O JOVEM COMO SUJEITO SOCIAL

 

JOVEM: SUJEITO SOCIAL

            O espaço escolar representa para nossos jovens uma interação entre eles, e vê o professor como um pivô de impedimento de interações entre os mesmos,  sendo o professor  visto tanto pelo governo, como pelos alunos, como grande culpado da crise  do ensino médio. É preciso ¨urgente¨ esta mudança de pensar, que haja um culpado tanto professor/aluno, pois  não podemos esquecer que a instituição escolar, como um todo é uma parte integrante da sociedade e expressão dos problemas e desafios sociais mais amplos.

            Interagindo com os alunos sobre o uso das mídias nas redes sociais com as informações excessivas e em muitos casos abusivas. Utilizando um Vídeo do Facebook (um senhor corta ou divide duas pessoas ao meio, um rapaz e uma moça sendo remontadas as partes do corpo em ordem invertida) chegamos a seguintes conclusões.

            O uso consciente da tecnologia na escola e nas salas de aula como material pedagógico de apoio é de extrema importância, pois, auxilia as disciplinas para apresentar conteúdos e discutir questões especificas do aprendizado, facilitando o entendimento por parte do aluno, sendo que as aplicações praticas do uso da tecnologia contribui no ensino aprendizado da cultura, da história e auxilia a conhecer a realidade local dos alunos, para entender e demonstrar como foi o processo de inserção das tecnologias na produção e reprodução cultural nas escolas.

               A comunidade escolar deve entender como e porque a tecnologia pode melhorar o acesso e o entendimento do conteúdo escolar voltado para a inclusão social, compreender as formas mais eficientes para uso das tecnologias em sala para apresentar a diversidade cultural, brasileira, paranaense e local.

Precisamos entender nossos jovens como sujeitos sociais, que no seu modo de ser jovem,  participam também da construção do mundo.  A  maior dificuldade do professor é entender o sujeito jovem na sua totalidade, o que ele faz naquele momento, ou ainda na busca de sua identidade.

Na mediação entre professor-aluno, em suas  trocas de experiências, descobrimos que todos tem seus sonhos e expectativas de vida, apresentamos a estatística que gira em torno de 54% de nossos estudantes do ensino médio  conciliam trabalho/educação, e que 40% pretendem trabalhar durante o ensino médio, e  5% não atenderam nenhuma dessas  expectativas.

Carta aos estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade.

Caro aluno!

Nós, educadores estamos preocupados com o ensino-aprendizagem. Sabemos que muitos  educandos do Ensino Médio já são responsáveis pelo seu próprio sustento e sabem da grande importância de continuar seus estudos,  por este e outros fatores há uma certa dificuldade em conciliar as coisas, mas queremos ajudá-los. Gostaríamos de saber, o que pensam e sentem sobre a escola do Ensino Médio. Acreditamos que tenham o desejo de se tornarem pessoas bem sucedidas no futuro, mesmo que às vezes seu comportamento fale ao contrário. Então, temos a necessidade de saber quais são seus objetivos, anseios, medos, etc, para nos relacionarmos melhor e para adaptarmos nossos conteúdos a realidade do grupo. Nessa fase da vida, a juventude, é momento de transformação e, portanto, é essencial que bons valores sejam apresentados. Concluímos que o Ensino Médio é uma oportunidade para que o jovem se depare com o conhecimento que vai torná-lo ativo e produtivo.  No nosso modo de ver, o jovem de hoje, não vê o menor sentido no que se aprende na escola, o importante é o diploma. Ele se sente conectado com a vida, mas desconectado com a escola. Propomos então uma conversa para discutirmos os assuntos: Quais as expectativas do jovem em relação a escola? O que pensam e sentem sobre a escola de Ensino Médio? O que poderíamos melhorar ou mudar? Os conteúdos abordados em cada disciplina correspondem aos anseios dos estudantes? Por quê? Aceita o desafio do diálogo?

Se a escola for um lugar onde o estudante consegue construir um projeto de vida vai se sentir motivado a frequentá-la. Concordam?

 

Carta produzida coletivamente por professores do Ensino Médio do Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade, “Formação Continuada de Professores de Ensino Médio – Etapa I do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio”, em agosto de 2014; oficina coordenada pela Profª. Nair Dalmas Rodrigues.

COLÉGIO ESTADUAL CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

GRUPO: APARECIDA RIBEIRO, ELIANE GIACOBO, OSVALDO MARQUES DA SILVA, JEFERSON HEINDRICKSON, MAURICEIA ARAUJO, OTALIO RENATO E SIDNEI VARGAS.

CADERNO 2, ORIENTADORA DE ESTUDOS: NAIR DALMAS RODRIGUES