Após leituras realizadas do caderno ll e da temática ll da Seed, visualização dos vídeos propostos, podemos refletir alguns pontos importantes sobre as juventudes.
A formação teórico prática- Teórica que seria acadêmica e a prática que é o cotidiano, está pautada na formação metodológica da dialética de Saviani, prática/teoria/prática. Onde inicia-se a partir da problematização do contexto que se quer explorar, leva a leitura, pesquisa, áudios/visuais e outros meios de conhecimento científico, depois volta se para a aplicabilidade no cotidiano de forma mais consciente do educando.
A metodologia. Bem, para se aplicar qualquer metodologia de aprendizagem se faz necessário o conhecimento do público envolvido, nesse caso o aluno. Portanto é necessário que a escola tenha conhecimento dessa juventude que nela está inserida para depois sim entrar com a contextualização, onde o aluno se vê nesse contexto, se faz presente tanto espacialmente como temporalmente. Aí chegamos no grande desafio atual que é, dar conta de conhecer as juventudes com todas as suas diversidades.
A escola. Hoje, onde de um lado aparece o professor e a professora reclamando do "comportamento" dos alunos e alunas, mostra também a insatisfação por parte dos jovens com relação aos métodos utilizados pelos educadores. dizendo serem ultrapassados, gostam do espaço escolar mas não gostam das aulas. Mediante essa situação fica-se no impasse, discutindo o que fazer. Numa situação onde todos são vítimas de um longo atraso metodológico de ensino aprendizagem. Sabe-se que não se pode perder o vínculo acadêmico de conteúdos pois essa é a base da formação intelectual do nosso educando e é através do conhecimento que se forma opinião, transformação do sujeito em cidadão ativo. O que se precisa é da aplicabilidade desse conteúdo com significado prático para que o jovem se veja nesse contexto. Também que se ocupe dos meios tecnológicos para se dar motivação à pesquisa e um novo significado para todos os meios tecnológicos disponíveis no mercado e que são o grande atrativo dos jovens.
A Reforma estrutural. Ha carência de reforma estrutural do Ensino Médio, como se trata de alunos que estão vivenciando um período da vida decisório em suas opções, necessita de um atendimento mais cuidadoso, portanto será importante: 1º) Reduzir o nº de alunos por turma, para que se possa conhecer melhor suas diversidades e necessidades. 2º) Propiciar bolsa estudos, vinculadas a projetos de grupos de estudos, onde desenvolveriam pesquisas de assuntos do seu interesse bem como participaria de associações ou instituições sociais, para por em prática o que aprenderam desenvolvendo assim a participação ativa em decisões e ações comunitárias. 3º) Informatizar e manter em funcionamento e atualizados os equipamentos de informática 4º) Dar continuidade a formação e atualização dos professores como exemplo o PDE realizado no Estado do PR, que instrumentaliza e atualiza o professor para lidar com as Novas tecnologias.
Partindo dessa análise, percebe-se que o grande entrave de comunicação entre educadores e educandos é exatamente a distância de décadas que separam essas gerações, através do domínios das novas tecnologias. O diálogo entre escola e jovens será viável com a aproximação da linguagem que ambos utilizam, daí a necessidade de aplicar Paulo Freire" ...não existe ensinar sem aprender". A escola precisa aprender com a bagagem e conhecimentos do senso e tecnológico, trazida pelos alunos para conhecê-los e assim poder desenvolver neles as condições necessárias de práticas cidadãs, para tomada de decisões e opções de vida, sendo os atores de sua história e de sua comunidade.
fontes:
-Caderno ll, temática ll - O Jovem como Sujeito do Ensino Médio
-Temática ll - Sujeitos do Ensino Médio: a diversidade na Educação Básica
-Zanardi, Isaura Monica Souza. A ideologia da pos-modernidade e a politica de gestão educacional brasileira.
-ARAUJO, Aparecida de Castro - Pedagogia Histórico-Crítica: Proposição teórico Metodológica para formação continuada (UEMS)