves que penalizam o processo educativo, elencamos: o uso de drogas, a discriminação da cor, raça e sexualidade; a quantidade excessiva de alunos em uma sala de aula; a precariedade na estrutura escolar; a falta de recursos didáticos e pedagógicos; o desinteresse da família e/ou do responsável; o não envolvimento da comunidade no ambiente escolar; falhas na elaboração do planejamento pedagógico quanto às especificidades de cada escola; capacitação dos docentes e funcionários; acúmulo de funções aos pedagogos que assumem o papel de inspetores de alunos, uma vez que o comportamento do nosso alunado mudou muito; falta de funcionários; espaço físico funcional (situação em que a educação pública se encontra em um caos); tornar nosso educando sujeito de seu trajeto de conhecimento (processo ensino-aprendizagem).
Para desvincular esse pragmatismo atual, estamos desenvolvendo projetos em que se articulam várias áreas do conhecimento (semanas multiculturais; projeto horta; projeto muro pintado; projeto o público é nosso = cidadania, etc.).
Assim, cada segmento da sociedade está sendo convidado a integrar-se, através de várias maneiras – estar juntos na aplicação dos mesmos, com investimentos, doações...
Por outro lado, certos projetos como, por exemplo, Mostra filosófica do litoral, são barrados em certos aspectos burocráticos políticos ou dos núcleos – fazendo com que haja um processo efeito dominó – de desânimo e frustrações pelos professores e alunos.
Nesta reflexão também é importante pensarmos nos papéis dos atores e autores da escola, refletir sobre se realmente existe uma gestão democrática no ambiente escolar.
Diante disso podemos concluir que este processo ainda precisa mudar, melhorar, tendo em vista que a participação da comunidade educativa (pais, alunos, professores e funcionários) até acontece em alguns momentos, tais como na Formação em Ação que se discute a reescrita do PPP anualmente, algumas reuniões pedagógicas, encontros com alunos para avaliar o processo ensino-aprendizagem. No entanto, precisamos avançar nas questões de efetiva participação nas decisões, percebemos que no campo das idéias podemos opinar, mas no campo das ações temos poucas participações, reforçando assim que o empoderamento na escola, ainda se limita a um pequeno grupo gestor.
A formação continuada deve ser repensada como um espaço de debate e de aproveitamento das experiências docentes, espelhando a realidade da escola e buscando mecanismos que possibilitem o sucesso e a promoção dos estudantes na construção do conhecimento; e abranger toda a comunidade educativa seja de professores, funcionários, Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil pode ser uma boa alternativa para se quebrar os paradigmas de passividade, ainda instalada no interior das escolas. Desta forma poderemos realmente nos tornar autores da nossa própria história, tendo como princípio que a organização do Trabalho pedagógico (PPP/PPC/PTD, Regimento Escolar, Plano de ação da escola, da direção da Equipe Pedagógica), deve ter como meta garantir a aprendizagem dos alunos, superando a problemática até então instalada em relação à reprovação e a evasão.
Temos consciência que caminhamos timidamente, entretanto, a escola é nossa, é do povo. Nossa autonomia precisa ser respeitada e valorizada. Participando com ações mais efetivas, exercitando a nossa autonomia, buscando resultados capazes de transformar positivamente a nossa sociedade, esse é o maior exemplo de cidadania e a escola ainda tem esse poder transformador.
Dentro desse viés, os anseios por uma reestruturação do pensar a escola, de socializar a educação com a comunidade, não apenas no campo da pesquisa, mas se inserindo dentro da comunidade, torna-se possível.
Com este diagnóstico inicial a comunidade educativa precisa discutir na coletividade que tipo de homem e que tipo de sociedade se busca. Não se pode também discutir o papel do ensino médio que até então,, não se tem ainda uma identidade definida, afinal prepara para a universidade ou para o mundo do trabalho ou para nenhum deles? Infelizmente é o que temos presenciado, no entanto, neste momento, enchemo-nos de esperança, pois, acreditamos que o Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio, pode nos auxiliar em muito nesta busca de identidade.
ORIENTADORA: PROFESSORA: MARIZA HELENA BARBOSA
PROFESSORES:
AMAURI MOREIRA DE CARVALHO;
ANA CLAUDIA PINTO
CLAUDIO LUIS V. C. PORTO;
DEISE DA FONSECA SCHNEIDER DA SILVEIRA;
FRANK SHIGUEO TSUIKI;
GUSTAVO TRIERVEILER ANSELMO
HALIME HAMMOUD MOURAD;
HELENA MITIKO FUJIMAKI;
JOARES MAURICIO DA ROCHA;
JOSANE DO ROCIO MAIA BARBOSA;
LÓRIS CROCCOLI;
LYDIANI MARIA DOS SANTOS PEZZINI;
OLGA INÊS KADAJSKYJ;
SANDRA MIRE DO PRADO;
SILVANIA INOCÊNCIO DE OLIVEIRA TSUIKI;
VITOR ROBERTO MÜLLER BERNARDI;
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